Massimo - 08/01/2014

Com as temperaturas girando em torno dos 30 graus, e a sensação térmica acima disso, o comércio de gelados e bebidas deita e rola. 

Este vendedor de coco no centro da cidade, por exemplo, afirmou que chega a vender mais de 400 unidades por dia.

Bom para a economia, melhor ainda para a saúde. 

Fica a dica, portanto, até porque o calor ainda deve durar vários dias.

Haja coco!

Quem é da terra já viu esse filme: ano após ano, Nova Friburgo fica entupida de gente no Natal.

No dia seguinte assiste à debandada que vai até os primeiros dias de janeiro.

A razão parece óbvia. 

No Natal, os muitos filhos da serra que adotaram a Baixada para estudar ou trabalhar fazem a piracema e vêm celebrar aqui a data mais familiar do calendário. 

Cumprida a tradição esse mesmo contingente volta ao nível do mar, levando junto boa parte da turma que tem a sorte de poder curtir férias na estação mais quente do ano.

De um dia para o outro as ruas passam a ter vagas. 

O trânsito deixa de engarrafar; as buzinas dão lugar ao canto dos passarinhos; supermercados, bancos e restaurantes trabalham sem filas, ou com elas reduzidas.

Para alguns, é a melhor época do ano.

 

Sob o aspecto econômico, no entanto, o período é de grandes perdas para a cidade. 

Boa parte do comércio nem mesmo se arrisca a abrir, optando por dar férias coletivas após o Natal. 

Quem decide ficar na cidade encontra poucas opções e, mesmo que pretenda gastar, não tem onde. 

Enquanto isso, em cidades da Região dos Lagos, friburguenses e outros turistas gastam dinheiro a rodo no comércio — e tempo nas filas. As cidades lotam, as ruas engarrafam, o calor se multiplica.

Para os moradores de lá, é um inferno; para os comerciantes, a melhor época do ano para ganhar dinheiro.

Cá entre nós, a serra também tem seus atrativos no verão. Especialmente num ano tão escaldante, no qual a sensação térmica tem ultrapassado a incrível marca de 50º em algumas cidades litorâneas.

Melhor para quem ficou por aqui mesmo e tem a chance de curtir um verão menos agressivo, tendo por perto as águas refrescantes de nossas muitas cachoeiras.

Um brinde ao clima friburguense!

Se por aqui a tremenda onda de calor tem levado muita gente ao desespero, no hemisfério norte a situação é igualmente extrema, só que na outra ponta. 

Na costa leste dos EUA, por exemplo, em alguns trechos a sensação térmica também chegou aos 50º, só que negativos!

Na Europa, por sua vez, a bruxa anda solta nas estações de esqui. 

Primeiro, foi a chanceler Angela Merkel. 

Depois, o piloto heptacampeão Michael Schumacher. 

O indomável da Fórmula 1 permanece em coma desde 29 de dezembro. 

A virada de ano apresentou um saldo positivo em relação ao número de acidentes de trânsito ocorridos em Nova Friburgo: em comparação ao mesmo período de 2012 houve uma redução de 50% na quantidade de ocorrências.

Acredita-se que o bom resultado seja consequência das inúmeras campanhas para redução da violência ao volante, tanto na esfera nacional quanto nas iniciativas locais. 

E em 2014 as ações devem se intensificar ainda mais, tocando, inclusive, no bolso de quem dirige.

 

Dirigir, em 2014, tornou-se mais caro, em várias frentes. 

Nas autoescolas o preço da primeira habilitação deve subir entre 16 e 37%, com a adição de cinco aulas em simulador. Nas concessionárias os automóveis populares também devem ficar mais caros, com a bem-vinda obrigatoriedade de ABS e airbag em todos os modelos. 

Além disso, em Nova Friburgo o preço da Zona de Estacionamento Rotativo (Zero) foi duplicado, atendendo ao duplo intuito de desestimular a utilização dos carros no Centro, e aumentar a arrecadação.

No caso do Zero, no entanto, os antigos valores ainda continuam em vigor, ao menos até que as novas cartelas sejam entregues e postas à venda.

 

Outra grande novidade para o trânsito friburguense nesse início de ano deve ser a presença de homens da Guarda Municipal em operações de coordenação.

O governo comemora a medida, já os guardas, nem tanto. 

Em off, muitos deles demonstram descontentamento com a nova função, alegando que fizeram concurso para cuidar da preservação patrimonial, e não do trânsito.