Massimo — 06/10/2016

Sensibilidades
A montanha-russa eleitoral afeta pessoas diferentes de maneiras diferentes.
Sobretudo quando o resultado final não é o esperado.
Foi o que aconteceu no último domingo, 2, com dois dos parlamentares de maior relevância na política friburguense deste século, para além de qualquer concordância ou discordância programática: Marcelo Verly e Cláudio Damião.

Reposicionamento
Comecemos por Verly.
Logo na manhã desta quarta-feira, 5, ele já municiou o Massimo com diversas informações sobre sua atuação no futuro próximo.

Acadêmico
No meio acadêmico, Marcelo continua a cursar seu doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana na Uerj/Rio, e inclusive já teve aulas esta semana.
Paralelamente, terminada a licença eleitoral a que teve direito, Verly também já retomou as atividades no IPRJ (Instituto Politécnico do Rio de Janeiro), onde atua no estímulo ao empreendedorismo universitário e à criação de novos projetos.

Parlamentar
Já na esfera política, após parabenizar a todos os colegas — os que voltaram, os que não voltaram, os que estão chegando —, Marcelo entregou ao vereador Alcir Fonseca, correligionário do prefeito eleito Renato Bravo, três documentos voltados a amparar o processo de transição.
A saber: duas leis de sua autoria que versam sobre transição governamental e programa de metas na administração pública, e também o projeto orçamentário apresentado pela prefeitura para 2017, primeiro ano do novo mandato.

Comissão
Por fim, na condição de presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Marcelo reassumiu o compromisso de realizar audiências públicas a partir da segunda quinzena deste mês, a fim de promover o já tradicional debate em torno da proposta orçamentária do município para o próximo ano.

Poeta
Cláudio Damião, por sua vez, encontrou maneira diferente de expressar intimamente a disposição de seguir na militância política.
Apesar de não ter feito qualquer alarde sobre o fato, o colunista soube que ele havia escrito um poema, ainda sob o impacto das emoções da campanha.
Mexendo seus pauzinhos o colunista conseguiu ler a pequena obra, e divide com os leitores por entender que é uma peça de precioso valor, histórico e literário.

Não há trégua.
Das lutas que perdi
trago memória.
Das que venci,
já nem me lembro.
E nem me importa.
O fato em si não é tormento.

Não há lamento,
não há dor,
não há ressentimento.

No apaziguado coração
guardo o alento de viver
como se fora o primeiro
o último momento.

Repúdio ao repúdio (1)
Às vezes é necessário dar as informações completas, inclusive citando nomes.
O Massimo criticou, ao longo de toda a campanha, certas tentativas rasteiras de atrair o voto de repúdio, através de piadas com coisas sérias na qual o verdadeiro palhaço seria o eleitor.
Mas é importante tirar um gato específico deste saco.

Repúdio ao repúdio (2)
Apesar de ter sido tratado como opção de voto de repúdio, a partir da influência de pessoas diretamente interessadas nesses votos, Ernane Ferreira — que todos conhecem como Ferreirinha do Amendoim — é um homem sério, e qualquer um que já tenha tirado tempo para conversar com ele sabe bem disso.

Repúdio ao repúdio (3)
Ademais, qualquer pessoa que trabalhe de segunda a segunda, na imensa maioria das vezes adentrando madrugadas frias em busca de algum cliente que nem sempre aparece, já faz por merecer todo o respeito da sociedade.
E essa condição só se fortalece quando o cidadão em questão jamais pede nada a ninguém, nem é rude com ninguém, nem faz alarde do fato de estar muitas vezes com fome ou sono longamente acumulados.

Repúdio ao repúdio (4)
Falando português claro, Ernane nunca teve uma chance na vida.
Mas há de ter, porque faz por merecer, e porque o mundo não pode ser tão injusto assim.
Se não no Legislativo, talvez em alguma empresa menos apegada a estereótipos ou imediatismos, ou em alguma repartição de cunho social, quem sabe?

É hoje!
Está previsto para começar hoje, 6, oficialmente, o processo de transição rumo ao próximo governo.
O prefeito Rogério Cabral deve receber em seu gabinete o prefeito eleito Renato Bravo, acompanhado do vice Marcelo Braune e provavelmente também dos empresários Jairo Wermelinger e Olney Botelho.

Também é hoje!
A previsão é de que o aguardado Projeto de Lei do vereador Zezinho do Caminhão que estabelece descontos a vereadores que faltem a sessões ordinárias vá a votação hoje, 6, na sede do Legislativo.
Será que desta vez vai?
E será que alguém se arrisca a votar contra?
A população, como sempre, está convidada a aparecer.