MASSIMO - 02/04/2015

Dias atrás, ao noticiar a aprovação da Câmara Municipal ao pedido de reunião específica para tratar da violência no trânsito, feito pelo vereador Christiano Huguenin, o Massimo pisou na bola.

O encontro está marcado para o dia 14 de maio, e não 5 de abril como havia sido informado.

A data, aliás, tem relação direta com a conhecida campanha Maio Amarelo, dedicada a conscientizar a população a respeito de como reduzir a carnificina de cada dia em nossas ruas e estradas.

Além da sessão, estão previstas iniciativas de apoio, como adesivagem de carros e panfletagem.

Aproveitando que trânsito e transparência estão na pauta do dia, não custa lembrar que um dos requerimentos de informação que ainda aguarda resposta foi redigido pelo vereador Professor Pierre, e diz respeito ao funcionamento da Zona de Estacionamento Rotativo, a ZERo.

Cá entre nós, o governo precisa moralizar logo, para ontem, o trato a tais requerimentos, né não?

Nas ruas e na política, a saúde pública continua dando o tom dos debates mais acalorados na cidade.

Na sessão de terça-feira na Câmara Municipal, por exemplo, a bancada governista — especialmente nas vozes de Marcelo Verly e Nami Nassif — continuou a apresentar números e argumentos que reforçam o caráter nacional da crise na pasta.

Sempre que tem a chance Verly questiona, por exemplo, o fato de o governo federal gastar 11 vezes mais com juros e amortizações da dívida pública do que em Saúde.

Na esfera estadual, por sua vez, a realidade não é muito diferente.

Uma consulta feita ao Sistema de Acompanhamento Financeiro do Estado (Siafem) pela liderança do PSDB na Alerj confirmou que o Estado não tem feito os devidos repasses para as 28 UPAs que foram municipalizadas desde dezembro de 2014.

O montante devido só nesta frente chega próximo de R$ 22 milhões.

Segundo o secretário estadual Felipe Peixoto, devido à crise a Saúde já deixou de receber R$ 400 milhões dos R$ 5,2 bilhões previstos no orçamento 2015.

Cada UPA municipalizada recebe R$ 500 mil por mês do governo federal, R$ 400 mil do Estado e R$ 200 mil como contrapartida do município.

A promessa é de que os repasses estaduais sejam quitados até junho deste ano.

A conferir.

Apesar de todos os fatores externos, o número de assinaturas populares apoiando a instauração de uma CPI municipal continua a crescer rapidamente.

Na contagem mais atual, já haviam passado de seis mil e duzentas.

Entre os vereadores, ao contrário, apenas Cláudio Damião, Professor Pierre e Zezinho do Caminhão assinaram até o momento, apesar das contundentes críticas à gestão feitas pelos demais parlamentares da base de oposição.

Na terça-feira mesmo, ao fim da hora livre, foi a vez do vereador Wellington Moreira fazer duras críticas à administração municipal.

Retomando o tom crítico e sem reservas que lhe rendeu o apelido de kamikaze, Wellington atacou, entre outras medidas, o esforço do governo por transferir parte dos atuais investimentos em Saúde para outras pastas.

Com tanta brincadeira inofensiva a ser feita, algum gaiato foi ao Facebook postar uma imagem de deslizamento de terra, afirmando que teria ocorrido na RJ-116, na serra de Cachoeiras de Macacu.

Até que o boato fosse devidamente desmentido, diversas pessoas já haviam compartilhado, também sem verificar a informação.

E dizem que o diploma de jornalismo é dispensável...