Colunas
Massimo - 01/03/2014
sábado, 01 de março de 2014
Rememorando
É carnaval em Nova Friburgo!
Ao longo dos anos, a festa de todas as classes e todas as raças adotou diversos formatos à sombra do Caledônia. Desde os contrastes entre as primeiras celebrações de portugueses, suíços e alemães; passando pelo entrudo familiar; a influência africana; os bailes de máscaras; os blocos das piranhas e de embalo até as escolas de samba e o auge dos clubes.
Incorporando tradições dos diversos colonizadores e desenvolvendo ao longo das décadas festejos e simbolismos próprios, o carnaval friburguense marca a trajetória da cidade desde seus primórdios, contribuindo de forma decisiva para a composição da arte – e, por extensão, da identidade – local.
Ilustrando a coluna de hoje, algumas imagens gentilmente cedidas pela colaboradora Solange de Paula e por Eduardo Rodrigues, o querido Eduardinho.
Desfiles
Em 2014, tão marcante quanto ver a Imperatriz de Olaria retratar a colonização de Nova Friburgo, a Unidos da Saudade relembrar a história da cerveja e a Vilage no Samba contar a saga das afrodescendentes, será a ausência da Alunos do Samba, da Acadêmicos do Prado e da Unidos do Amparo.
Rivalidades à parte, o destino das escolas e do próprio carnaval friburguense estão entrelaçados. Obviamente, não restam dúvidas de que as três escolas confirmadas farão um espetáculo marcante na avenida. Mas a cidade pode mais.
Terminada a folia, cabe discutir o formato atual do carnaval serrano, não apenas no que se refere às escolas, mas sob o aspecto turístico como um todo.
Pela história que tem, e pelas possibilidades que oferece, o feriado em Nova Friburgo pode e deve render mais frutos.
Folia engarrafada
É assim em qualquer lugar, mas em Nova Friburgo é ainda pior.
Em função da topografia acidentada e da centralização das atividades, o trânsito da cidade torna-se impraticável durante o carnaval.
Trajetos pequenos se transformam em enormes desafios e conseguir vaga é feito de proporções bíblicas. Tudo isso, claro, sem mencionar os transtornos de montar e desmontar as arquibancadas na avenida mais movimentada do município e o risco representado pela fiação elétrica a quem tem contato direto com carros alegóricos.
A discussão se justifica e se impõe:
Será que a Alberto Braune ainda é o local mais apropriado para a realização dos desfiles?
Economia carnavalesca
Apesar do costumeiro esvaziamento da cidade, o carnaval continua a representar uma ótima oportunidade de negócios para quem resolve trocar a festa por umas horas extras de trabalho.
Para ambulantes e donos de barracas é, de longe, a época mais quente do ano. Da mesma forma, nos dias que antecedem a folia, é possível ver fila de dobrar a esquina na porta das principais lojas de fantasias e adereços.
Agitação na saúde
Infelizmente, no entanto, o reinado de momo também é de muita agitação em hospitais, ambulatórios e postos de saúde.
Médicos, enfermeiros e auxiliares que o digam.
Excesso de bebida, calor, desidratação, brigas e acidentes rodoviários estão por trás da maior parte das ocorrências.
Portanto, valem os conselhos que todos já conhecem.
Se dirigir não beba, use preservativo, evite confusões e, claro, aproveite bastante os dias de festa.
Em tempos de discussão sobre alíquotas de tributos para manter empresas de transporte produzindo em nossa cidade, confirma-se a notável aptidão local para este ramo de atividade.
Logística complexa, falta de estacionamento, engarrafamentos, concorrência forte, alta carga tributária...
Vários obstáculos no caminho e nenhum deles se mostra capaz de frear o empreendedorismo dos executivos locais, apoiados pelas novas tecnologias e novidades de mercado.
Nessa semana, uma importante empresa do ramo completou nada menos que 50 anos de atuação ininterrupta de suas atividades. Trata-se da Rodoviário Suíça Brasileira, liderada pelo empresário Carlos Ferreira, que ao lado do sócio Mário Esteves, do filho Manoel Carlos e do genro Aldrin, planejam mais 50 anos de sucesso para a empresa que carrega uma marca da nossa terra Brasil afora.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário