Lentidão na reforma tributária ameaça mais 200 empregos em Friburgo

terça-feira, 25 de março de 2014
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QUEM NÃO FAZ, LEVA (1)

O empresário friburguense Marcelo Ventura, da RV4, foi convidado pelo prefeito de São Pedro da Aldeia e almoçou quinta-feira passada, 20, com representantes da Coordenadoria de Desenvolvimento Econômico daquele município. 

Lá ele visitou a área entre São Pedro e Búzios, onde diversas grandes empresas têm sido incentivadas a se instalar. Recebeu a oferta de isenção total de impostos municipais durante cinco anos e a promessa de redução de ISS para brokers.


QUEM NÃO FAZ, LEVA (2)

Na mesma semana, a Prefeitura de Magé também procurou o empresário para convidá-lo a conhecer o centro de desenvolvimento que está sendo instalado por lá.

Ofereceram terreno gratuito por 25 anos e também se comprometeram a reduzir a alíquota de ISS para esse tipo específico de empresa de logística.

Uma visita formal deve acontecer ainda esta semana.


QUEM NÃO FAZ, LEVA (3)

Entre políticos, tributaristas, contadores e empresários, todos concordam que Nova Friburgo carece de competitividade dentro do cenário regional.

Ainda assim, sempre que alguém levanta a bandeira da revisão tributária, a medida esbarra em interesses paralelos, ou na acusação de que as mudanças interessam a apenas alguns empresários.

Da mesma forma, a estrada de contorno e outras melhorias logísticas soam muito simples em campanhas eleitorais, mas na prática revelam-se muito mais complexas.

 

QUEM NÃO FAZ, LEVA (4)

A lentidão observada em relação à parte mais simples de ser feita — a reforma tributária — pode agora custar à cidade cerca de 200 empregos diretos, além de todos que vêm sendo perdidos ao longo dos últimos anos.

Ano passado, quando o projeto de redução de alíquota ficou a dever o estudo de impacto, foi feita a promessa de que um novo projeto seria enviado à Câmara no começo de 2014.

A conferir.

 

REFLEXO DA GREVE (1)

Na aparência, a greve dos profissionais da educação aproximou as duas bancadas existentes dentro da Câmara Municipal.

Afinal, todos os vereadores demonstraram apoio ao Sepe e à categoria, bem como aprovaram por unanimidade os pedidos de informação e convocações apresentados.


REFLEXO DA GREVE (2)

Na prática, no entanto, a rivalidade entre alguns membros do parlamento municipal jamais esteve tão quente, com cada grupo questionando o posicionamento do outro.

De um lado, diz-se que a postura de determinados legisladores foi condicionada pelo auditório cheio e pela pressão popular.

De outro, afirma-se que um projeto de Plano de Cargos, Carreiras e Salários para a educação poderia ter sido emendado em 2012, até adequar-se às especificidades de Nova Friburgo.


REFLEXO DA GREVE (3)

Claro que esse é um argumento de dois gumes, que vale para ambos os grupos políticos.

Diversos bons projetos têm sido engavetados recentemente, talvez sem os devidos cuidados para que suas essências fossem aproveitadas da melhor forma.

Divergências, quando respeitosas, são parte importante do regime democrático.

Como o colunista sempre lembra, a única ressalva é que a rivalidade não se sobreponha aos interesses da população.

 

PÃO DE GRAÇA

A Casa dos Pobres e o Lar Abrigo Amor a Jesus tiveram uma grata surpresa na semana passada.

Cada uma das instituições recebeu, sem esperar, mais de 150 sacos de pães.

Os alimentos foram apreendidos de uma padaria que ignorou o lacre de interdição e continuou a funcionar sem alvará.

Por serem perecíveis, os alimentos foram doados.


ALÉM DISSO...

Os homens da Secretaria de Ordem e Mobilidade também apreenderam inúmeros CDs piratas vendidos por ambulantes e grande quantidade de bebidas alcoólicas numa barraca que só tinha autorização para vender alimentos, em Conselheiro Paulino.

Entre Olaria e Conselheiro, vários estabelecimentos foram fiscalizados, não apenas em relação às obrigações de funcionamento junto à Prefeitura, mas também pela vigilância sanitária.

As operações vão continuar nos próximos dias.

 

SUGESTÕES (1)

O Massimo encontrou-se, no fim da semana passada, com o deputado federal Glauber Braga.

E, como tem feito em todas as oportunidades, levantou a bandeira da emissão de passaportes em Nova Friburgo, mesmo que através de uma representação itinerante da polícia federal.


SUGESTÕES (2)

Além dos passaportes, o colunista fez outra sugestão que, dentro do impasse vivido na educação básica, pode até soar como irônica: aumentar a oferta de cursos públicos de pós-graduação na cidade.

Atualmente, a Uerj oferece duas opções de mestrado e uma de doutorado, todas dentro da engenharia.


SUGESTÕES (3)

Não há de ser toda hora, no entanto, que um friburguense será presidente da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados.

Se não pensarmos nessas questões agora, então quando?

Ademais, qualquer cidade que alimente ambições de progresso sustentável precisa propiciar chances de desenvolvimento para seus profissionais, e não entregá-los de bandeja para outros centros.

O deputado mostrou-se entusiasmado e prometeu notícias para o futuro próximo.

A conferir.



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