Colunas
Hospital de Oncologia Regional
Para pensar:
“Abelha fazendo mel, vale o tempo que não voou.”
Beto Guedes e Ronaldo Bastos
Para refletir:
“A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.”
William Shakespeare
Hospital de Oncologia
Conforme a coluna já havia antecipado, o deputado estadual Wanderson Nogueira solicitou uma audiência com o governador Pezão para apresentar a situação do sonhado (e ameaçado) hospital de oncologia da Região Serrana, e solicitar o apoio do Palácio Guanabara para que os recursos não sejam devolvidos a Brasília.
Pois bem, o encontro finalmente aconteceu ontem, 31 de outubro, e também contou com a presença do líder de governo na Alerj, deputado Edson Albertassi.
Primeiro as boas (1)
Não dá para dizer, nessa altura dos acontecimentos, que a palavra de nosso governador signifique muita coisa, mas ainda assim vamos ao que ele disse.
De acordo com Pezão, o hospital de oncologia é uma de suas promessas, e seu governo “não irá terminar sem que esta obra esteja em andamento”.
Primeiro as boas (2)
Não custa lembrar que a previsão de entrega era para o início do segundo semestre de 2016, mas a essa altura tudo é lucro.
Ciente de que o prazo regimental está se esgotando, Pezão prometeu enviar uma equipe ao canteiro na sexta-feira, 3, a fim de delimitar, de uma vez por todas, o que é obra e o que é reforma, neste cenário absurdamente maculado pela máquina eleitoreira.
Agora a má
O governador, todavia, admitiu - óh surpresa! - que o projeto terá de ser alterado, e que a unidade não terá a grandiosidade inicialmente anunciada, sob pena de tornar inviáveis os custos para seu funcionamento.
Uma situação que clama aos céus, diante da farra feita com dinheiro público em eventos como a Copa e as Olimpíadas, mas que, se efetivamente se concretizar, já será um enorme avanço em relação ao que temos hoje.
É esperar para ver.
Em tempo
Nesta quarta-feira, 1º, é a vez de Wanderson se reunir com o presidente da Alerj, Jorge Picciani, para tratar do mesmo tema.
Como de hábito, caso haja novidades a gente repercute por aqui.
Justiça
O horário da devolução antecipada de recursos da Câmara ao Executivo, realizada na tarde de segunda-feira, 30 de outubro, não foi nada favorável à coluna, que acabou debruçando-se sobre o aspecto mais inusitado do episódio.
Mas, numa análise menos apressada, alguns detalhes merecem ser lembrados.
Austeridade
Primeiro, é preciso afirmar que não se esperava devolução de recursos desta magnitude em 2017.
O cenário é de vacas magras, e o colunista ficou positivamente surpreendido com o primeiro resultado do inegável esforço de austeridade promovido pelo presidente Alexandre Cruz.
E notem que, além dos R$ 700 mil já devolvidos, ainda é prometida mais uma transferência em dezembro, como acontece habitualmente.
Aspas
De acordo com Alexandre, a devolução dos recursos é fruto da economia feita pela casa através da renegociação de contratos com prestadores de serviço e terceirizados, entre outras medidas.
“Desde o início, à frente da Câmara Municipal, não medi esforços para reduzir os custos da casa. Administrar com austeridade é uma das minhas obrigações. Eu e os demais vereadores temos cumprido o nosso papel.”
Caros?
O Massimo frequenta bastante a Câmara, e pega bastante no pé dos vereadores, justamente por reconhecer e respeitar o papel fundamental do Legislativo.
O professor Ricardo Lengruber propôs uma reflexão interessante na qual aponta o alto custo de cada parlamentar aos cofres públicos, mesmo com o orçamento reduzido pelas devoluções.
Uns e outros
O Massimo pensou a respeito, e só pode dizer que alguns dos edis da atualidade estariam saindo caros mesmo que fossem voluntários.
Quanto vale, por exemplo, o abominável homem da lâmpada, que, enquanto a cidade luta para trazer o hospital de oncologia, foi capaz de inventar que tinha câncer no cérebro?
Por outro lado, felizmente, há, entre vereadores, técnicos e assessores, quem honre a confiança popular e justifique plenamente o investimento feito pelo contribuinte.
Apoio consciente
O leitor não precisa lembrar ao colunista que a cidade está cheia de problemas.
Quem frequenta habitualmente este espaço sabe bem que o Massimo não fecha seus olhos a nada que possa ser melhorado através da atuação jornalística responsável e comprometida.
Não é, portanto, por ignorar as necessidades básicas que o colunista sempre manifesta apoio a ideias ousadas e criativas que se proponham a agregar diferenciais à nossa cidade.
Teleférico no Caledônia?
É o caso, por exemplo, da biblioteca internacional, do trem turístico ou do projeto conjugado de autódromo e aeródromo, todos eles com grande potencial turístico ou atendendo a demandas de escala estadual.
Pois bem, recentemente o colunista teve contato com mais uma dessas ideias, que certamente não seria tão cara quanto as anteriores: um teleférico fechado que levasse até o Caledônia.
Que tal?
A ideia entra em pauta num momento pertinente, no qual a concessão para exploração do teleférico está perto de expirar.
O fato é que qualquer cidade europeia (ou sulista, ou paulista?) que tivesse uma montanha como o Caledônia certamente o exploraria em alguma forma de turismo sustentável.
A pergunta que o Massimo faz aos leitores, portanto, é a seguinte: você gostaria se houvesse em Nova Friburgo um teleférico que levasse até uma vista de mais de dois mil metros de altitude?
Respostas
Nossos heróis da resistência jamais abandonam a coluna.
Em resposta ao desafio proposto ontem, 31 de outubro, Sílvio Poeta, Stênio de Oliveira Soares, Manoel Pinto de Faria e Gilberto Éboli identificaram corretamente a fachada na Praça Getúlio Vargas, que tem o tradicional Pinball como referência.
Parabéns a todos.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário