Colunas
Giuseppe Massimo - 8 de junho 2011
PARA PENSAR:
“É loucura para o carneiro promover uma conferência de paz com o lobo”
Thomas Fuller
PARA REFLETIR:
“Elimine a causa que o efeito cessa”
Miguel de Cervantes
INSATISFAÇÃO
Os prefeitos de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis se encontraram ontem, 7, na Prefeitura teresopolitana, para avaliar a liberação de recursos federais e estaduais — ocorrida na última sexta-feira, 3 — para iniciar a reconstrução dos municípios devastados na tragédia climática de 12 de janeiro.
Dermeval Neto evita fazer críticas aos governos federal e estadual.
Porém, não esconde de ninguém que o volume de liberações ficou aquém, muito aquém, de sua expectativa.
FATIA DO BOLO
Dos R$ 678 milhões anunciados pela presidente Dilma e pelo governador Sérgio Cabral para a reconstrução da Região Serrana, Nova Friburgo — a cidade mais atingida na tragédia climática — ficou com a maior parte do bolo.
Serão R$ 13 milhões para a recuperação de 21 pontes; R$ 102 milhões para reparação de oito encostas; e R$ 272 milhões para construção de 3.500 casas populares.
CASAS POPULARES
Ao contrário do que vinha sendo divulgado (3.200), o número de unidades habitacionais a serem construídas em Nova Friburgo pelos governos federal e estadual é de 3.500.
Segundo retificação do governo estadual, 2.200 na Trilha do Céu e 1.300 no Oscar Schultz.
A entrega das unidades, se nada de novo acontecer, acontecerá entre fevereiro e dezembro de 2012.
ALERTA HABITACIONAL
Como já foi dito, a previsão é de se construir 2.200 unidades habitacionais na Trilha do Céu para atender aos desabrigados e desalojados na tragédia climática.
Vale dizer que atualmente, na única estrada de acesso à localidade, existem umas dez encostas de grande risco.
ALERTA DISTRITAL
Maior PIB e uma das regiões mais populosas de Nova Friburgo, Conselheiro Paulino e seus 42 bairros não levaram um único tostão de recursos federal e estadual na primeira etapa de obras divulgada por Dilma e Sérgio Cabral.
O colunista correu atrás e descobriu que, somente no distrito, existem dez grandes encostas e outras quatro de médio porte que desabaram na tragédia de 12 de janeiro e ainda colocam a população em risco máximo.
Depois não adianta chorar o leite derramado, certo?
BUROCRACIA
O Hemocentro do Raul Sertã continua coletando sangue, mas o processamento permanece sendo feito em Teresópolis.
O problema acontece por causa da burocracia da Vigilância Sanitária Estadual, que já vistoriou há dias o Hemocentro constatando que está tudo certo, mas ainda não emitiu o documento obrigatório para que todo o serviço volte a ser realizado aqui, no hospital público.
Aliás, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, tem visita agendada hoje em Nova Friburgo para tratar deste e outros assuntos, como a implantação do Samu.
Mas, com a situação dos bombeiros é difícil garantir se ele, o secretário, virá mesmo.
A conferir.
CENTENÁRIA
A Rendas Arp não é mais o que já foi um dia.
Atualmente a indústria emprega apenas 130 funcionários no setor de bordado, e nada mais.
A concorrência desleal dos chineses é apontada como a principal culpada pela realidade atual.
Mas nada disso impede da coluna mandar os parabéns para a empresa.
É que no próximo sábado, 11, a Rendas Arp completa cem anos.
VIOLÃO DOIDÃO
A notícia tem até registro na 151ª DP.
No último sábado, 4, funcionários da Faol faziam vistoria num ônibus da linha São Pedro da Serra, no fim do expediente, quando descobriram uma touca e um violão esquecidos no cantinho do coletivo, que estava sendo recolhido para a garagem.
Dentro da bela viola — vejam só — foram encontrados dois tabletes da famosa erva maldita.
Cannabis sativa genuína, esquecida pelo passageiro sequelado.
PONTO FINAL
Você ainda vai soprar um bafômetro ou entregar a habilitação.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
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