Giuseppe Massimo - 26/06/2013

quarta-feira, 26 de junho de 2013
Lívia Melo, Juliana Moreira e Nicole Costa
por Lúcio Cesar Pereira
Lívia Melo, Juliana Moreira e Nicole Costa por Lúcio Cesar Pereira

PARA PENSAR:

"Nas favelas, no Senado / Sujeira pra todo lado / Ninguém respeita a Constituição / Mas todos acreditam no futuro da nação / Que país é esse?”

Legião Urbana

 

PARA REFLETIR:

"Brasil! / Mostra tua cara / Quero ver quem paga / Pra gente ficar assim / Brasil! / Qual é o teu negócio? / O nome do teu sócio / Confia em mim...”

Cazuza

 

JOVENS NA RUA (1)

Ontem à noite foi realizado o quarto protesto popular em Nova Friburgo.

Hoje, a partir das 18h, tem o quinto.

As manifestações, como se sabe, se originaram nas redes sociais.


JOVENS NA RUA (2)

A manifestação de ontem reuniu cerca de 300 pessoas — a grande maioria de jovens estudantes.

O foco do protesto foi a redução da tarifa de ônibus e a liberação do passe livre para os alunos da rede pública sem hora determinada.

Atualmente, após o acordo judicial entre a Prefeitura e a Faol que originou o reajuste da tarifa em março, os estudantes têm até duas horas após o término do horário escolar para utilizar os ônibus.


JOVENS NA RUA (3)

Após concentração na Praça Dermeval Barbosa Moreira, os manifestantes foram ontem à Câmara para entregar um documento pedindo a realização de uma audiência pública no Legislativo.

Há certo impasse quanto ao local da audiência.

Os manifestantes querem que seja realizada na Polícia Militar e a Câmara quer que seja no próprio Legislativo.

 

MAGISTÉRIO NA RUA

A luta do magistério municipal é coisa antiga, quase do tempo do arco da velha.

A diferença das manifestações anteriores para o protesto de ontem, 25 — quando centenas de professores e pessoal de apoio deixaram as escolas e foram para frente da Prefeitura e da Secretaria de Educação — está na quantidade (a maior da história) e na nítida pré-disposição por parte do governo de resolver os problemas da categoria, de uma vez por todas.

Obviamente, qualquer solução terá que passar inevitavelmente pelo plano de cargos e salários da categoria.

Até porque, todos concordam, o plano de carreira é o grande X desta questão.


A PROPÓSITO

Há anos sem aumento salarial (o piso é de R$ 740), o magistério municipal pleiteia 30% de reajuste no contracheque.

Luta ainda pela incorporação do abono de R$ 130 e ainda a convocação dos concursados de 1999 e de 2007 para sanar a grande demanda de professores e pessoal de apoio nas escolas e creches do município.

A Prefeitura ficou de encaminhar, por escrito, uma contraproposta antes da assembleia da categoria, marcada para amanhã, 18h, no auditório do Sindicato Têxtil.


SEGUE...

A manifestação do magistério municipal ontem de manhã, na porta da Prefeitura e Secretaria de Educação, foi pacífica, mas firme.

Aliás, mesmo cansados de tanto tempo esperando por uma resposta afirmativa do poder público, não se poderia esperar outro tipo de posicionamento dos educadores e dos demais profissionais da rede escolar.

O que ficou notório no protesto de ontem é que a categoria — a exemplo dos outros protestos que proliferam pelo Brasil afora — está dando um basta nas embromações políticas que se arrastam há tempos.

O ultimato está dado.


NO MAIS...

Aliás, não existe nenhuma possibilidade de a educação municipal melhorar de fato sem que os professores e o pessoal de apoio do magistério sejam atendidos em seus direitos básicos.

Uma coisa é parte da outra. E vice-versa.


PONTA DO ICEBERG

A manifestação pacífica do magistério municipal, ontem, é apenas uma ponta do iceberg.

Afinal, não é segredo para ninguém que outras tantas categorias dentro da Prefeitura pressionam por melhorias salariais.

O problema, o grande imbróglio, é que os gastos com pessoal já ultrapassaram o limite prudencial previsto na rigorosa Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ou seja, a situação é de uma verdadeira sinuca de bico.


PACTO DE DILMA

Sob pressão popular, assim como toda a classe política brasileira, a presidenta Dilma Rousseff apresentou a alguns governadores e prefeitos das principais capitais um pacto com cinco propostas.

Salvo engano, uma estratégia federal para jogar a batata quente no colo de terceiros, em especial, do Congresso Nacional — que faz jus ao título de principal telhado de vidro.

A pauta apresentada por ela, por si só, convenhamos, não sugere consistência para uma trégua com as ruas.

Acorda, Dilma.


EIS A QUESTÃO

Perguntar não ofende — ou, pelo menos, não deveria:

Por que só depois da grande pressão popular nas ruas, governos estaduais e municipais descobriram que havia uma fórmula para reduzir algumas tarifas e taxas pelo Brasil afora?

Deram o dedo, terão que dar a mão, e depois o braço...


TACHÕES POR LOMBADAS

O coronel Hudson Aguiar, superintendente da Autran, anunciou ontem, 25, que os tachões colocados em diversas vias públicas serão retirados e substituídos por lombadas.

A primeira substituição já foi feita nas proximidades da Stam, em Conselheiro Paulino.

A continuidade do serviço será feita pela Secretaria Municipal de Obras.


SINAL NA UPA

A Autran instalou um sinal de trânsito na Avenida Roberto Silveira, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O equipamento era uma reivindicação da comunidade.


DECISÃO

O Brasil joga em casa e inegavelmente tem um time melhor que o Uruguai na semifinal da Copa das Confederações, hoje à tarde.

Mas, a história do confronto mostra que Neymar, Oscar e Cia. não podem bobear.

Em decisão contra os vizinhos, todo cuidado é pouco.

 

PONTO FINAL

Este cartaz, vejam só, foi afixado ontem, com durex, numa árvore em frente à Prefeitura, durante a manifestação do magistério municipal.

Eu apoio!

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Massimo

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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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