Giuseppe Massimo - 24 de novembro 2011

sexta-feira, 06 de abril de 2012
Luana Campana

Por Carlos Mafort
Luana Campana Por Carlos Mafort

PARA PENSAR:

“Não se pode criar experiência. É preciso passar por ela”

Albert Camus

PARA REFLETIR:

“O valor de um ato se julga por sua oportunidade”

Lao-Tsé

NOME SUJO

Conforme noticiado pela coluna na edição de ontem, 23, Nova Friburgo está impedida de receber repasses federais e estaduais relativos a cerca de 40 convênios de obras, porque o nome da Prefeitura foi incluído no cadastro de maus pagadores ao deixar atrasar mais de três parcelas de pagamento de um refinanciamento junto ao INSS.

Não é a primeira, nem a segunda e, com certeza, não será a última vez que tal fato acontece.

O imbróglio jurídico, segundo explicações, é provocado por um entendimento administrativo do instituto que vira e mexe vem à tona.

De qualquer maneira, quem perde sempre é a população do município.

Infelizmente!

NOME LIMPO

O atual governo municipal agiu junto ao Tribunal Regional Federal, no Rio, e aguarda para qualquer momento uma decisão favorável para limpar o nome da Prefeitura no cadastro de maus pagadores e, assim, restabelecer os 40 convênios com os governos estadual e federal.

A decisão favorável será acompanhada de um boleto para quitação dos três meses em atraso com o INSS.

O valor não chega a ser nenhuma fábula.

PEDIDO INDECENTE

No depoimento à CPI da Câmara, ontem, o ex-secretário municipal de Governo, José Ricardo Carvalho de Lima, disse em alto e bom som ao microfone—inclusive, está gravado—que o vereador Edson Flávio (PR), um dos membros da comissão, esteve em seu gabinete numa oportunidade após a tragédia climática para fazer um pedido, digamos, nada republicano.

Segundo José Ricardo, o parlamentar pediu que a Prefeitura fizesse “um serviço em um terreno particular de um pastor amigo dele [de Edson Flávio]”.

O ex-secretário de Governo informou que o pleito não foi atendido por razões óbvias.

SEGUE...

José Ricardo deixou a entender em seu depoimento na CPI que outros vereadores também teriam lhe feito pedidos semelhantes ao de Edson Flávio.

Cabe aos vereadores virem a público esclarecerem a indelicada situação.

MUDANÇA

O professor Pierre Moraes assumiu a presidência da comissão de ética e de decoro parlamentar da Câmara.

Substituirá Renato Abi-Râmia.

EM CIMA DO MURO

O ex-secretário municipal de Agricultura, Roberto Wermerlinger, assumiu a vaga aberta na Câmara com o pedido de licença de Renato Abi-Râmia.

Logo na primeira votação, Wermelinger subiu no muro—força de expressão, claro.

Ele se absteve de votar o projeto que proíbe a colocação de cavaletes, placas, faixas, “outdoors” e galhardetes nas calçadas, praças, canteiros centrais, rotatórias e cruzamentos das vias públicas do município, sob pena de multa para os infratores de 496 Ufirs (cerca de R$ 1.060) por cada peça publicitária.

Os outros nove vereadores aprovaram a proposta que, agora, segue para a canetada do prefeito interino Sérgio Xavier, antes de se transformar em lei.

E...

Hoje, 24, enfim, o suplente de vereador Samuel Grassini tomará posse na Câmara.

O prazo de validade do seu mandato vai até quando o vereador licenciado Marcelo Verly permanecer à frente da Secretaria Municipal de Educação.

PRO FORMA

O vereador Manoel Martins (PSD) é o substituto de Renato Abi-Râmia na CPI da Câmara.

A presença de Manoel Martins é, digamos, uma mera formalidade para não deixar a comissão capenga na reta final das investigações sobre a utilização de recursos federais repassados ao município após a tragédia climática.

O novo membro da CPI, aliás, só acompanhou o finzinho do depoimento do ex-secretário municipal de Governo, José Ricardo Lima, ontem, na Câmara.

Convalescente de uma operação para implantação de uma prótese femural e com outros problemas de saúde, Manoel Martins não vê a hora de concluir o atual mandato para pendurar as chuteiras na política.

ACESSIBILIDADE

A Câmara vota hoje, quinta, projeto que obriga os motéis de Nova Friburgo—e hotéis também—a adaptarem as suas instalações e estruturas para atender as pessoas portadoras de necessidades especiais.

No Legislativo, a proposta ganhou o apelido sui generis de canguru perneta.

Com todo respeito, óbvio.

NOTA 10

As bandeiras da panóplia da Praça Marcílio Dias foram trocadas e, novinhas em folha, ajudam a melhorar o aspecto visual do Paissandu.

Nota máxima!

NOTA 0

As bandeiras da panóplia da Ponte 7 de Setembro estão em frangalhos pelo tempo de uso.

Nota mínima!

B.O.

Uma senhorinha, que ganha o pão nosso de cada dia como empregada doméstica, compareceu quarta-feira, 23, para denunciar o seu advogado.

Ela acusa o doutor de ficar com os R$ 2.725 de uma indenização que ele recebeu por procuração dada por ela numa causa contra uma concessionária de serviços públicos em 27 de outubro na agência do Banco do Brasil.

Ela decidiu registrar o Boletim de Ocorrência na 151ª DP Legal depois de ir umas vinte vezes ao escritório do doutor em Olaria e não encontrá-lo, além das 2.725 ligações para o celular do doutor que caíram na caixa postal.

Aliás, não existe honorário advocatício de 100%—isso até uma simples doméstica sabe.

PONTO FINAL

Graças a Deus, as chuvas torrenciais de ontem e anteontem não provocaram nenhum incidente maior.

De qualquer maneira, a cada chuva forte a população fica com o coração na mão, apreensiva, amedrontada e apavorada.

É brabo!

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Massimo

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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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