Giuseppe Massimo - 24 de fevereiro 2011

Lá se vai quase um mês e meio da tragédia climática que devastou a Região Serrana e as cidades atingidas ainda contam os mortos, buscam desaparecidos e tentam garantir o mínimo de atendimento e conforto aos milhares de desabrigados e desalojados.

Nos últimos dias, por algumas contingências profissionais, o colunista tem ido com frequência a bairros e distritos friburguenses duramente destruídos na devastação, constatando que o serviço emergencial ainda está longe, muito longe de acabar. É triste, mas é verdade.

Reparem vocês, por exemplo, nesta reprodução atualizada pelo Google Earth da área central do bairro Córrego Dantas, onde morreram 33 pessoas. Percebam que o córrego, que inclusive dá origem ao bairro, teve o seu curso alterado de forma assustadora.

A boa notícia para os friburguenses é que, se Deus quiser, os poucos imóveis que permaneceram de pé serão removidos desta área de risco e o local será transformado num grande parque ecológico.

Tomara que sim!

PARA PENSAR:

“A ignorância nunca resolve uma questão”

Benjamin Disraeli

PARA REFLETIR:

“Percebo que um homem tem que decidir não divulgar nada de novo, ou então tornar-se um escravo para defendê-lo”

Isaac Newton

JUNTA MÉDICA

A comissão especial da Câmara, criada para descobrir o enigma envolvendo a verdadeira situação física e mental do prefeito licenciado, Heródoto Bento de Mello, anunciou ontem, 23, os nomes dos três médicos que, remunerados pelo Legislativo, vão compor a junta médica para avaliar HBM.

O psiquiatra Jorge Hermersdorf, o neurologista Paulo Rosa e o clínico geral Ebenézer Soares Ferreira Júnior.

Aliás, os leitores da coluna souberam de antemão que os três seriam convidados para a encrencada missão. E agora sabem também que aceitaram a incumbência.

Se bem que, conhecendo HBM, dificilmente ele aceitará passar por uma situação dessas.

Ou será que aceita?

CAUSA MORTIS (1)

Acaba de chegar às mãos da família do ex-prefeito Paulo Azevedo, falecido na tragédia climática de janeiro, o laudo médico oficial com a causa mortis: asfixia mecânica.

Salvo engano da coluna, Paulo Azevedo sobreviveu ao impacto da barreira que desabou sobre a casa de seu sítio, em Campo do Coelho e, sob os escombros, agonizou por um tempo.

O corpo demorou cinco dias para ser resgatado.

CAUSA MORTIS (2)

Bom Jardim registrou uma única vítima fatal na tragédia climática de janeiro, embora vários bairros do município vizinho tenham sido praticamente dizimados na ocasião.

Os vizinhos da vítima fatal, ocorrida no bairro de São Miguel, contam que a tragédia com o cidadão bonjardinense teria ocorrido por afogamento quando ele, a vítima, tentou “pescar” um botijão de gás que flutuava nas volumosas águas do Rio Grande.

Detalhe: suspeita-se que o botijão fizesse parte do estoque de uma distribuidora de gás no Jardim Califórnia, no distrito de Conselheiro Paulino, que desceu rio abaixo na devastação climática.

PONTES SERRANAS

A Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop) anuncia ter começado a reconstrução das pontes na Região Serrana danificadas ou destruídas na tragédia climática de janeiro.

Segundo a Emop, algumas, com vão de até 12 metros, serão recuperadas com estrutura metálica para acelerar o processo.

Para as maiores estão sendo feitos estudos da recuperação em concreto armado.

PONTES E ESTRADAS

O governo estadual entregou à União levantamento das pontes e rodovias afetadas na tragédia do mês passado.

Segundo o estudo serão necessários R$ 110 milhões para a recuperação das pontes.

E mais R$ 295 milhões para reconstruir as estradas.

VÉU DAS NOIVAS

O parque ecológico de Furnas (viva o Cão Sentado!) em breve poderá ser reaberto à visitação pública.

O mesmo não se pode dizer do Véu das Noivas, no mesmo circuito turístico.

É que boa parte da tubulação que corria o morro para abastecer a famosa cascata simplesmente foi por água abaixo na tragédia de janeiro.

VOTE EM MIM

Se tivesse direito a voto, o Massimo optaria pelo salário mínimo de R$ 575, indicando a fonte de recursos.

Se, para aumentar o salário em R$ 15 mensais o custo anual é de R$ 3,5 bilhões/ano, conforme números oficiais do próprio governo federal, bastaria o Brasil desistir da compra dos aviões-caça, orçados em R$ 7 bilhões.

O primeiro ano do reajuste já estaria garantido, entende?

Aliás, coisa boa é jogar pedra no telhado dos políticos, né não?

BRUNA SURFISTINHA (1)

O filme da hora é Bruna Surfistinha, baseado na vida real da estrela pornô, estrelado pela irretocável Deborah Secco.

O filme estreia nesta sexta-feira, 25, em rede nacional.

Inclusive nas telas friburguenses.

BRUNA SURFISTINHA (2)

O Sexy Hot, canal (150) de saliência da Sky, tem exibido na sua grade atual os filmes originais protagonizados in loco por Bruna Surfistinha (cuidado com calos na mão), claro, pegando carona no lançamento do filme.

Se Deborah Secco fizer 1% do que a original fez... Mama mia!

PONTO FINAL

Calma São Pedro!