Giuseppe Massimo - 14/09/2012

“Feliz quem não exige da vida mais do que ela espontaneamente lhe dá, guiando-se pelo instinto dos gatos, que buscam o sol quando há sol, e quando não há sol, o calor, onde quer que esteja”

O TSE atualizou o número de eleitores friburguenses.

Estão aptos, 147.115 eleitores.

Segundo o TSE, 342 candidatos pediram registro para disputar as 21 cadeiras da Câmara.

Seis renunciaram e outros 13, indeferidos em primeira instância, não recorreram ao TRE/Rio.

Outros 45 ainda brigam no TRE ou TSE para validarem seus nomes.

Na ausência de pesquisas confiáveis, os ataques políticos desferidos no horário eleitoral—de lado a lado—sinaliza que o pleito só será definido na reta de chegada.

Até porque, convenhamos, não se bate em cachorro morto, percebe?

Os advogados, autoridades e demais convidados que participaram quarta à noite da inauguração da nova sede da OAB ficaram embasbacados com o primor das novas instalações—realmente um requinte.

No entanto, tiveram que percorrer os três andares do prédio pelas escadas.

É que o elevador, orçado em R$ 75 mil, ainda não pode ser instalado.

O equipamento passou a ser o novo sonho de consumo da entidade.

A greve no Cefet acabou.

Os alunos dos cursos de física e turismo da unidade friburguense retomaram esta semana às salas de aula para concluírem o restante do primeiro semestre.

Já os alunos aprovados no vestibular (leia-se Enem) para iniciarem os cursos no segundo semestre vão ter que puxar uma cadeira e, com muita paciência, aguardar a divulgação de quando serão iniciadas as aulas.

Pode ser que o segundo semestre de 2012 só comece no primeiro semestre de 2013.

A corda, como sempre, arrebenta para o lado mais fraco, entende?

Os universitários dos cursos de engenharia do campus local da Uerj estão em situação semelhante à do pessoal do Cefet.

Lá, diga-se, a situação é ainda mais complicada para os universitários.

Quando acabar definitivamente a greve estadual na instituição, os alunos friburguenses só poderão retornar às salas de aula quando os seus colegas de outros polos concluírem o primeiro semestre.

É que, aqui, em Nova Friburgo, o calendário do primeiro semestre foi concluído e os das outras unidades ficarão faltando dois meses, por causa da greve.

A UFF não tem data também para retomar as aulas.

A galera está parada desde maio.

Na próxima terça-feira, 18, antes ou depois da sessão matutina, os 12 vereadores vão se reunir a portas fechadas no gabinete da presidência da Câmara.

Na pauta interna, os parlamentares vão começar a mexer em um vespeiro.

No caso, a discussão para fixar os subsídios dos vereadores, prefeito, vice e futuros secretários municipais que assumirão em 1º de janeiro de 2013.

A proposta—seja qual for—será votada antes do pleito de 7 de outubro.

A presidência da Câmara já mandou sua assessoria preparar um estudo financeiro sobre o impacto do aumento de 12 para 21 vereadores na legislatura 2013/2016.

A tendência é que o atual subsídio dos vereadores (de R$ 7.740) não sofra qualquer reajuste.

A não ser que algum vereador apresente uma emenda contrária.

A conferir.

Além de não reajustar os subsídios dos vereadores, o estudo sobre o impacto de criação de mais nove cadeiras na Câmara ainda obrigará o Legislativo a cortar a quantidade de assessorias nos gabinetes parlamentares.

Atualmente, cada vereador tem seis assessores.

Os futuros 21 vereadores deverão nomear apenas a metade.

A tendência é que o subsídio dos 21 vereadores seja mantido em R$ 7.740.

Se não vai haver aumento para os parlamentares, o futuro prefeito e vice também não terão.

O salário atual do prefeito é de R$ 19 mil e, se a cidade tivesse um vice, este receberia R$ 11 mil.

Como não tem vice, Nova Friburgo paga três prefeitos—dois deles afastados do cargo.

Tem muito candidato anunciando que, se eleito, vai alavancar milhares de empregos na cidade.

Pode ser, mas vai ter que promover um milagre.

De julho de 2011 a julho deste ano, Nova Friburgo gerou apenas 1.435 postos de trabalho.