Colunas
Giuseppe Massimo - 13 de julho 2011

PARA PENSAR:
“O ser humano não pode deixar de cometer erros; é com os erros que os homens de bom senso aprendem a sabedoria para o futuro”
Plutarco
PARA REFLETIR:
“O perigo e o prazer andam de mãos dadas”
Provérbio escocês
PF NA PMNF (1)
Nem obra de reconstrução de encostas e nem casas populares, tão aguardadas pela população friburguense.
Ontem, dia em que a devastação climática fez seis meses, oficiais da Justiça Federal de Nova Friburgo, acompanhados por 12 agentes da Polícia Federal da Delegacia de Macaé, fizeram grande operação na Prefeitura para apreender mais de 40 processos relativos aos gastos feitos com os R$ 10 milhões repassados pelo governo federal.
PF NA PMNF (2)
A operação da Justiça Federal e da Polícia Federal durou cerca de quatro horas e meia — começou às 9h e terminou às 13h30.
A demora para recolher a documentação se deu porque os processos pretendidos estavam espalhados por pelo menos seis secretarias e departamentos da Prefeitura.
PF NA PMNF (3)
As equipes da Justiça Federal e da Polícia Federal — quatro oficiais e 12 policiais — chegaram de mansinho, em veículos descaracterizados, e fizeram um, digamos, abafa geral.
Servidores que já estavam nas secretarias visitadas não puderam sair; os que estavam fora não puderam entrar.
Diga-se que a operação, em nenhum momento, foi obstaculizada.
PF NA PMNF (4)
O prefeito Dermeval Neto não estava na Prefeitura na hora da operação.
Mas, através do telefone, era informado por assessores do desenrolar dos fatos na Prefeitura.
À tarde, depois que os oficiais e agentes foram embora, o governo municipal emitiu nota oficial considerando a operação “natural e pertinente”.
PF NA PMNF (5)
A operação de apreensão de documentos desencadeada na Prefeitura ontem teve como origem um requerimento do Ministério Público Federal à 1ª Vara Federal de Nova Friburgo.
A Promotoria da República também pleiteou o afastamento do prefeito Dermeval Neto e do procurador Hamilton Sampaio, o que, no entanto, foi indeferido pelo juiz Eduardo Francisco de Souza.
PF NA PMNF (6)
A Justiça Federal de Nova Friburgo, ao autorizar a operação feita na Prefeitura, acatou as argumentações do procurador da República na cidade, Jessé Ambrósio dos Santos Júnior, de que o governo municipal vinha protelando a entrega de documentos indispensáveis para fiscalizar a utilização dos R$ 10 milhões repassados pelo governo federal ao município após a tragédia climática.
Toda a documentação, agora, está em posse do MPF.
Em 30 dias a Procuradoria deverá providenciar xerox autenticada do material, para devolvê-lo à Prefeitura.
PF NA PMNF (7)
A coisa está feia, feíssima!
PROTESTO NA RUA
Não obstante a operação da Justiça Federal e da Polícia Federal ontem, teve também protesto nas ruas, organizado pelo Fórum Sindical e Popular.
O dia do sexto mês da tragédia climática, digamos, foi marcante.
SEIS MESES (1)
Após seis meses da tragédia climática, das 244 encostas que oferecem risco de provocarem novas tragédias no próximo verão, apenas oito já tiveram recursos liberados pelos governos federal e estadual.
Contudo, essas oito obras só começarão a ser mexidas efetivamente em... setembro.
SEIS MESES (2)
As 3.480 casas populares também prometidas para Nova Friburgo ainda nem começaram a subir a serra.
Termina no próximo dia 21 o prazo dado pelo governo estadual às empresas interessadas em realizar as obras para que apresentem seus projetos.
Se a cidade não afundar de vez no próximo verão, a previsão é que as primeiras mil unidades sejam entregues em fevereiro.
As demais só no fim de 2012.
SEM COMIDA
A doação de gêneros alimentícios às vítimas da tragédia climática em Nova Friburgo está no finzinho.
Em dez dias, acabam de vez.
FORTES EMOÇÕES
O Brasil decide a sua sorte na Copa América hoje à noite.
Cá pra nós, se a gente não passar pelo Equador, vai querer ganhar de quem, né não?
PONTO FINAL
A impressão é que Nova Friburgo vive uma maldição em 2011.

Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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