Giuseppe Massimo - 12 a 14 de março 2011

Neste sábado, 12, completam-se dois meses da tragédia climática que devastou Nova Friburgo e outros seis municípios.

Vamos relembrar: a devastação aqui na Região Serrana teve destaque por ter sido a maior do Brasil e a oitava do planeta em termos de deslizamentos, na qual cerca de mil pessoas perderam a vida, outras centenas continuam ainda desaparecidas e, claro, milhares e milhares de moradores desabrigados e desalojados. Os prejuízos materiais são incalculáveis.

Mas, já dizia François-René de Chateaubriand: a desgraça ensina ou recorda.

Sem ter ainda se refeito da tragédia ocorrida aqui na Região Serrana, o meu, o seu, o nosso planeta Terra é mais uma vez sacudido pelo terremoto, seguido de tsumani, no Japão, que, mais uma vez, voltou a provocar mortes e destruição em grandes escalas. O sismo de quase nove graus também já é um dos maiores da história.

Aqui como lá, do outro lado do mundo, as cenas de destruição avassaladora se assemelham bastante.

Reparem: as duas fotos do lado esquerdo retratam a dor dos friburguenses em 12 de janeiro; já as do lado oposto, a dor dos japoneses.

Deus nos ajude neste momento de sofrimento, angústia e tristeza dos dois povos.

PARA PENSAR:

Quando a desgraça é comum, cada um tem sua sorte”

Quinto Curcio

PARA REFLETIR:

“Uma grande desgraça nunca é a última”

Sêneca

REGIME ÚNICO

O prefeito Dermeval Neto entrega nesta segunda-feira, 14, nas mãos do líder do governo na Câmara, Jorge Carvalho, projeto no qual propõe transformar em regime único estatutário todo o quadro de funcionários da Prefeitura.

A proposta garante estabilidade ao funcionalismo e também economia de encargos fiscais, cujo recurso poderá ser utilizado pelo município para suprir a grande carência de trabalhadores, sobretudo de profissionais nas redes públicas de saúde e educação.

Dermeval pedirá urgência urgentíssima na votação da matéria na Câmara.

SÃO LUCAS

A direção do Hospital São Lucas entregou ao governo municipal dois laudos técnicos - um da PUC e outro da GeoRio -, que garantem que o prédio do hospital está seguro e apto a ser reaberto ao público.

A Defesa Civil já tinha um laudo anterior, da época da tragédia climática, com posicionamento divergente.

Diante da situação, o problema foi encaminhado à análise do Ministério Público.

ALTO RISCO

Esta semana, o Floresta - um dos bairros mais atingidos pela devastação climática de janeiro - por pouco não se transforma em palco de nova tragédia.

A laje de uma casa em área de altíssimo risco no bairro, e já marcada para ser demolida, veio abaixo quando os seus moradores tentavam tirar portas e janelas para serem reaproveitadas.

Segundo a Defesa Civil, duas crianças foram atingidas e socorridas por uma equipe de salvamento dos bombeiros.

Graças a Deus as crianças sofreram apenas escoriações.

Em suma, o caso serve de lição: mais vale a vida do que o bem material, percebe?

BOATO E VERDADE

As cenas chocantes do tsunami no Japão fizeram o colunista lembrar aquele fatídico dia pós-tragédia climática em Nova Friburgo, quando houve o boato do rompimento da represa.

Na cabeça dos friburguenses na ocasião, em meio ao pânico, as imagens eram aquelas mostradas agora no país oriental.

FALTA A COLETIVA

O prefeito licenciado, Heródoto Bento de Mello, através de sua assessoria, divulgou entrevista para os meios de comunicação da cidade.

Fica faltando agora marcar uma coletiva à vera, tête à tête, com os ávidos jornalistas friburguenses.

Quando puder, estaremos à inteira disposição.

HORA DE PARAR

Deu na imprensa: Dalai Lama decidiu encerrar sua carreira política.

E olha que ele vai pendurar as chuteiras aos 74 anos, percebe?

SAUDADES DE CASA

Nova Friburgo, como se sabe, ficou às moscas durante o carnaval.

Agora, passado o período de folia, começam a chegar ao colunista relatos da história de friburguenses que caíram fora da cidade para aliviar a cabeça da tragédia climática e, óbvio, dar uma sacudida na poeira.

Um animado grupo de conhecidas figuras locais optou por rachar o aluguel de um belo apartamento nas não menos belas praias de Guarapari, no litoral capixaba, onde pretendia espairecer por uns dez dias.

Tudo muito bom, mas os pobres coitados só não contavam ser visitados pelos bandidos de lá.

Com o furto generalizado e o sufoco de terem armas apontadas para a cabeça, o grupo decidiu voltar antecipadamente.

Segundo eles, é melhor estar aqui, na terrinha destruída velha de guerra, do que ter pesadelos no propalado paraíso, entende?

POLÍTICA DE ARROXO

A presidenta Dilma Rousseff caminha para completar três meses de mandato.

Até a presente data, o novo governo federal tomou apenas três decisões importantes para os destinos da nação: limitou o salário mínimo em R$ 545, aumentou os juros e fez um corte no Orçamento da União deste ano em R$ 50 bilhões.

Fica combinado: corrijam se o colunista estiver errado, por favor.

PONTO FINAL

O Flamengo não está jogando nada e a grande nação rubro-negra não para de gritar nas arquibancadas que “não é mole não, aqui no Rio ninguém ganha do Mengão”.

Ou seja, falem o que quiser do técnico Vanderley Luxemburgo - até que ele continua omitindo em seu currículo ter treinado o Friburguense no início da carreira -, menos que o pai de santo dele é fraco, né não?