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Giuseppe Massimo - 10 de janeiro 2012

RECONSTRUÇÃO?
A tragédia climática completa exato um ano nesta quinta-feira, 12.
Nenhuma, nenhuma obra de reconstrução ficou pronta até agora, aqui, em Nova Friburgo.
Das centenas de encostas que desabaram, poucas ganharam recursos; nenhuma casa popular começou a ser construída até hoje e também nenhuma ponte destruída naquela ocasião está sendo reconstruída.
Por outro lado, promessas, promessas, promessas... só promessas de reconstrução.
Aliás, até a presente data, somente a ponte de Bom Jardim (vide foto) pode ser incluída no rol de compromissos honrados pelo poder público, assim mesmo, convenhamos, aberta ao fluxo de veículos à meia-bomba.
É pouco ou quase nada.
PARA PENSAR:
“O perigo desaparece quando ousamos enfrentá-lo”
François René
PARA REFLETIR:
“O homem que sofre antes do necessário, sofre mais que o necessário”
Sêneca
BLECAUTE
Segunda-feira, 9 de janeiro de 2012, foi um dia praticamente perdido para os friburguenses.
O motivo, óbvio, todo mundo sabe: o blecaute de exatas três horas e oito minutos (das 11h38 às 14h46).
Vamos lá. Como sempre, o apagão em quase toda a cidade pode ter sido provocado por problemas na subestação da Ampla, no alto das Braunes.
Só que, mais uma vez, o SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) da Energisa pisou feio na bola.
Primeiro, as linhas ficaram congestionadas, mas, em seguida, deu para perceber nitidamente que a empresa simplesmente tirou o sistema do ar deixando todo mundo sem nenhuma informação, horas a fio.
Aliás, não é a primeira vez que isso acontece.
GRANA DE VOLTA
A Controladoria-Geral da União (CGU) já havia bloqueado R$ 1,3 milhão da Prefeitura de Nova Friburgo.
Agora, cobra a devolução de mais R$ 4,3 milhões dos R$ 10 milhões repassados ao município pelo governo federal após a tragédia climática.
O órgão aponta ter havido muita coisa errada com a grana que era para atender a cidade devastada, mas que acabou indo para o ralo.
Lamentável.
RETORNO
A imprensa das capitais está de volta a Nova Friburgo.
Um ano após a tragédia climática, a mídia nacional vem aqui para a cobertura do primeiro ano da tragédia climática que devastou a Região Serrana em 2011.
SEGUE...
Há 50 anos, a imprensa brasileira também montou acampamento aqui, em Nova Friburgo.
Nos idos de 1962, a presença dos jornalistas não foi a chuva e nem a tragédia na Região Serrana.
Mas, vejam só, foi a vinda da seleção brasileira para os últimos treinamentos visando a Copa do Chile.
Eram tempos áureos em que Pelé, Garrincha e cia. faziam a terra tremer (no bom sentido, claro).
IDEIA DE JERICO
A Secretaria Estadual de Turismo—tem doido pra tudo—, que chama a Região Centro-Norte Fluminense de Serra Verde Imperial, quer que os donos de hotéis e pousadas da Região Serrana não cobrem dos seus hóspedes as diárias nos dias chuvosos como forma de incentivo e recuperação da economia serrana.
Quer dizer, o empreendedor paga para o sujeito escolher o seu estabelecimento?
Até porque, convenhamos, aqui, na Região Serrana, só faz chover, né não?
E...
Aqui, entre a gente, quando foi o último fim de semana de sol na Região Serrana?
Se a proposta da Secretaria Estadual de Turismo tivesse vingado, os donos dos hotéis e pousadas já teriam literalmente quebrado.
PONTO FINAL
Perguntar não ofende—ou, pelo menos, não deveria:
Quando e quem vai retirar a ornamentação natalina das ruas de Nova Friburgo?
No Carnaval, convenhamos, não fica bem a presença da motivação de Papai Noel.


Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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