Giuseppe Massimo - 09/03/2013

“Na hora da verdade ninguém engana a vida. É possível enganar o professor, os pais e até a pessoa que as está contratando, mas enganar a vida é impossível. Na hora da verdade a vida se encarrega de pôr todas as pessoas no devido lugar”

A palavra “moratória” no Direito Público quer dizer um ato unilateral de um Estado declarar a suspensão do pagamento dos serviços da sua dívida externa.

Foi o que o governo Sérgio Cabral fez aqui, no Estado do Rio.

Todos os pagamentos estaduais—exceções da folha de pagamento e repasses obrigatórios aos municípios—só vão ser liberados—Deus sabe quando—quando (e se) o STF der uma resposta positiva em relação à pendenga dos royalties do petróleo.

Nova Friburgo e os demais municípios vão continuar recebendo os repasses obrigatórios do Estado do Rio.

Só isso e nada mais.

E é muito pouco, haja vista que Nova Friburgo é uma cidade bastante dependente dos convênios estaduais e federais, sobretudo, em relação a obras importantes.

Leia-se, o pagamento a fornecedores estaduais que estão construindo os imóveis para as vítimas das chuvas e ainda a recuperação de algumas encostas destruídas em 2011.

Em suma: se não houver uma solução rápida dos royalties, a situação tende a se agravar no município.

Além do risco de ver paralisadas algumas obras em andamento, Nova Friburgo—com a moratória anunciada pelo governo estadual—terá que aguardar mais tempo para ver liberados os convênios do Somando Forças, programa de Sérgio Cabral.

Já estão licitadas dezenas de pequenas obras no município, mas o dinheiro que é bom não será liberado por enquanto.

Sem dinheiro, sem obras.

O pagamento dos servidores estaduais, segundo o governador, está garantido.

Mas, perguntar não ofende—ou, pelo menos, não deveria:

Os inúmeros órgãos estaduais sediados aqui, em Nova Friburgo, têm condições de manter o serviço à população funcionando a contento com a moratória dos prestadores de serviços?

A conferir.

Com a nova regra de redistribuição dos royalties do petróleo, o caixa da Prefeitura ficará sem R$ 4 milhões este ano.

Pior situação é dos vizinhos aqui, do Centro-Norte fluminense, que também deixarão de receber valores semelhantes mas que, proporcionalmente, tem maior relevância na arrecadação.

E pior ainda é o caso específico de Cachoeiras de Macacu, onde metade da arrecadação anual vem dos royalties do petróleo.

Dizem que se a redistribuição do petróleo decidida pelo Congresso Nacional for mantida, é provável que a cidade vizinha tenha que fechar as portas.

Até do banheiro, entende?

A informação é do atual comando da Fundação Municipal de Saúde: da primeira à última linha, força de expressão, há problemas no contrato de uma empresa para realização de exames laboratoriais da rede pública.

O referido contrato, firmado ano passado, certamente será rescindido, anulado, invalidado, desfeito, quebrado.

A conferir.

Há tempos, nos bastidores políticos da cidade, fala-se mal deste tal contrato de exames laboratoriais.

O Hemocentro do Hospital Raul Sertã voltou a funcionar.

Quem quiser doar sangue, com certeza, será muito bem recebido.

Nova Friburgo registrou neste início de ano 20 casos de dengue.

Dois deles vítimas do mosquitinho nascido aqui, na cidade.

Os demais casos são de friburguenses que viajaram para a Região dos Lagos e Itaocara.

Os dois friburguenses que contraíram dengue em Nova Friburgo moram no... Floresta.

Mas, em alerta máximo, a Vigilância Sanitária já detectou larvas do Aedes aegypti em outros diversos bairros da cidade.

Aliás, Perissê e Bairro Ypu merecem uma atenção especial das autoridades públicas e, claro, dos próprios moradores.

Moradores da Rua Raul Quaresma de Moura, no Vale dos Pinheiros, denunciam que diversos gatos foram vítimas de envenenamento.

Maldade do bicho-homem.

Muita maldade mesmo!

O ex-goleiro Bruno foi condenado a 22 anos pela morte de Eliza Samúdio.

O número é emblemático.

Só um maluco, 22 puro, faria o que ele fez, né não?

O Vaticano anuncia que conclave para escolher novo Papa começará na terça-feira, 12.

A coluna torce pelo brasileiro Odilo Scherer.

Já pensou se todo mundo arrochado e endividado fizer o mesmo que o Sérgio Cabral fez?

Se a reconstrução serrana está andando a passos de tartaruga, imagina se o Estado do Rio perder mesmo os royalties do petróleo.

Aliás, a tragédia climática completa 27 meses na próxima terça-feira, 12. 

O domingo é de final da Taça Guanabara: Vascão ou Fogão?