Giuseppe Massimo - 08/06/2013

A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer preço”

Depois da tempestade, a bonança.

Os vereadores Wellington Moreira e Cigano, integrantes do implodido bloco "centrão”, na terça-feira, haviam trocado ofensas e por pouco não chegaram às vias de fato.

Na quinta-feira, antes da sessão, conversaram reservadamente e fumaram o cachimbo da paz.

Melhor assim!

Depois de reconsquistar a maioria simples (11 votos) na Câmara, o prefeito Rogério Cabral agora parte para a maioria absoluta (14 votos).

Outros interessados em retornar à base governista participaram nesta sexta-feira à noite de uma confraternização com o prefeito e a bancada de situação em São Lourenço.

A conferir.

É o nome de um grupo de voluntários que se uniu ano passado para ações de solidariedade no polo friburguense da moda íntima.

O grupo, lembram-se?, produziu aquele calendário bacana com mulheres mastectomizadas, cuja arreacadação foi destinada à Amma — Associação da Mulher Mastectomizada de Nova Friburgo.

Pois bem, este ano eles vão repetir a dose na Fevest.

O grupo Loucos por Lingerie está começando a produzir um novo calendário, cujas personalidades serão os modelos, de ambos os sexos, que participarão dos desfiles da Fevest, em agosto.

Os modelos serão fotografados com os olhos vendados, com máscaras de dormir.

O trabalho, super legal, tem como objetivo chamar a atenção para as pessoas com deficiência visual.

Aliás, toda a arrecadação será revertida para a Afridev — Associação Friburguense dos Deficientes Visuais.

Também está sendo gravado um vídeo nos mesmos moldes do calendário, onde uma bela modelo faz compras de lingerie com os olhos cobertos.

Moral da historinha: não é porque a pessoa não esteja enxergando que não pode adquirir e vestir moda íntima boa e bonita, percebe?

Lembra dos R$ 10 milhões repassados pelo governo federal para socorrer Nova Friburgo no primeiro momento da tragédia?

Lembra que, depois de tudo o que aconteceu, uma parte dele — algo em torno de R$ 1,7 milhão — foi bloqueada pelo Tribunal de Contas da União?

Pois é. O valor continua parado, paradinho, numa conta bancária da Prefeitura, sem poder ser mexido até que os imbróglios jurídicos sejam resolvidos.

O povo friburguense, ao que parece, está sendo penalizado duas vezes.

Cá pra nós, bem que a conta corrente da tragédia poderia ser desbloqueada e, nesse período de estiagem, utilizado corretamente em um dos tantos serviços emergenciais que o município carece, até para evitar problemas maiores no período das chuvas, não é?