Colunas
Feliz ano novo!
Para pensar:
“Justiça é consciência, não uma consciência pessoal, mas a consciência de toda a humanidade. Aqueles que reconhecem claramente a voz de suas próprias consciências, normalmente reconhecem também a voz da justiça.”
Alexander Solzhenitsyn
Para refletir:
“Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo.”
Albert Camus
Feliz ano novo!
Não acredite, caro leitor, no que lhe diz o calendário.
Este ano de 2018, para nós que vivemos no Brasil, começa hoje, 24 de janeiro, com o julgamento do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva no TRF-4, em Porto Alegre.
E tem tudo, infelizmente, para ser um ano bastante conturbado.
Paixões e estereótipos
Basta circular pelas redes sociais ou prestar atenção às conversas em barbearias ou botequins para perceber o quão polarizadas estão as opiniões, e o quão desgastado está o diálogo.
De parte a parte são muitos os adjetivos depreciativos na ponta da língua, reservados para quem quer que cometa o pecado mortal de defender ponto de vista diferente.
Caminho perigoso
Perdemos, enquanto sociedade, a capacidade de discordar respeitosamente; perdemos o respeito pelo diferente e a salutar desconfiança de que podemos também estar errados.
Vivemos agarrados a certezas aparentemente não tão certas assim, posto que nos esforçamos, cada vez mais, por desqualificar ou abafar qualquer argumento minimamente perturbador, que possa lançar a menor semente de incerteza que seja sobre nossas imutáveis visões de mundo.
Debaixo do tapete
Como bem apontou Ilona Szabó em sua mais recente passagem por Nova Friburgo, estamos deixando que se acumulem nossas desavenças, a ponto de muitas delas serem “resolvidas” à bala.
Bloqueamos pessoas que pensam diferente, desfazemos amizades, reduzimos os círculos de convivência, nos agrupamos em bolhas instáveis e efêmeras, como que feitas de sabão.
Existe um processo de rachadura e intolerância agravando-se rapidamente no País, e as perspectivas para a campanha eleitoral são perturbadoras neste sentido.
Respeitar a Justiça
Diante disso tudo, o julgamento de Lula surge como epicentro do primeiro grande tremor do ano.
Para além da fartura de opiniões muito claras e reducionistas a respeito de tudo o que a Justiça terá de esmiuçar e analisar, o que mais chama atenção é a indisposição geral para tolerar resultado diferente daquele que cada um deseja ou entende ser correto.
Virou futebol?
De repente técnicas de intimidação estão sendo adicionadas a um cenário que precisa ser protegido de influências externas, como se estivéssemos discutindo a marcação de um pênalti numa partida de futebol, e não o julgamento de um ex-presidente da república e pré-candidato a um novo mandato.
Aliás, é importante lembrar que eventuais desdobramentos eleitorais do julgamento não podem ser levados em conta no caminho ao veredicto.
Única via
Qualquer que seja o entendimento dos desembargadores, a nós só resta respeitar o posicionamento da Justiça.
Temos uma eleição pela frente, e é lá que devem ser decididas questões eleitorais.
Não a partir de medos, preconceitos ou fanatismos, mas da cobrança por campanhas confiáveis, francas e baseadas na verdade, com promessas que possam ser devidamente cobradas de quem quer que venha a ser eleito.
Ainda há tempo
Aos leitores, o Massimo faz um lembrete óbvio apenas na aparência.
O ano está apenas começando.
As páginas ainda estão em branco, ainda temos tempo para escrever nelas uma história de tolerância, respeito e aprofundamento.
É chegada a hora de defendermos nossas ideias através de bons exemplos, e não de ofensas que apenas confirmam e reforçam rejeições.
Vistoria
A coluna tem recebido diversas manifestações a respeito de pessoas tentando agendar vistoria de seus veículos no posto de Nova Friburgo, sem sucesso.
De fato, nas vezes em que tentou o procedimento pela internet, o colunista também não conseguiu encontrar nossa cidade entre as opções disponíveis.
Se alguém puder dar informações a este respeito, o espaço na coluna está mais do que aberto.
Nota de pesar
Por entender que o assunto vem sendo tratado com a devida profundidade por AVS e também por outros veículos de nossa mídia, a coluna não tem se dedicado a falar sobre a febre amarela.
O Massimo, todavia, gostaria de registrar seu pesar pelo óbito do friburguense Marlon Dutra, vítima da doença.
Desinformação
Da mesma forma, o colunista não pode deixar de chamar atenção para a necessidade de combater a doença com base em informações, e não em boatos ou reações emocionais.
É chocante, por exemplo, saber que macacos têm sido mortos justamente num dos últimos refúgios para algumas espécies.
Gente, por favor, podemos ser melhores do que isso.
Definitivamente, não é agindo assim que vamos nos proteger…
Pergunta
Após alguns dias de folga, o desafio retorna com uma pergunta de dificuldade acima da média, proposta pelo craque Stenio de Oliveira Soares.
O detalhe é mais um desses que tornam algumas residências famosas e muito especiais em nossa cidade.
A fim de preservar o endereço, a coluna aceitará como resposta o nome da rua onde o ornamento se localiza..
Boa sorte a todos!
Convite
Mês de janeiro chegando ao fim, e os leitores ainda não aproveitaram o espaço aberto para homenagear parentes ou pessoas que, longe da fama, dedicaram vidas honestas de trabalho à construção de Nova Friburgo.
Vamos lá gente, vamos desenhar um painel com algumas destas pessoas que merecem toda nossa reverência!
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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