Colunas
Estava escrito
Para pensar:
“A verdadeira amizade é uma planta que cresce lentamente, e deve experimentar e resistir aos choques da adversidade antes de receber o nome de amizade.”
George Washington
Para refletir:
“O que vale a pena possuir, vale a pena esperar.”
Marcelo A. Pereira
Estava escrito
Há cerca de dez dias a coluna manifestou seu entendimento de que a prefeitura não iria fazer um novo contrato emergencial para assegurar a manutenção do transporte coletivo.
Alguém aqui ainda se lembra?
Inclusive, naquela ocasião foram muitas as mensagens questionando como isso seria possível, alguns achando que o colunista havia enlouquecido de vez.
Pois bem, o tempo mostrou que estávamos certos.
Precariedade
De fato, havia motivos para que os leitores ficassem atônitos diante de tal possibilidade.
Afinal de contas, o estabelecimento de um TAC junto ao MPRJ, mesmo que eventualmente viesse a ser homologado, não bastaria para dar amparo legal a uma prorrogação de contrato - o termo vem sendo evitado – o que todos sabem que não poderia ser feita.
Aliás, a própria redação do TAC deixa isso explícito, sobretudo na cláusula 3.4.
Era claro que a Justiça não iria homologar, assim como é claro que o procedimento vai gerar problemas à administração.
Aspas
Em sua decisão, a juíza Paula Teles explica que “o termo de ajustamento de conduta não pode ser homologado por conter omissões quanto a obrigação de realizar a licitação, o prazo, bem como em qual modalidade o serviço continuará a ser prestado enquanto não concluída a licitação. Também não foi esclarecida a tarifa a ser praticada durante a eventual prorrogação. Além disso, o termo de ajustamento de conduta possui cláusulas abertas inexequíveis e de fiscalização impossível pela população.”
Sem a devida homologação o TAC fica restrito ao status de acordo extrajudicial.
Herança
Bom, o leitor não precisa ter pós-doutorado em Direito para compreender que nada disso faz muito sentido, não é?
Quer dizer, é evidente que toda essa situação chegou a esse ponto por responsabilidade do ex-secretário de Governo, e todo mundo sabe bem disso.
Aliás, não faltaram avisos públicos e privados de que tudo isso ia acabar acontecendo, mas o chefe do chefe era intocável quando integrava o governo.
E, como se vê, continua a ser intocável agora.
Opção
Como foi explicado em nossa coluna do fim de semana, escrita antes que o TAC fosse divulgado, a outra opção do governo seria enfileirar mais um contrato emergencial para assegurar a prestação do serviço.
Um caminho que, claro, chamaria a atenção de todos, dado o volume de emergenciais já em vigor e as oportunidades perdidas para realizar a licitação, mas que ao menos teria alguma previsão legal.
Afundar junto
O problema é que, para justificar o emergencial, seria preciso expor a prima-dona.
E isso, amigos, nem pensar.
Por alguma razão, o governo mais uma vez deixa claro que prefere afundar junto, em vez de interditar de vez as vilas marginais.
Que ninguém se engane: essa escolha ainda vai render problemas sérios ao governo.
O tempo da Justiça, no entanto, ninguém pode prever.
CPI
Bom, conforme a coluna havia registrado, expirou às 18h da última sexta-feira, 21, o prazo para que os blocos partidários indicassem seus representantes na composição da CPI que irá investigar o fornecimento de alimentação hospitalar em nossa rede pública municipal de Saúde.
E o resultado não deixou de ter uma ou outra surpresa.
Composição
Além do propositor Zezinho do Caminhão na relatoria, que já estava definido, a composição também confirmou as expectativas em relação às indicações de Johnny Maycon e Vanderléia Lima, respectivamente pelo bloco PRB-PHS e pelo DEM.
Já o bloco PP-PDT surpreendeu ao indicar Alcir Fonseca, quando a expectativa maior girava em torno das indicações de Cascão ou Luiz Carlos Neves.
Por fim, o bloco PSDC-PHS indicou Carlinhos do Kiko para a vaga a que tem direito.
Perfis
No papel, a comissão terá em sua maioria um perfil governista, com a possibilidade matemática, inclusive, de rejeitar o relatório que vier a ser apresentado por Zezinho.
Ainda não existe definição a respeito de quem ocupará a presidência, mas o momento, obviamente, é de dar um voto de confiança e acompanhar com proximidade o andamento dos trabalhos.
A coluna sempre espera - e cobra - que o interesse público prevaleça.
Crescendo
Dias atrás a coluna registrou que a diferença de valores observados em quatro de 408 itens cotados na Secretaria de Saúde chegava a R$ 529 mil.
Pois é, mas a continuidade das apurações mostrou que, na verdade, a discrepância é ainda maior: chega a R$ 573 mil.
A coluna entende que pessoas sérias no governo estão apurando a situação.
Aguardemos pelas explicações, portanto.
Rota política (1)
Na próxima quinta feira, 27, Nova Friburgo receberá uma grande comitiva de candidatos pelo Partido Novo.
São esperados o candidato a governador, Marcelo Trindade, além de Alexandre Freitas, Edmundo Eutrópio e Adriana Balthazar, candidatos a cadeiras na Alerj; e Leonardo Sultani e Paulo Ganime, que pleiteiam mandatos na Câmara Federal.
Rota política (2)
A agenda inclui uma caminhada em Olaria a partir de 10h30 e almoço no restaurante Dona Mariquinha, antes de nova concentração na Praça Dermeval Barbosa Moreira às 15h, seguida de caminhada na Avenida Alberto Braune.
O candidato à presidência, João Amoêdo, não estará presente, mas gravou um vídeo para Nova Friburgo que será exibido à noite, a partir das 19h30, em evento no Country Clube no qual será apresentado o plano de governo de Marcelo Trindade.
Respostas
Diversos leitores reconheceram, em nosso desafio do fim de semana, o charmoso lago no centro de Lumiar.
Pontos para Rose Aguiar, Marcelo Machado, Rosemarie Künzel, Manoel Pinto de Faria, Gilberto Éboli e Alberto Corrêa.
Caso a coluna receba novas respostas após o fechamento, a gente registra aqui em nosso próximo encontro.
Parabéns a todos!
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
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