Colunas
Está feio
Para pensar
“Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro.”
Henry David Thoreau
Para refletir
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”
Oliver Wendell Homes Sr.
Está feio
Andar pelo centro do comércio friburguense numa tarde de sábado tem se tornado uma aventura estranha, feia, agressiva até.
A cidade parece ter se tornado um abrigo para vendedores informais, que não pagam impostos, não dão garantia para seus produtos ou serviços, e já não parecem ter vergonha de praticar a concorrência desleal em plena luz do dia.
Está barulhento
Já o comércio formal, por sua vez, tem apostado com frequência cada vez maior em estratégias desagradáveis, como o uso do microfone em volumes que chegam a incomodar, para bradar suas promoções e tentar ganhar o cliente literalmente no grito.
A coisa, às vezes, parece não ter limites.
Patético
No último fim de semana, por exemplo, uma grande rede varejista colocou um rapaz anunciando suas promoções em frente à loja, e não satisfeita contratou também um carro de som para fazer a mesma coisa.
Ocorre que, talvez para mostrar serviço, o motorista ficava passando em frente à tal loja o tempo todo, gerando o tipo de poluição sonora que frequentemente tornava incompreensível o que estava sendo dito de um lado ou de outro.
Quer dizer: uma situação patética, repulsiva, de agressão inútil aos ouvidos de quem passava.
Oportunidade
Considerando que a reforma legislativa friburguense para os duzentos anos inclui também o defasado Código de Posturas, fica aqui a sugestão para que este tipo de prática seja abolida, ou ao menos regulamentada.
Obviamente o Massimo não quer reduzir o número de postos de trabalho, mas parece claro que alguma coisa precisa ser feita a respeito.
Sempre tivemos - e ainda temos - bons comerciantes que prosperaram sem precisar apelar a este tipo de expediente.
Não quer só comida (1)
A grande notícia do fim de semana foi o anúncio, feito pelo governo municipal, de que uma nova empresa assumiria o serviço de alimentação no Hospital Municipal Raul Sertã.
Como acabou se tornando público, funcionários, pacientes e acompanhantes ficaram muitos dias à base de arroz, feijão e ovo, chamando atenção para o fato de que a empresa anterior estava trabalhando sem contrato e com pagamentos atrasados.
Não quer só comida (2)
Dadas as condições, poder-se-ia dizer que até demorou para que algo fosse mudado.
Da mesma forma, alguém poderia argumentar que qualquer mudança seria positiva pois, como diria o palhaço-deputado Tiririca, pior do que estava não fica.
Mas, na prática, não é bem assim.
Não quer só comida (3)
Fazendo os devidos elogios à atenção do governo ao caso, cabe ao colunista lembrar que a gente não quer só comida de qualidade, mas também transparência administrativa.
Ainda que o release divulgado seja explícito ao exaltar a experiência da nova empresa e as vantagens do pacote por ela oferecido, seria interessante se algum vereador elaborasse requerimento solicitando detalhes sobre o processo de escolha dos novos prestadores.
Não ofende
Houve licitação?
Se sim, quais empresas participaram? Quais as ofertas feitas?
O Massimo entende que, em pleno 2017, ninguém deve se ofender com esse tipo de pergunta.
Todos pela Uerj
Uma manifestação realizada na manhã desta segunda-feira, 10, abraçou o Instituto Politécnico do Rio de Janeiro, aqui na Lagoinha, e adotou um tema que deixa bem claro a que ponto esse nosso governo estadual chegou: “Não matem a Uerj”.
Entre outras razões, a iniciativa se deu em protesto aos atrasos de dois meses nos pagamentos de salários, e à falta de calendários para o pagamento das bolsas.
Convite ao diálogo (1)
Os vereadores Wellington Moreira (presidente da Comissão de Saúde da Câmara) e Professor Pierre protocolaram requerimento no último dia 3, no qual convidam a secretária municipal de Saúde, Suzane Menezes, a subsecretária da pasta, Michelle Silvares, além do diretor geral do Hospital Municipal Raul Sertã, Paulo Eduardo de Souza, e do diretor Nélio Fernandes Fonseca para que prestem esclarecimentos sobre a gestão da pasta e da unidade.
O encontro se dará na Câmara no dia 19 de abril, quarta-feira, a partir das 14h.
Convite ao diálogo (2)
O documento, amparado pela Lei Orgânica, foi motivado por apurar queixas relacionadas a assédio moral; falta de pagamentos de horas-extras; carga horária; a implantação do Sisreg, entre outros pontos.
A reunião será aberta ao público e à imprensa.
Em tempo...
O encontro talvez possa antecipar também algumas questões levantadas por requerimento de informação assinado pelos dois vereadores, e aprovado recentemente em plenário.
Muito se fala, por exemplo, sobre funcionários cedidos por repartições externas que estariam percebendo salários bem acima da média, arcados pelo município.
Contraponto (1)
Semana passada a coluna deu espaço a partidários de dois vereadores do terceiro distrito que afirmavam terem sido barrados por correligionários de um terceiro, durante uma reunião comunitária.
Mais tarde, uma apuração mais detalhada iria revelar que a situação não era exatamente essa: os parlamentares em questão apenas não puderam fazer uso da palavra, por se tratar de um evento da associação, sem natureza política.
Contraponto (2)
O Massimo teve o cuidado de não citar nomes, e também não o fará desta vez.
Assim como no episódio da estrada em obras, em que determinada equipe do governo expulsou outra que pretendia ajudar, o único objetivo do registro na coluna é mostrar que tais fatos lamentáveis são conhecidos, na esperança de que os responsáveis percebam o despropósito de tais disputas.
Para quem esqueceu, não custa lembrar: as eleições são apenas daqui a três anos e meio...
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
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