Colunas
Ecos
Para pensar:
“Mesmo não sabendo que era amor, sentiam que era bom.”
Jorge Amado
Para refletir:
“Deus ter-nos-ia posto água nas veias, em vez de sangue, se nos quisesse sempre imperturbáveis.”
Júlio Verne
Ecos
Como era de se esperar, a semana começou em meio a um enorme acúmulo de histórias decorrentes do decreto municipal que apresentou restrições à gratuidade no transporte coletivo à faixa que vai dos 60 aos 64 anos.
A coluna reproduz dois entre os muitos depoimentos recebidos, e reafirma seu repúdio ao que entende ser um ato abusivo, desrespeitoso para com a população e a Câmara Municipal, e decorrente de falhas acumuladas pelo próprio Executivo.
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“Eu acho certo limitar a utilização do cartão do idoso, porque ando de ônibus duas vezes ao dia, mas tem gente que anda o dia inteiro, abusa mesmo. Certa vez, no ônibus de Olaria às 9h, desceram pela porta de trás umas 15 pessoas, eu contei e fiquei espantada. Tem idoso que entra num ponto e salta no outro, muitos fazem isso, muitos mesmo.”
Segue
“Mas, se o projeto foi aprovado pela faixa etária por que agora estão limitando a dois salários? Infelizmente tudo isso é resultado da má educação do povo, do jeitinho brasileiro que infelizmente acaba prejudicando a maioria, querem sempre tirar proveito daquilo que não têm direito, abusam, usam em excesso, emprestam para os outros. E assim, quem está correto paga pelo erro do outro.”
Assina a mensagem a leitora Raquel Souza.
Outro lado
O colunista, por outro lado, ouviu de pessoa que conhece há muitas décadas o relato de que, apesar de ter 61 anos, foi obrigada a pagar passagem para trabalhar na manhã desta terça-feira, 4, porque o cartão que costumava utilizar não passou, e o motorista disse que não iria sair do ponto de a situação dela não fosse resolvida. A situação foi naturalmente constrangedora, e resultou no pagamento da passagem em dinheiro.
Em suma
Enfim, como bem colocou a leitora Raquel, ninguém quer que a empresa arque com situações abusivas.
O direito à gratuidade precisa ser respeitado, mas não livra os usuários de se submeterem ao que diz o bom-senso.
Todavia, qualquer ação que afete o equilíbrio existente precisa ser debatida previamente com a sociedade e seus representantes legítimos.
Não dá mais para acordar e ser surpreendido por esse tipo de notícia, nascida à canetada.
Celeridade
Em tempo: a coluna havia manifestado o entendimento de que o decreto legislativo formulado para sustar a restrição de gratuidade decretada pela prefeitura iria tramitar em regime especial.
Na verdade, foi mais do que isso.
O colégio de líderes se reuniu antes da sessão de terça-feira e decidiu por incluir a matéria na ordem do dia.
A coluna parabeniza o plenário pela rapidez e firmeza com que se colocou em defesa da população e da Lei Orgânica.
Voltou atrás
Nada como um dia após o outro.
O mesmo motorista que havia gravado o áudio cujo conteúdo a coluna reproduziu ontem, 4, no qual assumia expor idosos a constrangimento para que utilizassem o cartão eletrônico, voltou atrás a gravou novo áudio pedindo desculpas por ter “agido por impulso”.
A coluna, claro, não está aqui para jogar a primeira pedra em ninguém, mas espera que o episódio sirva de exemplo para que situações assim não voltem a se repetir.
Ligação direta
O deputado federal Luiz Lima (PSL/RJ) reuniu-se, na manhã desta terça-feira, 4, com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e durante o encontro descreveu o cenário da saúde pública da Região Serrana e reiterou a importância da retomada das obras do Hospital do Câncer de Nova Friburgo. Em resposta, o ministro disse que o Ministério está de portas abertas para viabilizar a abertura do novo convênio com o governo do estado do Rio.
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“O ministro Mandetta informou que o Ministério da Saúde está de portas abertas para receber o novo projeto ou até mesmo manter o antigo. Assim que este contato ocorrer, será iniciada a abertura do convênio com o Ministério para desafogar o cofre do estado”, disse o deputado.
Nova UPA?
Durante o encontro Luiz Lima também solicitou uma nova UPA para Nova Friburgo e a proposta foi aceita verbalmente pelo ministro.
De acordo com a assessoria do parlamentar, cabe agora à prefeitura realizar o cadastro da proposta no Ministério da Saúde para que os trâmites legais sejam iniciados.
O local de funcionamento da prometida unidade ainda não foi definido, mas o investimento é conhecido: R$ 3,1 milhões.
O vereador Cascão também participou do encontro.
Quem quer ler?
Dando continuidade à nossa pequena campanha de incentivo à leitura, a coluna tem a satisfação de disponibilizar para sorteio um exemplar do livro “Terapia de um Sequestro”, no qual o autor Manoel Carlos de Carvalho relata uma surreal experiência vivida por ele próprio em meados dos anos 70.
Interessados devem enviar e-mail para massimo@avozdaserra.com.br
O sorteio será feito às 15h da próxima sexta-feira, 7.
Boa sorte a todos!
Aliás...
A jovem Tamires já veio à sede do jornal buscar o livro que ganhou na semana passada.
A coluna deseja que esta experiência ajude a consolidar uma vida de muitas e proveitosas leituras.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
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