Doação de remédios para o Raul Sertã: resposta quinta

Para pensar

“Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão.”

Alexandre Dumas

Para refletir

“Viver bem é a melhor vingança.”

Provérbio basco

Maratona (1)

Confirmando expectativas, a aguardada audiência pública com o comitê gestor da Saúde municipal foi uma dura prova de resistência.

Começou pouco depois das 14h de segunda-feira, 29, e só foi terminar no início da madrugada de terça, pouco depois de meia-noite.

Maratona (2)

Ao longo das dez horas de atividades houve apenas um rápido intervalo, e muitos dos presentes ficaram quase todo o tempo sem se alimentar.

A tal ponto que, lá pelas tantas, o vereador Maguila começou a circular distribuindo biscoitos aos colegas.

Boa surpresa

A extensão da pauta e a quantidade de interlocutores pedia objetividade na condução, que em alguns momentos descambou para uma truculência que se revelaria desnecessária.

A rigor, o clima foi surpreendentemente bom, dadas as circunstâncias, e mesmo os maiores críticos da atual administração se mostraram na maior parte do tempo abertos ao diálogo e respeitosos, ainda que discordando frontalmente em determinados pontos.

Negação

O vereador Zezinho do Caminhão deu a senha, já depois das 21h: o que o governo não pode fazer é negar a existência de problemas com a saúde.

Parece evidente, por exemplo, que os caminhos convencionais para a aquisição de medicamentos não estão funcionando de maneira satisfatória, a ponto de algumas soluções imediatas para a preservação de vidas já não terem previsão legal.

Foi o caso dos remédios recebidos no aniversário da cidade, em nome da OS que administra a UPA de Conselheiro Paulino.

Coletiva

A esse respeito, inclusive, houve desdobramentos na terça-feira, 30, quando o vereador Sérgio Louback convocou a imprensa para contar que pediu a doação dos remédios em questão, no valor de R$ 146 mil, e que terá resposta a tal pedido na próxima quinta-feira, 1º de junho.

A medida, de forma colateral, também seria uma saída para dar maior legalidade ao ocorrido.

Opinião

O colunista estava presente e tornou público seu desconforto com todo este cenário.

Gargalos como a tramitação de procedimentos por outras secretarias - em consequência do fim da Fundação Municipal de Saúde -, ou a alegada lentidão do TCE num momento em que alguns de seus integrantes estão detidos, foram bem identificados, e precisam ser resolvidos de alguma maneira.

Segue

Procedimentos emergenciais não podem se tornar norma, e doações vindas de empresários que prestam serviços à administração são sempre delicadas, dados os precedentes nacionais ou estaduais, e as possibilidades de “retribuir” tais favores.

É o tipo de dúvida que nenhuma administração gosta de ter sobre si, e recuperar as vias ortodoxas de proceder é um dos desafios mais urgentes à frente do comitê.

Frentes a atacar

Da mesma forma, ficou evidente que o tratamento dispensado a servidores da pasta precisa ser revisto, muitos deles reclamando daquilo que definem como assédio moral.

A médica Thereza Cristina Estávola Soares, que atua no Raul Sertã há mais de 35 anos, disse nunca ter visto o hospital nas condições em que se encontra.

Da mesma forma, Paulo Eduardo de Souza, integrante do comitê, afirmou que em seus 24 anos de vida pública jamais viu situação semelhante à de Friburgo na atualidade, com licitações se arrastando por mais de 18 meses, sem conclusão.

Ponto de decisão

Estamos, por assim dizer, no ponto de decisão para o atual governo.

Parece claro que o diálogo precisa ser mais estreito daqui para a frente, dando transparência a problemas e esforços, numa colaboração coletiva para identificar e resolver os empecilhos que têm causado tanto sofrimento a grande número de friburguenses.

A coluna está à disposição para ajudar neste processo, como sempre esteve.

Ouvidoria (1)

Funcionando desde o último dia 2 de janeiro, a Ouvidoria Municipal de Nova Friburgo será inaugurada oficialmente nesta quarta-feira, 31.

A sede do equipamento funcionará no prédio da antiga rodoviária Leopoldina, ao lado do Palácio Barão de Nova Friburgo.

Aspas (1)

“Queremos que a Ouvidoria seja a porta de entrada do cidadão na gestão Renato Bravo. Ouvir é um ato muito importante e vamos dar uma contribuição valiosa nesse sentido. Por isso instalamos a Ouvidoria num ponto de fácil acesso à população, bem no centro da cidade, de forma a aproximar esse serviço dos friburguenses”, afirmou Girlan Guilland, chefe da repartição.

Ouvidoria (2)

Com o slogan “Ouvidoria, instrumento de cidadania”, o equipamento funcionará presencialmente, das 11h30 às 17h30, e também numa plataforma online através do portal da Transparência da Prefeitura de Nova Friburgo, no ícone Sistema de Informação ao Cidadão, o e-SIC.

Quem preferir também pode fazer contato pelo telefone (22) 2525-9244, ou pelo email ouvidoria@pmnf.rj.gov.br.

Educação no campo

A Comissão de Educação da Alerj, presidida pelo deputado Comte Bittencourt, realiza audiência pública hoje, 31, às 10h, para debater a política de educação no campo.

O encontro pretende ouvir representantes da Secretaria Estadual de Educação sobre as condições das unidades escolares, assim como apurar as informações sobre a redução no número de colégios em áreas rurais.

Também participam da reunião representantes das escolas, do Ministério Público, da Defensoria Pública e de sindicatos de profissionais da área - Sepe e Uppes.

Resposta

A foto da pracinha, enviada por Rosemarie Künzel, derrubou muita gente boa.

Apenas dois parceiros acertaram o desafio: Antonio Carlos Bueno e Silvio Poeta.

A imagem mostra a Praça Antonio Siqueira, inaugurada pelo então prefeito Paulo Azevedo no dia 18 de maio de 2000, às margens da Rua Visconde de Itaboraí, nas Braunes.

Parabéns aos dois, e obrigado a todos que enviaram respostas.

Pergunta

Nova Friburgo possui algumas imagens meio inusitadas, como esta palmeira perdida no meio do centro urbano.

Aos amigos leitores o colunista pergunta: onde foi que o jornalista Márcio Madeira fotografou esta heroína da resistência de nossa flora urbana?