Desligamento

quarta-feira, 08 de maio de 2019

Para pensar:

“Não se revolta um povo inteiro senão quando a opressão é geral.”

John Locke

Para refletir:

“Aquele que odeia não escuta argumentos, não se importa com consequências, nem mesmo quando é ele quem sofrerá estas consequências. Isto ocorre porque o ódio se sobrepõe à razão, obstruindo-a.”

Diego Silva

Desligamento

O diretor-técnico do Hospital Municipal Raul Sertã, Arthur Mattar Gremion Soares, entregou no fim da tarde desta terça-feira, 7, à Câmara dos Vereadores de Nova Friburgo, uma carta em que comunica seu desligamento da unidade.

Arthur não explicou suas razões, mas afirmou na carta que seu afastamento se dá por "não compactuar com esta gestão da Secretaria Municipal de Saúde, onde os valores judiciais são mais importantes que os valores humanos". Ele afirmou também que, diante da impossibilidade de mudar o quadro, preferiu se retirar desta gestão, que chamou de incompetente, "onde a lei vale mais que uma vida". 

Assistência Social

Conforme a coluna havia antecipado, realizou-se nesta segunda-feira, 6, uma importante audiência pública proposta pela Comissão de Direitos Humanos da 9ª Subseção da OAB/RJ, voltada a debater formas de aumentar e melhorar o auxílio social reservado a pessoas em situação de rua, especialmente em Nova Friburgo.

Desdobramento

Após a apresentação inicial de dados e informações pertinentes ao tema, o presidente da 9ª Subseção da OAB/RJ, Alexandre Valença, informou que será preparado um documento com sugestões para as autoridades municipais e estaduais relacionadas à abordagem do problema.

Presenças

Estiveram presentes o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Álvaro Quintão; a presidente da Comissão de Direitos Humanos da 9ª Subseção da OAB em Nova Friburgo, Célia Campos; o assessor executivo da presidência da OAB-RJ, Carlos André Pedrazzi; o conselheiro seccional Claudio Goulart; o defensor público Cristian Pinheiro Barcelos; a defensora pública Carla Beatriz Nunes Maia; a representante do Movimento Pop Rua Vânia Maia de Souza Rosa; a secretária municipal de Assistência Social, Emmanuelle Marques Mendonça; e o presidente da 9ª Subseção da OAB, Alexandre Valença, além de importantes representações da sociedade.

O que importa

A bem da verdade, a assistência social tem sido bastante discutida em nossa cidade ultimamente, nem sempre pelos melhores motivos.

Vide o caso recente do sr. Ezequiel, que durante muito tempo passou suas noites na Rodoviária Sul e recentemente foi convencido a receber a necessária atenção hospitalar, e que ganhou certa notoriedade em meio a aparente tentativa de apropriação política do fato.

Desafio

Em meio a esse clima um tanto agitado - inclusive por críticas eventualmente mal-direcionadas ou imerecidas - a secretária Emmanuelle Marques propôs um desafio em redes sociais.

Aspas

“Desafio a sociedade adotar uma pessoa em situação de rua. Seja um padrinho afetivo, provedor ou prestador de serviço à pessoa que hoje vive em situação de rua em nossa cidade. Procure o Creas para obter maiores informações. Não aceitamos pessoas com o seguinte discurso: ‘Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro…’

Nosso banco de dados encontra-se atualizado. Vamos?”

Ponderação (1)

A coluna entende que a convocação a uma maior participação social e voluntária é sempre válida, e certamente representa uma frente de grande potencial para minimizar situação tão degradante, que há de perturbar e incomodar a todos que tenham algum contato com ela.

O colunista, claro, parte do princípio de que é impossível ver uma pessoa (ou um animal) privado de dignidade e amparo e não se compadecer de alguma forma.

Ponderação (2)

Por outro lado, não se pode esquecer que já existe um grande esforço social para financiar o governo, e que carrega-se um pesado fardo para que a gestão pública possa se empenhar na busca por solucionar estes e outros problemas.

Ninguém que pague impostos tão pesados está verdadeiramente em cima do muro, e vale lembrar que estimular o voluntariado é diferente de repassar responsabilidades.

Não há que se cobrar ações voluntárias, por exemplo, para que se possa fazer uma sugestão ou uma crítica construtiva.

Bandeira de todos

Por fim, cabe frisar que a coluna diz isso sem tecer críticas à Secretaria de Assistência Social, mas com a convicção de que a pasta faz por merecer o status de prioridade por parte do Palácio Barão de Nova Friburgo, dada a complexidade e a sensibilidade dos problemas que precisa enfrentar.

A bandeira é de todos, o diálogo precisa se ampliar, e a iniciativa da OAB marca um avanço neste sentido.

Ônibus atrasados

“Nascida e criada no Centro, raramente andei de ônibus. Agora, morando no Cônego, ando diariamente, e posso entender o engarrafamento. De carro faço o percurso em 20 minutos. De ônibus levo duas horas! Fiquei uma hora e 20 minutos esperando o Cascatinha-Centro! Precisamos rever isso. A população triplicou e a quantidade de ônibus, diminuiu.”

Assina a mensagem a leitora Tânia Nicolau.

O que diz a Faol

A concessionária Friburgo Auto Ônibus, por sua vez, enviou diversas mensagens à coluna chamando atenção para situações do nosso trânsito que, no entendimento da empresa, estão comprometendo a fluidez do tráfego.

Aspas (2)

“Algumas mudanças no trânsito estão causando grandes atrasos em nossa operação. Em frente ao Friburgo Shopping até a Estação Livre, onde tivemos vários carros multados, agora é permitido estacionar carros de passeio. Não tem mais placa no local, e com isso os ônibus estão ficando no meio da rua, aguardando vaga do lado sul do terminal.”

Segue

“Outro gargalo está ocorrendo na saída do Prado, em frente ao Colégio CEC. Costumava ser proibido estacionar onde os carros que iriam acessar a Avenida dos Ferroviários conseguiam passar, de modo que não precisavam esperar na fila. As placas, no entanto, foram retiradas, e agora se forma uma fila que vai até após a entrada do loteamento Floresta. Temos coletivos que levam em torno de 40 a 50 minutos para percorrer o trecho de Conselheiro até sair na ponte do Prado na hora do almoço, e também após as 17h. O normal seria de cinco a dez minutos, e com isso fica inviável o cumprimento dos horários naquela região.”

Paulo Valente, diretor da Faol, assina a mensagem.

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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