Colunas
Continhas
Para pensar:
“A ameaça de ataque é maior do que o próprio ataque.”
Ditado enxadrista
Para refletir:
“Fazer sofrer é a única maneira de se enganar.”
Albert Camus
Continhas
Dias atrás a coluna antecipou que iria refletir a respeito de algumas contas que fecham ou não fecham em nossa realidade friburguense atual.
Alguém já parou, por exemplo, para fazer uns cálculos a respeito de quanto custaria à prefeitura adquirir um bom ônibus novo, um bom microônibus e uma van capazes de transportar os pacientes cadastrados no Tratamento Fora de Domicílio (TFD), realizar a manutenção destes veículos e pagar pelo combustível e uma pequena equipe operacional?
Olhadela
Bom, vamos lá.
Uma pesquisa rápida na internet - que certamente apresenta valores mais altos do que apresentaria uma cotação bem feita - mostra que é possível adquirir um ônibus DD 1800 G7, chassi Scania K440 2018, zero quilômetro, com 56 lugares (44 poltronas no piso superior e 12 no piso inferior), toilette, cafeteira, rodas de alumínio, telas de LCD, wifi a bordo, controle eletrônico de estabilidade ESP, sistema antitombamento, freio a disco, com retarder e ABS, câmbio Opticruise (12 marchas) com overdrive por R$ 980 mil, à vista.
Jogando para cima
Note o leitor que estamos falando aqui de um veículo top de linha, que demandará baixos custos de manutenção durante um bom tempo, e que pode rodar facilmente mais de 500 mil quilômetros, desde que operado de maneira apropriada.
Da mesma forma, a pesquisa evidencia que é possível comprar uma boa van para 16 passageiros por menos de R$ 170 mil, e um bom microônibus por menos de R$ 300 mil, em todos estes casos jogando os valores para cima.
Frota
Ou seja, com R$ 1,5 milhão daria para montar esta frota tripla, com aparatos que nem são necessários e margem para fazer eventuais adaptações.
E, como dito anteriormente, uma boa licitação certamente economizaria parte significativa destes recursos.
Quanto sai
Bom, o mais recente contrato emergencial para “prestação de serviços de transporte de passageiros (pacientes e acompanhantes) oriundos da Central de Regulação/TFD, Vigilância em Saúde Auditiva, Programa Melhor em Casa e Caps (AD II e I) da Secretaria Municipal de Saúde, válido por apenas 180 dias, custará aos cofres municipais exatos R$ 2.147.674.
Ao longo de um ano, sem contar com possíveis reajustes, o valor alcança R$ 4.295.348.
Ponta do lápis
Ou seja: daria para comprar a frota citada, e ainda sobrariam quase R$ 2,8 milhões para despesas como combustível, impostos, funcionários e manutenção.
Mas é claro que estamos falando apenas de um ano, e que os benefícios seriam cumulativos, uma vez que no ano seguinte a compra da frota não seria necessária.
Assim, ao longo de três anos, por exemplo, e sem considerar previsíveis aumentos ao longo do período, qualquer somatório de custos operacionais que fique abaixo de R$ 11 milhões representaria um ótimo negócio para a administração pública.
Pega mal
É evidente, mesmo em análises tão superficiais quanto esta, que o serviço é caro e demanda licitações devidamente planejadas e bem executadas.
Até mesmo porque os prazos sempre foram conhecidos.
Infelizmente, no entanto, como se deu o processo de cotação é o tipo de informação que não será divulgada em vídeos propagandistas de quem usa o cargo para fazer campanha.
Budismo e ciência (1)
O teatro da Usina Cultural (Praça Pres. Getúlio Vargas, 55 - Centro) abre suas portas para a palestra “A ciência budista da mente - A mente e seu potencial”, ministrada pelo Geshe Lobsang Jamphel.
O evento acontece na próxima terça-feira, 24, às 19h15.
A entrada é gratuita.
Budismo e ciência (2)
Geshe Lobsang Jamphel nasceu no Tibete e em 1981 foi para a Índia estudar filosofia budista no grande monastério de Sera-je, onde se formou com honras depois de mais de 20 anos de estudos intensivos.
Geshe-la (como é conhecido) é abade do Monastério de Nalanda na França, e tem ensinado o dharma em vários países europeus desde que chegou ao ocidente, no ano de 2000.
Respostas
Os craques Léo Verbicário e Rosemarie Künzel somaram mais um pontinho na tabela dos maiores conhecedores de Nova Friburgo.
A respeito da linda fotografia publicada na edição de sexta-feira, 20, a “invicta” explicou: “essa é a Cachoeira São José, em Boa Esperança, distrito de Lumiar. Um lugar que fica maravilhoso na época de floração das hortênsias, e com boa infraestrutura para o visitante”.
Ainda não conhece o local? Então corre lá!
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário