Carnaval diferente

quinta-feira, 02 de março de 2017

Para pensar
“Feliz 2017!”
Segundo a cultura popular, o ano brasileiro começa após o carnaval.

Para refletir
“Seus pés levarão você para onde seu coração está.”
Provérbio irlandês

Carnaval diferente (1)
Encarando sob o ponto de vista de quem reside no Centro e sofreu durante muitos anos com desrespeitos carnavalescos de diversas naturezas, mas sobretudo sonoros, os festejos de 2017 foram uma grata surpresa.
Ainda que a convivência continue difícil e carente de um espaço mais apropriado aos foliões, o volume do som durante as atividades “oficiais” foi muito mais apropriado.
Bom para quem estava nas ruas, suportável para a maior parte das pessoas que queriam aproveitar o feriado para descansar.

Carnaval diferente (2)
Outro ponto que chamou atenção — embora possa ser uma impressão apenas localizada — foi de que, a partir de sábado, as ruas não estavam tão cheias quanto noutros carnavais.
O colunista ainda não tem informações a respeito do volume de vendas, e torce para que os negócios tenham sido bons.
Mas, para quem precisou circular pela cidade por outros motivos que não o carnaval em si, o deslocamento, na maior parte do tempo, fluiu também melhor do que em anos anteriores.

Carnaval igual
Claro, no entanto, que certos problemas ainda persistem, e devem persistir por muito tempo.
“Caro Massimo, domingo, 26, a Avenida Galdino do Valle ficou totalmente interditada entre 10h e 11h por carros alegóricos, em total desrespeito à população, em horário de saída das Igrejas. Para meu espanto, havia atrás do carro alegórico um carro da Mobilidade Urbana, que nada fez.”
A leitora enviou ao colunista uma foto da cena descrita.

Parênteses
Obviamente, é justo perguntar o que a guarnição poderia ter feito numa situação como essa.
Parece claro que em algum momento nossa cidade terá que discutir seriamente a hipótese de construir uma espécie de “cidade do samba” e um sambódromo próximos um do outro, para que não existam tantos conflitos entre quem quer curtir a festa e quem quer descansar.
Nova Friburgo, afinal, tem os dois perfis simultaneamente.

Encontros (1)
Sob vários aspectos, este foi um carnaval de encontros.
O colunista havia antecipado em primeira mão, e recentemente A VOZ DA SERRA já abriu espaço para registrar a intensidade do encontro ocorrido entre o ídolo Romerito e torcida do Fluminense em Nova Friburgo.
Foi uma festa bonita e respeitosa, que durou mais de três dias e pode voltar a se repetir no futuro.

Encontros (2)
No campo da política também houve encontros dignos de registro.
Os chefes do Executivo e do Legislativo municipais, respectivamente prefeito Renato Bravo e presidente da Câmara Alexandre Cruz, mostraram-se afinados durante os festejos, com as bênçãos do deputado estadual Comte Bittencourt, sempre por aqui.
Comte, por sinal, exerce papel de influência no atual governo e, sendo padrinho político de Alexandre, funciona como importante elo entre os poderes locais.

Encontros (3)
Outro importante encontro teve menos visibilidade.
O vice-presidente da Câmara, vereador Marcio Damazio, recebeu em sua casa no terceiro distrito a visita do amigo e deputado federal Sóstenes Cavalcante (Dem-RJ).
O encontro foi registrado num surpreendente vídeo (que pode ser visto na página de ambos, no Facebook), no qual o deputado canta e toca violão, enquanto Damazio, que soprou velas na semana passada, o acompanha — e muito bem — no acordeon.

Absurdo (1)
O colunista ficou abismado com a denúncia feita pelo mestre Antônio Fernando, de que milhares de LPs pertencentes ao conhecido livreiro Jorge, cujo quiosque fica na Avenida Alberto Braune, foram furtados durante o carnaval.
O colunista não tem informações sobre o andamento das investigações, mas entende que a logística para este tipo de ação deve ter deixado rastros nos sistemas de registro de imagens, como o Cidade Inteligente.

Absurdo (2)
Da mesma forma, tamanho acervo não poderá ser escondido com facilidade, de tal modo que o Massimo chama atenção para o fato, estimulando a população a informar à polícia diante de sinais sobre o paradeiro destas obras.

Foto da galeria
Alexandre Cruz, Comte Bittencourt e Renato Bravo
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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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