Cara a cara

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Para pensar:

“Não basta que todos sejam iguais perante a lei. É preciso que a lei seja igual perante todos.”

Salvador Allende

Para refletir:

“A primeira igualdade é a justiça.”

Victor Hugo

Cara a cara

Conforme a coluna de ontem, 29, havia previsto, a cúpula da Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana compareceu mesmo ao plenário da Câmara Municipal a fim de ser confrontada com as denúncias que têm sido apresentadas a vereadores e parte da imprensa, e prestar os esclarecimentos cabíveis.

A coluna faz questão de elogiar os representantes da Smomu, que serviram de exemplo a muitos que se esquivam até mesmo de responder a requerimentos de informação, na contramão de tudo o que se entende por transparência na atualidade.

Vale a pena

Dito isso, fica claro que a audiência esteve longe de responder a todas as perguntas.

Quem não conseguiu estar presente tem a chance de ver a reunião no YouTube, e o Massimo recomenda que o faça, para que possa compreender com maior profundidade as importantes questões em debate.

Divergência (1)

Partindo do princípio que cada um pode e deve fazer o próprio juízo a respeito do encontro, o colunista se limita a fazer algumas considerações que considera relevantes.

Foi dito, a certa altura, que apenas um agente de trânsito, descrito como um “mau servidor”, estaria insatisfeito com a administração da pasta.

Divergência (2)

O Massimo pode atestar que isso não é verdade, por já ter sido procurado diversas vezes por diversos profissionais exaltados com relação à realidade enfrentada no dia a dia.

A insatisfação é profunda e de muitos, ainda que o receio de ter pontos de produtividade descontados ou sofrer represálias faça com que as manifestações sejam muitas vezes em off e discretas.

A responder

O encontro também serviu para apresentar casos bem documentados de procedimentos que precisam ser devidamente explicados, como a retirada num domingo de veículo apreendido, pertencente a cônjuge de um integrante do governo, entre outras ocorrências.

Também restam pontas soltas em relação à caixa de multas que, na voz de fontes até aqui confiáveis, serviria para a triagem de quais seriam efetivamente aplicadas ou não.

Ao menos parece existir a boa vontade para que sejam prestadas todas as informações solicitadas.

Contraponto

Por fim cabe registrar, a quem não tiver oportunidade de ver a gravação na íntegra, que os representantes da Smomu se comprometeram a elucidar os casos sobre os quais tiveram conhecimento durante o encontro, bem como enviar comprovantes de várias informações que prestaram.

A administração da secretaria também assegurou que “nenhum pedido é atendido sem que esteja dentro da lei”.

Ponderação

Outra questão que foi levantada durante o encontro foi a proliferação de faixas amarelas pela cidade, por vezes em locais difíceis de justificar.

O colunista se questiona se tais locais continuariam vedados ao estacionamento caso o rotativo já estivesse sendo explorado.

Será?

Fachadas (1)

Um leitor de longa data, que prefere ter sua identidade preservada, entrou em contato com o colunista para manifestar sua revolta em relação à falta de padronização de nossas fachadas.

O pivô da reclamação foi a ação recente de um estabelecimento comercial no entorno da Praça Dermeval Barbosa Moreira, cuja promoção visual encontra-se em inegável desarmonia com o entorno.

Até mesmo os toldos estão em cores próprias.

Fachadas (2)

O colunista endossa o protesto, e insiste que o pacto social em favor do urbanismo precisa ser paralelo - uma vez que já não pode mais ser anterior - ao esforço em prol do turismo.

Não faz sentido que repitamos eternamente o mantra do “não tem saúde”, “não tem educação” todas as vezes em que falamos em investimentos de outras naturezas, com potencial para gerar receitas e melhorar a autoestima e a qualidade de vida.

Sinal

É sinal de que algo está muito errado quando vemos tantos friburguenses viajando para destinos de inverno no Brasil, com muito menos história para contar, muito menos recursos naturais e localização muito menos privilegiada.

A pergunta é: será que tais lugares tinham saúde e educação perfeitas quando decidiram investir em urbanismo?

Aspas (2)

“É um contrassenso a gente ficar falando em turismo e se esforçar para trazer as pessoas para cá, se quando aqui chegam encontram uma cidade poluída visualmente, bagunçada, que não agrada aos olhos. Essas pessoas não vão voltar, e ainda vão fazer propaganda negativa da cidade. Essa situação é absurda.”

“De boas”

Maio vai chegando ao fim, e até agora as informações necessárias ainda não foram encaminhadas ao setor competente para que a nova licitação do transporte coletivo seja elaborada.

Cá entre nós, todo mundo sabe onde está o nó, todo mundo sabe o nome e o sobrenome da grande desgraça que está atuando em Nova Friburgo na atualidade.

Mas, quem tem telhado de vidro não atira as pedras que precisa.

A coluna só quer ver o que será dito a este respeito daqui a alguns meses...

Destaque nacional (1)

Após incontáveis tentativas nascidas em todos os cantos do Brasil, o fundo de pensão da Petrobras (Petros) sofreu sua primeira derrota judicial em março deste ano, na forma de uma liminar concedida em ação individual, por ter começado a descontar contribuições extras de seus afiliados a fim de cobrir o rombo de mais de R$27 milhões acumulado entre 2013 e 2017.

Certo, mas e o que isso tem a ver com a gente?

Destaque nacional (2)

Bom, tem sim. E bastante.

Ocorre que o autor da peça foi o advogado friburguense Christiano Madeira, especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório LSCS, também sediado em Nova Friburgo.

Desde então a notícia vem causando enorme agitação Brasil afora, a ponto de ter merecido destaque em jornais como O Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e Valor Econômico, entre muitos outros.

Este último, por sinal, adotou o advogado como fonte fixa para pautas previdenciárias.

Fazendo fila

Na prática, o escritório tornou-se referência nacional para todos os afiliados que passaram a sofrer os descontos em folha, e tem atendido enorme quantidade de clientes, nos quatro cantos do Brasil.

Aspas

"Cada pessoa tem uma situação diferente, de acordo com o período em que entrou no Petros, conforme seja ou não repactuada e considerando alguns outros fatores. O valor bruto da contribuição ou da dedução chegou basicamente a triplicar", explicou Christiano.

Tradição exemplar

O frio chegou com tudo, e ainda que o colunista adorasse ver o cume do Caledônia cheio de neve e os termômetros marcando temperaturas negativas, é preciso ter a consciência de que nem todos estão devidamente protegidos para enfrentar a estação.

Nesse sentido, sempre aquece o coração ver o engajamento de instituições como a Acianf, que já está promovendo a 21 ª edição de sua já tradicional campanha do cobertor.

Doações podem ser feitas na sede da associação, na Avenida Alberto Braune nº 111.

Iniciativas

A coluna destaca também iniciativas como a dos responsáveis pela hamburgueria Nagrelha, cujos motoboys estão recolhendo, através de aviso prévio por parte dos clientes, casacos para doação.

A coluna abre espaço com alegria para qualquer campanha de mesma natureza que possa se beneficiar da divulgação.

Estamos aqui para isso.

É hoje

O Ministério da Cultura, o Instituto Brasileiro de Museus, a Associação de Amigos do Museu e o Museu Nacional de Belas Artes convidam para a abertura da exposição “Nem tudo que brilha é ouro”, assinada pelo premiado artista plástico friburguense Wilson Piran.

A cerimônia está marcada para às 12h30 de hoje, 30, no próprio museu.

Fala, leitora!

“Venho abordar um assunto que há bastante tempo tem incomodado os moradores do centro: os pombos. As pessoas continuam os alimentando, e a população vem aumentando consideravelmente. Basta passar perto da Igreja Luterana bem cedinho para confirmar que pessoas colocam muita comida para eles, está ficando incontrolável a situação. Isso se repete na Avenida Alberto Braune, perto do Itaú (central), muitas pessoas jogam canjiquinha perto dos bancos e eles ficam sempre por ali.”

Segue

“Deveria haver placas informando que é proibido alimentar os pombos, para que eles fiquem em locais adequados ao seu habitat. É preciso que haja uma campanha constante, mensal talvez, pois há tempos isso foi falado e houve uma diminuição da situação mas com o tempo o povo esquece…”

Assina a mensagem a leitora Raquel Souza.

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Massimo

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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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