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Bastidores da Política - 19 de fevereiro.
Regulamentação de cargos na FMS enfrenta
dificuldades para ser aprovado no Legislativo
O governo municipal já fez duas tentativas e não obteve sucesso. Mas na próxima terça-feira, 23, no retorno da Câmara após o fim do recesso carnavalesco, o Executivo tentará mais uma vez aprovar o anteprojeto que propõe a adequação da estrutura orgânica da Fundação Municipal de Saúde (FMS) à reforma administrativa da Prefeitura. A proposta precisa de oito votos para ser aprovada.
No anteprojeto assinado pelo prefeito e subescrito pelo presidente da FMS, Ostwald Dantas dos Santos Filho, é proposta a criação de conselhos de administração e fiscal da fundação e a unidade autônoma de controle interno, com a criação de vários cargos de gerência, auditoria, finanças, contabilidade, tesouraria, patrimônio, entre outros. Além disso, o governo também propõe a implantação das gerências e demais cargos das especialidades médicas. O governo assegura que a matéria não criará novo impacto financeiro-orçamentário, mesmo com os novos cargos e concessões de gratificações já previstas anteriormente na reforma administrativa implantada no início do ano.
Nas duas sessões anteriores em que a matéria foi tirada de pauta na Câmara, sob risco de não ser aprovada, o anteprojeto sofreu críticas da bancada oposicionista. “Isto é uma colcha de retalhos”, avaliou o vereador Renato Abi-Râmia (PMDB). Até um parlamentar da situação criticou. O vereador Edson Flávio (PR), por exemplo, afirmou que só votará a favor se o Executivo aceitar uma emenda de sua autoria concedendo aumento salarial geral para os servidores de todas as unidades de saúde, como Raul Sertã, Maternidade, policlínicas e unidades básicas, entre outros.
Ibope: José Serra está 11%
na frente de Dilma Rousseff
Pesquisa Ibope/Diário do Comércio – realizada em 144 cidades entre os dias 6 e 9 deste mês e divulgada na manhã de ontem, quinta-feira – apontou a vantagem de 11 pontos do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), sobre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), no cenário que inclui o nome do deputado Ciro Gomes (PSB) na disputa presidencial. O Ibope ouviu dois mil e dois eleitores e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo 3196/20.
Segundo a pesquisa, o tucano tem 36% da preferência do eleitorado contra 25% da petista. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Ciro aparece tecnicamente empatado com a pré-candidata do PV, Marina Silva. Ele tem 11%. Ela, 8%.
O Ibope fez uma segunda simulação, excluindo o nome de Ciro. Neste caso, a vantagem de José Serra aumenta e ele aparece com 41% das intenções de voto contra 28% de Dilma. Marina fica com 10%. O instituto ainda aferiu que se o segundo turno fosse hoje, Serra também venceria Dilma por 47% a 33%.
Lula mantém boa avaliação e
só 10% querem mudança total
A pesquisa Ibope/Diário do Comércio avaliou também o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 47% dos entrevistados, a administração de Lula é boa, para 29% é ótima, para 19% é regular, para 3% é péssima e para 2% é ruim.
A mostra indagou ainda o que os eleitores gostariam que o próximo presidente fizesse. Do total de entrevistados, 34% querem a total continuidade do atual governo, 29% querem pequenas mudanças com continuidade, 25% querem a manutenção de apenas alguns programas com muitas mudanças e 10% querem a mudança total do governo do país. Para 78% dos entrevistados, o presidente Lula é confiável, enquanto 18% disseram não confiar no presidente.
Escândalo na capital federal dá fôlego ao projeto contra ficha suja
Na esteira da crise no Distrito Federal, a Câmara dos Deputados agora vê chances de aprovar a proposta que veta candidaturas de quem responde a processo judicial. O desgaste extremo da classe política, exposto em minúcias com a prisão preventiva do governador afastado, José Roberto Arruda – ex-DEM e, atualmente, sem partido – pode viabilizar a votação do projeto de lei de iniciativa popular (PLP 518/09), fruto de uma rara articulação social que reuniu 1,5 milhão de assinaturas.
Apelidado de ‘ficha limpa’, o projeto está sendo analisado por um grupo de trabalho na Câmara. A expectativa é que até o dia 17 de março esse grupo apresente um ‘substitutivo’, ou seja, uma nova proposta negociada entre as entidades que pressionam por sua aprovação e os parlamentares. Já estão em curso algumas negociações na Câmara visando alterar o texto, mas há chances de aprovação.
Massimo
Massimo
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