Até que demorou

Para pensar:

“A vida é uma tarefa que não pode ser dividida com ninguém.“

Raquel de Queiroz

Para refletir:

“A cobra muda de pele, mas não de natureza."

Provérbio russo

Até que demorou

Leitores entram em contato para informar que o serviço do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) foi interrompido em Nova Friburgo.

Cá entre nós, até que demorou.

Na semana passada - os leitores devem recordar - a coluna pediu depoimentos sobre a prestação do serviço, e recebeu algumas mensagens de retorno.

É claro que não foi um pedido gratuito.

A interrupção já estava mais do que desenhada.

Tudo errado

Aliás, a própria prestação do serviço ao longo do mês de junho ainda vai dar muito o que falar, uma vez que não estava amparada por contrato.

E aí, essa dívida vai ser reconhecida, com todas as implicações envolvidas?

A situação é delicada, e a coluna pode afirmar sem rodeios que a responsabilidade pela interrupção é única e exclusiva da Secretaria Municipal de Saúde, que se apropriou de atribuições alheias e conduziu internamente um processo repleto de pontos questionáveis, para não falar em vícios.

Uma ou outra

Com a habitual sinceridade, e sabendo tudo o que sabe a respeito desse processo, restam ao Massimo duas possibilidades interpretativas: 1) os responsáveis não têm o conhecimento necessário para trabalhar na administração pública; 2) os responsáveis sabiam muito bem o que estavam fazendo.

De um jeito ou de outro, está feio demais.

Emergência?

Havia muito tempo já estava claro que ia dar problema, mas eis que ao fim da tarde de ontem, 3, chega o comunicado de que o serviço será prestado normalmente hoje, 4, “a partir de um entendimento entre a Secretaria de Saúde e a empresa responsável pelo serviço”.

A coisa só melhora.

E então: vão bancar o processo existente, ou vão alegar que se trata de situação emergencial?

Mistério

Alguém por acaso sabe dizer qual a dificuldade de se planejar minimamente para situações previamente conhecidas, e licitar devidamente, através da secretaria responsável por isso?

Uma foi

Na coluna de terça-feira, 3, o Massimo afirmou que o mês de julho vai ser quente, e que estava com contagem aberta entre o tempo do relâmpago e o do trovão, em meio à tempestade que se observa no horizonte.

Pois bem, o TFD, claro, era um desses casos.

Mas há outros, muitos outros, envolvendo nomes do presente e do passado de nossa política.

Ainda vem muita notícia por aí…

Na rota política

Mais do que em anos eleitorais anteriores, Nova Friburgo tem dado mostras de estar no radar de muitos pré-candidatos às várias cadeiras deixadas vagas ao fim deste ano.

Para vários cargos a disputa promete ser muito mais aberta por aqui, e têm sido raras as semanas nas quais não recebemos a visita de ao menos um postulante a mandato, no Rio ou em Brasília.

E já dá para dizer que não será diferente nos próximos dias.

Piracema

Hoje, 4, o ex-nadador olímpico e medalhista pan-americano Luiz Lima, de longas raízes friburguenses, sobe a serra para tomar parte na abertura da Fevest.

Amanhã, 5, ele seguirá para Bom Jardim, onde irá palestrar em colégios e academias.

Por fim, na sexta-feira, 6, Luiz palestra para vereadores na Câmara Municipal de Macuco, e de lá segue para Carmo e Sumidouro, onde palestra para profissionais de educação física.

O ex-atleta é pré-candidato a deputado federal pelo PSL.

Presidenciável

Já na semana que vem Nova Friburgo deve receber a visita de Guilherme Boulos, pré-candidato à presidência da República pelo Psol.

A expectativa é que Boulos cumpra agenda na cidade no dia 13, sexta-feira.

Considerando que Ciro Gomes também visitou a cidade recentemente, já serão dois postulantes à cadeira nº 1 do Palácio do Planalto a passarem por aqui num mesmo ciclo eleitoral.

Prestígio?

Para além do interesse nos votos serranos - que não são tão poucos, vá lá - a escala de visitas parece refletir também a proximidade de nossa classe política junto aos caciques estaduais de diversas siglas.

Em princípio, é algo positivo.

Ludopédio

O mundo inteiro tem parado para falar sobre futebol, mas poucas pessoas têm falado sobre o que realmente interessa: o bolão que vem jogando nosso Friburguense, sob comando do legendário Cadão.

Após um início claudicante, o tricolor serrano emendou uma sequência de vitórias maiúsculas e classificou-se para as semifinais da Taça Santos Dumont, pelas quais enfrenta hoje o Americano em Campos, com a obrigação de vencer.

Na torcida

Não vai ser nada fácil, mas o time tem razões para acreditar que é possível.

Por aqui, estamos todos na torcida.

Por falar nisso...

E já que falamos no Frizão, também tem a Copa do Mundo, não é?

Pois bem, a coluna não pode deixar de registrar o trabalho que vem sendo realizado pelo Sesc, com apoio da prefeitura, para dar ao torcedor friburguense a oportunidade de torcer em grupo e participar da festa.

Que venham mais três jogos pela frente!

Fala, leitor!

“Sobre a Aldeia da Criança, vale lembrar a participação do casal João Luiz e Maria Beatriz Aguilera Campos. Eles foram um dos primeiros diretores da Kinderdorff Rio em nossa região. João e Beatriz representaram, durante muito tempo, os interesses dessa organização alemã, em Nova Friburgo. Não fosse por eles, talvez não teríamos essa herança. Várias crianças foram amparadas por ‘famílias’ que, conduzidas pela Kinderdorff, puderam ter um futuro melhor. Tudo isso gerenciado pelo casal João Luiz e Maria Beatriz Thurler Aguilera Campos.”

Assina a mensagem o leitor Marcelo Machado.