Colunas
Árbitro de vídeo
Para pensar:
“Cozinheiros demais estragam o mingau.”
Ditado alemão
Para refletir:
“Antes de começar o trabalho de mudar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa”.
Provérbio chinês
Árbitro de vídeo
A respeito do batido episódio da autorização legislativa para que a prefeitura pudesse investir noutras obras os quase R$ 26 milhões levantados para a aquisição do imóvel da fábrica Ypu, a coluna afirmou que “legal ou não, a forma como o procedimento se deu foi desrespeitosa”.
Bom, acontecimentos posteriores indicam que a questão da legalidade pode vir, sim, a ganhar certo protagonismo.
Médio prazo
A coluna não acredita em nenhuma reviravolta para já, mas entende que os argumentos reunidos são sólidos e espera que o assunto ganhe um segundo fôlego informativo no médio prazo.
E olha que pode também trazer algumas consequências importantes a reboque.
É esperar para ver.
Vai e volta
Já faz alguns dias, mas o registro é importante.
No dia 30 de janeiro a coluna publicou relato do geógrafo Pedro de Paulo a respeito do absurdo descarte de um sofá dentro de uma valeta pluvial na Rua Romana Villas Boas Schuenck, no bairro Nova Suíça.
Pois bem, a história teve desdobramentos.
Plantar e colher
Muitos dias depois o geógrafo informou que a prefeitura ainda não havia retirado o sofá, de tal modo que o próprio Pedro assumiu a missão de fazer com que a coleta o recolhesse.
Ficou claro, ao longo deste episódio, “que a presença do sofá contribuiu para o alagamento da Rua Romana Villas Boas Schuenck há algumas semanas, porque o córrego é canalizado e o sofá - que era grande - obstruiu a passagem da água.”
Nas fotos é possível ver o sofá onde foi descartado, seu recolhimento, e a canalização após ter sido liberada.
Alhos e bugalhos
A coluna tem dito, já faz algum tempo, que muitos vereadores definitivamente não compreendem quais são suas verdadeiras atribuições, muito menos o quanto essas atribuições são fundamentais para o bom exercício da democracia.
Geralmente, isso se traduz na forma como tantos edis abrem mão do poder-dever de fiscalização em favor da influência que alimenta o assistencialismo.
Mas existem outras manifestações dessa ignorância que também são dignas de nota.
Emendas
É muito comum, por exemplo, ouvir vereadores enchendo a boca para dizer que “em vez de criticar o governo, os companheiros de plenário deveriam ir a Brasília atrás de recursos para Nova Friburgo.”
E alguns parecem mesmo acreditar nesse discurso, como se orbitar deputados fosse uma função de legislador municipal.
Mãos amarelas
Tal fala, naturalmente, deixa transparecer a velha visão clientelista da política, segundo a qual o político precisa ter influência e contatos, precisa prover atalhos, precisa ser a pessoa a ser procurada quando se tem problemas, aquele a quem se devem favores.
Ora, avaliar o desempenho de um vereador conforme tais parâmetros não é apenas um absurdo completo, mas também um atestado de perigosa incompreensão política.
Pingos nos iis
Não custa lembrar, portanto: direcionar emendas orçamentárias é atribuição de parlamentares de esferas superiores, em especial a federal.
É óbvio que contatos são sempre bem-vindos, e se surgir a oportunidade de interceder por tais emendas, ótimo.
Mas qualquer pessoa pode tomar a iniciativa de fazer sugestões a este respeito. Os gabinetes mantêm canais de comunicação, e não é preciso ser eleito para fazer uso deles.
Papel importante
O vereador precisa ser avaliado - isso sim - pelo que faz diante de suas atribuições, e fiscalizar para que todas as verbas sejam bem aplicadas é parte importantíssima delas.
Temos diversos exemplos - alguns bem próximos - de que negligências dessa natureza podem custar muito caro.
E sobre isso ninguém fala.
Até mesmo porque, se mergulharmos na reflexão, então seria preciso encarar de frente todas as implicações envolvidas quando um vereador assume uma secretaria, por exemplo.
![](https://acervo.avozdaserra.com.br/sites/default/files/styles/foto_do_perfil/public/default_images/profile.jpg?itok=lRNQTxkp)
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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