"78 Musical" no João Caetano, no Rio

Para pensar

“Compaixão é fortaleza.”

Renato Russo

Para refletir

“O professor abre a porta; você entra sozinho."

Provérbio chinês

Como deve ser

A coluna de sexta, 23, abordou vários temas relacionados à Câmara municipal, mas não esgotou os assuntos.

O colunista registra com satisfação, por exemplo, que o plenário voltou a aprovar requerimentos de informação, como deveria ter feito sempre.

Olhar com atenção (1)

Na sessão de terça-feira, 20, por exemplo, o plenário aprovou um muito necessário requerimento elaborado pelo gabinete do vereador Professor Pierre solicitando detalhes a respeito dos 11(!) “processos administrativos que redundaram em contratos com a empresa Comercial Milano Brasil Ltda (CNPJ n.° 01.920.177/0001-79), com sede no Município de Duque de Caxias”.

Olhar com atenção (2)

A soma dos valores destes 11 contratos “para oferta de gêneros alimentícios variados e devidamente especificados às unidades educacionais administradas pelo Município”, vejam só, alcança nada menos que R$ 16.689.486,00.

Isso mesmo, mais de 16 milhões e meio de reais, com uma empresa cercada por muitos indícios de corrupção.

Tem que ver isso aí com muita atenção.

Linha temporal

Para constar, os contratos começam em abril de 2009, cessam em setembro do mesmo ano, e são retomados a partir de agosto de 2011, seguindo até o fim de 2017, com pequenas interrupções pelo caminho, sempre ao início de cada ano.

Só para deixar claro, nada disso significa que houve irregularidades nos serviços prestados por aqui.

Mas, dado o contexto e tudo que tem sido apurado junto ao governo do estado, é nosso dever investigar.

Lambuja

O mesmo requerimento, “de lambuja”, ainda reserva alguns questionamentos direcionados ao Portal da Transparência que, ao menos neste caso, ainda tem alguns pontos bem opacos.

Mais do que apenas responder a tais perguntas, vale a pena dedicar atenção ao portal.

A ferramenta é preciosa, e funciona como um termômetro do respeito que um governo reserva ao povo que o elegeu.

É dívida

Durante sua visita à Câmara Municipal, vejam só, o secretário estadual de Cultura, André Lazaroni, prometeu levar o maravilhoso espetáculo “78 Musical” ao Teatro João Caetano, o mais antigo do Rio de Janeiro ainda em atividade.

É isso: prometeu, agora é dívida.

Queremos ver isso acontecer, com certeza!

Última chamada (1)

Estamos no momento decisivo para a realização do sonhado Festival de Cinema de Nova Friburgo.

Há vários meses o Massimo vem dando cobertura ao esforço da Arturius Filmes, que conseguiu o que parecia impossível no atual contexto brasileiro - o apoio da Lei Rouanet - e não consegue o que parecia muito mais fácil, que é o apoio do empresariado local.

Última chamada (2)

O martelo terá de ser batido no início de julho, e a ficha parece não ter caído para a sociedade em geral.

Sejamos mais claros, portanto: outra chance como esta não irá surgir tão cedo.

Não podemos depender eternamente dos grandes empresários da cidade, que já estão mais do que sobrecarregados socialmente.

Última chamada (3)

É hora das médias e pequenas empresas, em especial aquelas ligadas direta ou indiretamente ao trade turístico, baterem no peito e chamarem esta responsabilidade.

Para quem não entendeu, o investimento - dentro de limites estabelecidos - poderá ser debitado da declaração do imposto de renda.

Ou seja: é dinheiro que volta, e legado que fica.

Última chamada (4)

Honestamente, não adianta a gente ficar aqui falando sobre os dois séculos, se perdemos uma oportunidade como esta.

Ao governo municipal, que sempre adotou um perfil empreendedor, fica também o convite a levantar esta bandeira e usar de sua influência para construir pontes, e construir bem rápido.

Perder o festival é uma notícia que a coluna definitivamente não quer dar.

Pesou a mão

A coluna registrou dias atrás os elogios feitos em rede nacional pelo jornalista Ricardo Boechat à redação de A VOZ DA SERRA, pelos quais o jornal agradece mais uma vez.

No mesmo áudio, contudo, o jornalista dedica palavras muito pesadas ao ex-prefeito Rogério Cabral, relacionando, em tom de questionamento, à nomeação como superintendente regional do Inea às implicações do corte dos eucaliptos na Praça Getúlio Vargas e o encaminhamento dado à madeira resultante.

Sensatez (1)

Muita gente, claro, sentiu-se de alma lavada, mas é preciso conservar a sensatez.

Mas houve exageros flagrantes ali, afinal, Rogério, não é nenhum madeireiro ou alguém que promova o desmatamento como política pública.

Sensatez (2)

A questão foi obviamente mal conduzida pelo governo anterior, desde o corte, passando pelo tratamento à madeira e terminando no debate (ou na falta dele) junto à população.

Parece claro, olhando agora, que a seriedade do episódio não foi percebida de imediato.

Até porque os argumentos de que algo precisava ser feito na praça não são vazios de verdade.

Crítica mais justa

Pouco se fala nisso, mas, sob o aspecto ambiental, teria sido mais justo criticar todas as administrações recentes - Rogério e Bravo incluídos - pelo défict no número de castrações em cães e gatos de rua.

Algo previsto em lei, e cuja negligência perpetua uma longa cadeia de sofrimento animal e sobrecarrega ainda mais a vida destes anjos que são os cuidadores.

Contexto

Certamente a história lhe foi contada nestas cores, por alguma fonte digna de confiança.

Mas… Por quem?

Rogério diz saber quem enviou, e naturalmente essa é uma informação que deveria ser levada em consideração.

Fica, portanto, a reflexão.

Condolências

A equipe de A VOZ DA SERRA se solidariza à família Braune pelo falecimento de Sandra Wanderley Braune, de 86 anos, na manhã desta sexta-feira, 23.

Viúva de João Maria Perestello Braune, Dona Sandra deixa sete filhos: o vice-prefeito, Marcelo Braune, e seus irmãos Alberto, Bernardo, Fernando, Geovana, Gustavo e Leilh, além de 14 netos e dois bisnetos.

O sepultamento acontece neste sábado, às 16h no Cemitério São João Batista.

Respostas (1)

Ok, o Massimo reconhece: o desafio de sexta-feira não estava fácil.

Ainda assim, os leitores estão muito afiados, e tem sempre alguém que consegue matar a charada.

Ainda de manhã a coluna recebeu resposta do parceiro Stenio de Oliveira Soares, cantando a pedra: “A foto é no lendário Colégio Nossa Senhora das Dores, o detalhe fica localizado na porta da instituição, que é rica em detalhes históricos”.

Respostas (2)

Além do bravo Stenio, também acertaram os amigos Rosemarie Kunzel e Silvio Poeta.

Pergunta

Apesar da pequena profundidade de campo, escolhida intencionalmente pelo talentoso Henrique Pinheiro, o cenário não é tão difícil de reconhecer.

Mas e este detalhe: o leitor sabe dizer onde foi encontrado?

Bom fim de semana e boa sorte a todos!