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IMPRESSÕES - 25/10/2014
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Solidariedade egoísta
É bastante comum olharmos nas redes sociais campanhas em defesa dos animais, enquanto outros movimentos solidários são esquecidos e até mesmo desconhecidos pela população. O que leva o ser humano a defender uma causa em detrimento de outra? Afinal, nenhuma causa é mais importante que a outra. Por que defender os desabrigados? Ou o meio ambiente sustentável? Ou os enfermos? Por que somente a "sua causa” é defendida em detrimento da outra? Se você se sensibiliza diante de um animal indefeso, como não se sensibilizar com uma criança carente? Se você luta por um meio ambiente saudável, como não se importar com um governo que não ampara os desabrigados? Parece meio ilógico e um tanto egoísta lutar por uma causa e deixar de considerar todas as outras. Parece que muitos só defendem aquilo que realmente lhes interessa. Aí é que está o problema, a satisfação não deve ser pessoal e sim COLETIVA.

Foto: Juniors Explorers Club
Linha do tempo
Jeff Corwin é um amante inveterado da natureza. E, em troca disso, a natureza também é generosa com ele. E quando captura detalhes de animais, estes, sem poses, são verdadeiros achados. Como o pinguim, que, sem retoques de photoshop, transmitiu um recado ecológico aos amantes do planeta. O ambientalista compartilhou esta bela imagem, que também compartilho com você.

Foto: Amanda Tinoco
Pedra no caminho
Há uma pedra no meio do caminho. Parafraseando Carlos Drummond de Andrade, a queda de uma pedra do alto da catedral de São João Batista, no dia 17 passado, apontou para uma necessidade que vai se tornando cada vez mais necessária com o passar do tempo — o cuidado com nosso patrimônio. Assim como a iniciativa privada está restaurando a fonte do Suspiro e agora a Diocese cuida do seu prédio, a Prefeitura também deveria dar continuidade ao trabalho de preservação, olhando com atenção outros bens que, daqui a alguns anos, serão também "históricos”.

Mais que uma homenagem burocrática, o que vale é o sentimento. Humano, culto, histórico, Rodolpho Abbud supera a qualificação de trovador para se instalar no plano da "gente que faz a diferença”. Em outra linguagem, "o” cara. A criação do Dia Friburguense de Amor à Trova, no dia 21 de outubro, proposto pelo vereador Gustavo Barroso, é um reconhecimento material de um trabalho incansável do trovador que não mediu esforços para elevar a cultura friburguense a um patamar que a torna conhecida no país. Rodolpho foi mais além. Transformou a trova num concurso de âmbito nacional e em produto turístico. Deu grandiosidade às quatro linhas e divulgou-a como patrimônio de Nova Friburgo. Merece, pois, todas as homenagens, como bem fez a jornalista e trovadora Elisabeth Souza Cruz, colaborando hoje nesta página:
"Homem do amor e da prece,
do mundo, da humanidade...
Rodolpho Abbud enobrece
a memória da cidade!”

(Foto: Amanda Tinoco)
Sujeira no Bengalas
A natureza, coitada, sofre com os abusos humanos. Estes, indiferentes à importância e à beleza desta fonte de vida, emporcalham o que tem pelo caminho, contrastando o que esta oferece de bom. Como na foto, um resquício da campanha eleitoral que "estacionou” abaixo de bonitas flores no leito do Rio Bengalas, mostrando como as duas coisas são incompatíveis. Política não combina com a natureza, por mais que os homens prometam tratar bem do meio ambiente. Pena que na prática isto não aconteça.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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