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IMPRESSÕES - 18/10/2014
sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Onde estamos mesmo?
Implantadas no governo do ex-prefeito Heródoto e nunca bem explicadas, placas indicativas de ruas no centro da cidade estão em dois idiomas — o português e o francês. Presunção turística ou vaidade do mandatário da época — um apologista da colonização suíça no município —, o fato é que as poucas placas bilíngues não oferecem a informação suficiente nem resolvem a dificuldade do cidadão comum em encontrar as ruas corretamente. Rue Notre Dame de Fátima e Rua Christophe Colomb são exemplos que confundem mais que explicam. D’accord?

É para sentar?
Bancos de madeira esculturais da série "Spaghetti Bench”, criada pelo designer argentino Pablo Reinoso. As instalações artísticas, que superam o conceito de móveis ou simples objetos de decoração, são peças que merecem o substantivo de esculturas, sem qualquer semelhança com os bancos da Praça Getulio Vargas. O argentino conseguiu um efeito mais bonito que os nossos "locais para sentar”. Os trabalhos guardam lembrança como os antigos bancos feitos em madeira e substituídos pelo concreto insensível dos atuais, uma quase escultura friburguense sem a menor graça e conforto.
Brasil de todos
Dilma ou Aécio? Pezão ou Crivela? Não importa a escolha no dia 26. Esqueça os candidatos e olhe para o Brasil. Afunilados num segundo turno, os políticos gastam suas energias em acusações, ofensas e agressões generalizadas, esquecendo um plano de governo, uma proposta concreta para ajudar o brasileiro a sair das dificuldades, enquanto a nossa economia vai mal, a água é rara, os juros, altos e o fogo lambe a mata. Crescemos e tivemos conquistas sociais inigualáveis. Devemos agora votar naqueles que podem fazer as mudanças necessárias para continuarmos a crescer como uma nação INDIVISÍVEL.

Linha do tempo
Na semana do professor, os ataques à língua portuguesa foram mais fortes do que nunca. A graciosa violeta (da família de plantas angiospérmicas, da divisão Magnoliophyta) não foi perdoada pelo marcador do supermercado, que tascou um VIOLENTA para nomear a delicada flor.
Malala da paz
Ela é a mais jovem ganhadora da história do Nobel. Sua história é de uma coragem e autonomia instigante para uma criança que deveria baixar a cabeça e ser mais um exemplo de vítima do mal do mundo. Sua luta pelos direitos é especialmente voltada aos das mulheres do vale do rio Swat, pois as mesmas são proibidas, pelo Taliban, de ter acesso à educação escolar .
Com 13 anos de idade, Malala Yousafzai, escrevia um blog para a BBC, sob o pseudônimo de Gul Makai. Ganhou notoriedade por explicar como é viver sob o regime opressor do Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP). O resultado por toda sua notoriedade, vale ressaltar, não foi o ataque do TTP contra sua vida que ocorreu em 9 de outubro de 2009, mais um outubro em sua vida para ser lembrado. O resultado de sua luta é a inspiração vinda da sua coragem, do seu arrepiante discurso na ONU. Também de sua luta contra homens armados e poderosos, sem ao menos levantar uma espada, apenas uma pena. Uma ideia simples que pode mudar o mundo: deixe-nos estudar, ter educação, ter livre arbítrio, livre pensamento!
Uma luta admirável, uma história arrepiante. Tudo isso vindo de uma mulher, uma criança sem grandes recursos. Um fato que nessa proximidade com o Dia da Criança e o Dia do Professor nos força uma reflexão sobre o futuro da humanidade: o que vai prevalecer? A pena ou a espada? A educação é a verdadeira força motriz para um mundo melhor. A pena, sim, é mais forte que a espada quando conseguimos usá-la.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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