Colunas
Impressões - 13/09/2014
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
O riso é como impressão digital
Este texto é do psicanalista Sergio Zlotnic, autor do livro Baleiazzzul, lançado pela Hedra Editora. Fala de maneira objetiva e clara sobre o riso e sua função. Para os sisudos, pode não dizer nada, porém, para os sorridentes é uma aula de bom humor que vale a pena ser lida.
"Cada um tem um jeito próprio de dar risada. A risada e o espirro revelam imediatamente a personalidade da pessoa. Até a origem social se manifesta numa gargalhada. Mas muito mais que isso. É, por isso, que alguns tapam a boca numa tentativa de brecar a nudez de espírito. Buscam mostrar menos da matéria de que são feitos. Mas fracassam: é como querer não se molhar debaixo de uma tempestade. Se o fluxo do riso já se deu, penetrou-se vários metros abaixo do iceberg da alma. Os subterrâneos da pessoa se manifestam... Rir é como descobrir-se subitamente sem calças numa cerimônia a rigor. A risada desarma o homem que, por um momento, fica exposto, vulnerável, em descontrole.”
Novo mapa
A Secretaria de Turismo está distribuindo nos hotéis o mapa turístico atualizado do município. Ele foi produzido pela Prefeitura para atender as demandas dos turistas que visitam a cidade e não tinham um guia impresso que mostrasse detalhes como os circuitos de passeios. Agora, de posse desse material, os hotéis e pousadas estarão preparados para atender pedidos dos visitantes. A distribuição é gratuita. Este ano foram confeccionados 30 mil exemplares, com texto em português e elementos gráficos universais contendo informações sobre os principais pontos e aparelhos turísticos, hotéis, restaurantes, telefones úteis e demais informações sobre os atrativos friburguenses, como os distritos, bairros e ruas de forma atualizada.
Esperando a primavera
"Sempre encontro no caminho alguém pra me lembrar que olhar pro alto faz a vida mais leve”, disse a fotógrafa Amanda Tinoco, ao justificar a imagem ao lado, feita no Nova Friburgo Country Clube. E nem precisava justificar. A chegada da primavera, no próximo dia 23, já é um bom motivo para alegrar o espírito e enxergar a vida com otimismo e outras cores.
Glaziou, o paisagista do imperador
Ele foi contratado pelo imperador Pedro II para cuidar dos parques e jardins públicos do Rio de Janeiro, enamorou-se pelo Brasil, conheceu diversos lugares, encantou-se com a flora tropical e deu uma fisionomia a Nova Friburgo, ao ser contratado pelo Barão de Nova Friburgo. A atual Praça Getúlio Vargas, o Parque São Clemente e as margens das avenidas Comte Bittencourt e Galdino do Valle têm a sua assinatura.
A praça, uma das maiores do Estado do Rio, tombada pelo patrimônio, está hoje desfigurada. Porém, seu projeto original, como na foto, realçava toda a sua amplitude, com largas alamedas e majestosos eucaliptos, dando a correta sensação de um local de livre trânsito com conforto e beleza. Os tempos trataram de modificá-la. Este era Auguste François Marie Glaziou, pioneiro do paisagismo brasileiro, pouco lembrado por nós.
Civilização das ‘magrelas’
Em Copenhague, a maioria da população não quer mais saber de automóvel. A capital dinamarquesa é reconhecida por sua cultura e infraestrutura ciclística, que a converteram em uma das cidades mais amigáveis do mundo com as bicicletas e com a qualidade do ambiente urbano. Hoje em dia, 52% da população usa todos os dias a bicicleta para ir estudar ou trabalhar, percentual que em 2025 pode chegar a 75%. Para atingir esta cifra, a cidade implementou várias medidas, como a restrição para a circulação de veículos no centro, a construção de pontes exclusivas para ciclistas e a ampliação da malha cicloviária, que já tem hoje 215 quilômetros de extensão.
Nova Friburgo, na década de 1950, possuía um grande número de bicicletas, usadas em sua maioria por trabalhadores das indústrias. As principais fábricas da cidade possuíam amplos bicicletários para a guarda das magrelas, que também eram utilizadas para o lazer da população. Hoje, o grande número de veículos afastou a bicicleta das ruas devido, principalmente, à ausência de ciclovias que pudessem dar mais segurança aos ciclistas do trânsito pesado nas ruas e avenidas.
Se houvesse um candidato que prometesse ciclovias na cidade, eu faria campanha para ele.
Bistrô d’Arte
Esta nova companhia de teatro surgiu da proposta de montagem de um espetáculo teatral, baseado na obra do russo Nikolai Gogol, "O Inspetor Geral”. É Daniela Santi, atriz e diretora, que diz: "Convoquei duas profissionais respeitadas para me acompanhar na direção musical e coreografias. A mim, diretora geral e adaptadora do texto, vieram somar seus talentos Tânia Noguchi e Adriana Xavier, as duas conhecidas do grande público por fazerem parte do grupo vocal ‘Tom sobre Tom’. Adriana é também professora de dança. Jovens atores, mesclados com outros mais experientes, formam a companhia. A história se passa na Rússia da época do czar, mas o tema é tão atual que parece que se passa nos nossos dias: a corrupção! Poder, intrigas, vaidades, safadeza são a tônica deste espetáculo que traz no elenco dez atores, que cantam e dançam para entreter e fazer o público pensar, sem deixar de se divertir. É prazeroso para mim, que já milito na área artística desde 1973, quando me formei em teatro na extinta Fefieg (RJ), ver alunos, que durante o ano aprenderam através da minha batuta, realizarem o sonho de levar à cena um trabalho digno, de cuidado e que acrescenta culturalmente valores cabíveis à nossa sociedade tão carente de alimento cultural. É a isso que se propõe a Cia. Bistrô d’Arte: dar alimento às almas necessitadas de arte, cultura e cidadania.”
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário