Mais um templo católico em Friburgo

sábado, 29 de setembro de 2018

Edição 29 e 30 de setembro de 1968

Manchetes:

  • Mais um templo católico em Friburgo - “A benção da pedra fundamental para a construção da Igreja de São Francisco de Assis, na Avenida Comte Bittencourt, dada pelo monsenhor Mário Talhaferro, na presença do bispo D. Clemente Isnard, prefeito Amâncio Azevedo, dona Laura Milheiros, presidente da Câmara de Vereadores e o padre Fernando Perzan”.
  • Agência Fluminense de Informações: O homem certo - “Sempre nos batemos pela entrega da A.F.I. (Associação Friburguense de Imprensa) aos autênticos homens da imprensa. Constantemente nos insurgíamos contra as nomeações de uma série de “paraquedistas” que tomavam conta do importante órgão de divulgação do governo para satisfação de apetites inconfessáveis. Invariavelmente sofríamos boicote total da moça, da gozadora que vivia cercada de muitos outros gozadores do falso jornalismo.
  • Assunto do dia: as repetidoras - “A população está confiante na promessa do prefeito Amâncio Azevedo, que garantiu solucionar o caso da melhor apreciação em Friburgo dos programas de televisão, agindo no sentido de definir o problema das repetidoras, na Caledônia, de acordo com os diretores de cada empresa. Como está não deve continuar, pois, praticamente, para os telespectadores, só uma funciona e mal. Todos asseguram que o caso depende de técnicos, pois que venham de qualquer parte os técnicos solucionar os problemas, que é o assunto do dia na cidade”.
  • O famoso cheque - Causou péssima impressão nas rodas musicais da cidade ter o vereador Américo Teixeira conseguido da Loteria do Estado a quantia de 2 mil cruzados novos para a banda Campesina, deixando a centenária Euterpe sem igual benefício. No governo Jânio Quadros, o ministro da Educação – Brígido Tinoco – obteve das verbas dos ministérios, 500 contos para a Euterpe. Sabendo do fato, diretores da Campesina se movimentaram e conseguiram a metade dos 500, recebendo cada uma 250. Todos ficaram satisfeitos. Os diretores da Euterpe não vão imitar os seus antigos colegas da Campesina, mas cabe ao vereador Américo Teixeira remedia o mal, arranjando igual 2 mil cruzeiros novos para a velha Euterpe, tão pobre como a sua irmã.
  • Carga pesada e a cidade: urgem medidas acauteladoras - “O problema da carga pesada nos centros das cidades, está sendo discutido por todas as classes interessadas no progresso dos centros urbanos, diante do que vem aí dentro de pouco tempo. A fábrica de cimento “Alvorada”, de Cantagalo, terá uma produção anual de 340 mil toneladas correspondendo a 6.800.000 sacos. O transporte de carga será exclusivamente rodoviário. E o tráfego diário de Friburgo será de 100 veículos pesados. Cálculo somente para escoamento da produção de uma fábrica, mais duas outras estarão muito em breve em funcionamento”.

Sociais

  • AVS registra os aniversários de: Renato Lopes, Odílio Quintaes (29); Anísia Barcelos, Luiz Humberto Azevedo (30); Lucy Ann Martinez (1); Admário Braune (2) e Helen de Almeida (3).

Colunas

  • Em “Nova Friburgo na Sociedade”, W. Robson assina “O Lado Avesso da Vida” - “O coração da bondade de J. Silvestre, que transbordante de magnitude bate semanalmente na TV Tupi, vem sendo ameaçado de transplante por alguns jornalistas cariocas. Querem para ele no mínimo um transplante de miocárdio, capaz de silenciá-lo, na sua súplica pelo amor ao próximo, no seu aceno de mãos aflitas a pedir ajuda. Muito embora defendamos intransigentemente, o sagrado direito da intolerância dos nossos colegas, não aceitamos e até abominamos as suas razões. Aos nossos olhos, o artista apresenta-se  como um homem equilibrado, inteligente, honesto, emotivo, humano, enfim, um autêntico gentleman a serviço dos necessitados e das filantrópicas obras sociais, que ante uma imperdoável omissão governamental, vivem tristemente de chapéu na mão”.
  • Em “Retalhos”, João Batista da Silva assina “O coração e outras coisas” -  “W Robson (o prezadíssimo Pedro Cúrio em sua delicada crônica ao JBS, abriu, não apenas o seu coração. Escancarou, também, os portões de sua alma e dos seus olhos. Cada um tem lugar predileto para leitura de jornal. Quase a maioria prefere aquele onde nos encontrávamos, em passar vista nos jornais da terra. A emoção foi de tal envergadura que a umidade do cantinho dos nossos olhos se foi aumentando... aumentando... E ao retomarmos o controle, estávamos frente ao espelho, conversando com a imagem e ao lhe contar o que Paulinho escrevera, perguntávamos com indisfarçável e justo orgulho: “Valeu ou não procurarmos ser o que sempre temos sido!” Obrigado, amigo Paulinho. Suas palavras chegam ao mais íntimo da nossa sensibilidade. Vamos, a exemplo de tantos outros distinguidos pela generosidade de sua pena, fazer desse um quadrinho precioso, que mostrará aos nosso filhos e a seus descendentes, parte da alma de um homem humilde e que fez da própria vida um desafio permanente”.

 

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Há 50 anos

Há 50 anos

Coluna que mostra o que foi notícia em A Voz da Serra 50 anos atrás.

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