Cadê o arroz?

Edição de 17 e 18 de setembro de 1966

• Nova carreira aumentista no que respeita aos gêneros de primeira necessidade. O pouco feijão que é encontrado já está sendo vendido pela casa de CR$ 1 mil (um mil cruzeiro) por quilo. Não obstante ter terminado recentemente a grande colheita de arroz sulriograndense, o artigo sumiu do comércio, dizendo-se que o Instituto do Arroz retém o produto, com financiamento do Banco do Brasil, vale dizer do governo, com o único intuito de forçar consecutivas majorações.
• Exatamente o contrário. Em nossa edição passada e nesta indicamos a relação dos candidatos a vereança do Movimento Democrático Brasileiro.
• Os bastidores da política friburguense. Por ter dito em pleno banquete em homenagem ao líder do governo federal que a Arena tinha duas alas, uma delas autêntica representante da corrupção, se não fosse a própria corrupção, o delegado do líder Raimundo Padilha, está sendo olhado pelo grupo que fez exame de consciência.
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• Álvaro em plena campanha. O industrial Álvaro de Almeida recebeu substanciais apoios políticos, em sua visita aos municípios de Cachoeiras de Macacu, Bom Jardim, Cordeiro e Cantagalo, ocorridas na semana que hoje finda.
• MDB regional escolhe candidatos. A convenção estadual do MDB acaba de escolher os seus candidatos aos parlamentos e que postulam votos para a eleição vindoura -- 15 de novembro próximo.
• Retrato de um Brasil abandonado. Inevitável a importação também de arroz e milho. Depois da importação de feijão e óleos comestíveis ocorrida recentemente só faltava acontecer o que círculos realmente categorizados estão a garantir: inevitável importação de arroz.
• Essa não! O governo estadual, por via do notável administrador, Heleno Nunes, secretário de energia elétrica, conforme vinha anunciando, autorizou um grande suprimento de força e luz à nossa cidade, fazendo injetar tanta energia oriunda de Furnas, quando for necessário ao regular e perfeito consumo de Friburgo.
• Companhia de eletricidade de Friburgo comunica que desde o dia 15 concorrente se encontra interligada por intermédio do sistema das Centrais Elétricas em caráter provisório ao sistema Rio Light, ficando desta maneira fazendo parte integrante do sistema Centro Sul do Brasil.
• Eleitor friburguense. Se você não está satisfeito empunhe a arma da democracia e vote nos candidatos do MDB. O partido que está combatendo o atual estado de coisas e tem por principal objetivo lutar pelas legítimas conquistas das classes humildes da nação.
• Abaixo a polaca. Acontece que somente parlamentares desfibrados e acocorados ao poder, votarão favoravelmente a uma nova constituição, com a vigência de atos institucionais permitidores de cassações de mandatos outorgados pelo povo.
• João Saldanha assina “O Amazonas que eu vi - VII”. O autor fala que o principal elo entre a capital e o interior é o transporte fluvial. Apenas 17 cidades estão ligadas entre si por via-aérea. As 27 restantes dependem do transporte fluvial.
• Em Sociais o poema “Se o tema fosse mulher”.
• AVS registra os aniversários de: Dona Edelvira Guinle (18); João Batista da Silva, Maria Nilda Kemp Miller (19); Paulo Sérgio Cúrio (20); Mário da Silva Miranda, Noêmia Bizzoto, Joel Namen (21); José Nunes Figueiredo (22); Hélio Madureira, Esmeralda Elisa Ferreira, Saint Clair Sette Pereira, Flávio Luiz Malheiros e Maria Herdy (24).
• Em Nova Friburgo na Sociedade, W. Robson assina “Pelo amor de Deus”. Fala da situação e aumento do número de moradores de rua na cidade.
• Em Retalhos, J.B da Silva diz que “a Igreja não desejou introduzir profanações em seus ritos sagrados, mas não pode postar-se indiferente ao desenvolvimento do mundo. O bispo D. Clemente está prestes a voltar para Roma. Palavras de conforto ao casal Emílio-Elvira pela perda de seu Emilinho”.
• Em “O que se faz e o que se diz por aí”, João Saldanha destaca: as estrelas das noites de sábado; as festas do Caledônia Montanha Clube; e “Pic Nic” é a nova sensação da noite friburguense.