Eu e minhas bolachas - Os LPs mais marcantes da minha coleção

sábado, 07 de novembro de 2015

Aproveitando que neste sábado, 7, ocorrerá em Nova Friburgo o 3º Encontro de Vinil, na Usina Cultural Energisa, das 11h às 20h, resolvi listar nesse texto os discos que considero mais importantes na minha coleção.

Descobri a paixão pelas bolachas quando encontrei a vitrola e os diversos discos do meu pai em ótimo estado na nossa casa, em 2008. No ano seguinte, descobri que havia lojas aqui que ainda comercializavam o formato, e desde então virei garimpeiro em sebos e lojas de música. Apesar de ainda não ter um acervo muito grande, como dos colecionadores mais assíduos, tenho uma quantidade de discos que considero legal, próxima dos 60.

Na minha estante tem muita música popular do Brasil e rock dos anos 1960 e 1970, além de algumas variações. Mas o que ataca meus sentimentos consumistas mesmo são os discos tropicalistas, uma vez que meu grande objetivo é completar a discografia do movimento.

Abaixo segue esse top 5 -- que na verdade é um top 7 -- com os discos mais marcantes desse acervo.

Clube da Esquina (1972) - Milton Nascimento e Lô Borges

Dispensa apresentações. Uma das obras máximas da música brasileira. Entra na lista porque foi o primeiro dos discos do meu pai que ouvi.

Em 2008, quando assistia a minissérie Queridos Amigos, vi o disco Clube da Esquina 2 ser citado em um dos episódios, e acabei me interessando pelo nome. Foi uma grande descoberta saber que havia um disco do grupo de mineiros na minha casa e este se tornou muito especial para mim, um dos discos que mais ouvi desde então.

Criaturas da Noite (1975) - O Terço

Entra na lista porque foi o primeiro disco que eu comprei. Antes desse LP, tudo que eu tinha ou havia sido do meu pai ou doação de amigos e conhecidos.

Esse disco é importante por ter sido comprado na minha primeira aventura em busca de LPs. Não fazia ideia do que iria encontrar nas lojas e me deparei com um dos meus discos favoritos, em uma época que ouvia muito rock progressivo nacional.

África Brasil (1976) e Estudando O Samba (1976)

Entram na lista por um motivo bem parecido com o de Criaturas da Noite (1975). Esses dois álbuns foram os primeiros discos 0 km que comprei, com vidro elétrico, sensor de ré etc.

Em 2009, com a reabertura da fábrica da Polysom no Brasil, vários clássicos e discos undergrounds voltaram a ser vendidos e, no meu aniversário de 19 anos, me presenteei com esses. Impecáveis, as edições foram feitas com muito esmero e ficaram lindas, superando em muito as originais.

Tropicália Ou Panis Et Circensis (1968) - Vários Artistas

A maior surpresa que já tive em uma loja de discos. Nunca mais vi nenhum outro exemplar desse álbum, nesse formato. Foi próximo ao meu aniversário de 17 anos, estava olhando os discos de uma prateleira que não tinha nada de muito importante e me deparo com aquela capa emblemática.

O disco estava em ótimo estado, vinil sem arranhões. Pela primeira vez pude ouvir Os Mutantes em vinil e também “Baby”, que é minha música favorita no formato. Dizem que dinheiro não compra a felicidade, mas... naquele dia paguei R$ 8 pela minha.

Gal Costa (1969) e Gal (1969) - Gal Costa

Os dois primeiros, e melhores LPs da Gal não podem faltar nessa lista. Além de serem álbuns essenciais da discografia da melhor cantora que o Brasil já teve, tenho uma história importante com cada uma dessas bolachas.

O primeiro, com uma foto da cantora bem jovem na capa, que contém “Não Identificado” e “Sebastiana”, é especial pra mim porque já passou pelas mãos da cantora. Em julho, quando Gal Costa se apresentou em Nova Friburgo, consegui que ela autografasse a capa do disco. Infelizmente tive que ir embora debaixo de uma bruta chuva que levou meu autógrafo (com dedicatória e tudo!) mas, pelo menos a foto ficou.

Há algum tempo, escrevi aqui na coluna algo sobre o segundo álbum da Gal que aproveito pra reiterar: esse é um dos melhores discos de rock nacional de todos os tempos. E durante um longo período procurei por esse álbum para comprá-lo. Podia ser em LP, CD, fita, o que fosse. E ele estava sempre fora de catálogo, esgotado ou caro demais. E, em agosto, no meu último aniversário, fui presenteado pela minha namorada com esse disco fantástico, em uma edição nova de 180 gramas - com a melhor qualidade de áudio. 

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