David Bowie morreram

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Foto de capa

Bowie era uma estrela. Brilhou como ninguém com muito glitter, roupas extravagantes e tinturas no cabelo. Soube trilhar a carreira no pop como poucos, se reinventando a cada disco, a cada penteado. Foi assim que, ao longo de seus mais de quarenta anos de carreira, o camaleão do rock, que faleceu no último dia 10, em decorrência de um câncer no fígado, chegou ao status de ícone, e se consagrou como um dos maiores nomes do rock inglês.

Nascido em Londres no ano de 1947 com o nome de David Robert Jones, Bowie completara 69 no último dia oito, dois dias antes de sua morte. Na data, lançou também seu último disco, "Blackstar", uma sombria despedida do músico, autor de clássicos como "Ziggy Stardust", "Rebel, Rebel" e "The Man Who Sold The World".

Para a coluna de hoje, separei quatro coisas relacionadas à obra de Bowie importantes de se conhecer. Confiram!

Três palmas e uma vaia

Três coisas boas relacionadas à obra de David Bowie e uma ruim

The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars (1972)
Clássico eternizado e o melhor e mais atraente disco de Bowie. Um dos mais famosos álbuns conceituais, a obra conta a história de Ziggy Stardust, um alienígena andrógino que que vem à Terra passar, em seus cinco últimos anos, uma mensagem de esperança e paz aos terráqueos. Aqui, Ziggy – o personagem mais conhecido de Bowie, criado através de sua influência por teatro kabuki e ficção científica -- se torna um rock star e se acaba nos excessos de sexo, drogas e, claro, rock n’ roll. O disco já valeria à pena só pelo som, um glam rock de primeira, com timbres lindos de guitarra e melodias marcantes.

Cinema
David Bowie também se destacou como ator em diversos filmes. Em 1976, ele protagonizou “O Homem Que Caiu Na Terra”, interpretando um extraterrestre. Foi um papel perfeito para o cantor, uma vez que alienígenas e temas espaciais sempre fizeram parte de seu imaginário e de sua carreira. Na década de 1980, participou do filme “Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída”, gravando a trilha sonora e também fazendo uma apresentação da música “Station to Station” no filme. Outros papéis memoráveis de Bowie foram o rei dos duendes Jareth em "Labirinto - A Magia do Tempo" (1986), Pôncio Pilatos em "A Última Tentação de Cristo" (1988), Andy Warhol em "Basquiat - Traços de Uma Vida" (1996) e Nikola Tesla em "O Grande Truque" (2006).

Seu Jorge
Em 2003, o cantor e compositor brasileiro Seu Jorge interpretou Pelé dos Santos, integrante do time de exploradores Team Zissou, no filme A Vida Marinha de Steve Zissou. O que isso tem a ver com Bowie? Pelé é violonista e passa seus tempos vagos no barco tocando versões em português das músicas de David Bowie. As canções viraram trilha sonora do filme na mão de Seu Jorge. Com roupagem bem MPB, são releituras muito bonitas da obra do camaleão. Destaque para as versões de "Ziggy Stardust" e "Rebel, Rebel".

Astronauta de mármore
Eis a vaia, mesmo a culpa não sendo do Bowie. A banda gaúcha Nenhum de Nós fez uma versão chatíssima de "Starman", um dos melhores hits de Bowie. No lugar da letra sobre o homem do espaço e do solo de guitarra simples, entrou uma chatíssima letra de autoajuda e timbres super datados. Essa não ganha aplauso.

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