Amargura

quarta-feira, 05 de setembro de 2018

Pinçado da Internet 

“A cultura de um povo é a sua identidade. Berço esplêndido - Sob as cinzas da memória dorme o BRASIL.”

Amargura

A semana começou amarga. Como cidadão brasileiro e ex-gestor de cultura, é impossível calar diante dos fatos.

O incêndio que destruiu o Museu Nacional ainda arde em cada brasileiro que ama a sua história e sabe da importância das referências em sua identidade.

Contemporâneos, o Museu Nacional e a cidade de Nova Friburgo têm origens que se esbarram, dialogam, algumas vezes se confundem.

São 200 anos transfigurados em cinzas. Borboletas que mereciam outro destino que não transformar-se em fuligem.

Registros

Estudantes do curso de Museologia da UniRio lançaram uma campanha para conseguir fotos que visitantes tiraram do Museu Nacional e do seu acervo.

Um grito para tentar preservar a memória do museu.

Imagens, vídeos e até selfies podem ser enviadas para os e-mails thg.museo@gmail.com; lusantosmuseo@gmail.com; e isabeladfrreitas@gmail.com.br.

A campanha ganhou as redes sociais e o apoio de instituições como o Museu do Louvre, o Museu de História Natural britânico e o laboratório peruano de experiências inovadoras em museologia Museofilia.

MAM – 70 anos

Para os amantes do audiovisual, foi aberta no último sábado, 1º, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a exposição “Galáxia (s) do cinema – máquinas, engrenagens, movimentos ou This trange little thing called love”,  com curadoria de Hernani Heffner.

Heffner é conservador audiovisual e curador assistente da Cinemateca do MAM.

A mostra faz parte das comemorações dos 70 anos do MAM Rio e pode ser vista até 18 de novembro.

Luto

Um dos precursores da boa mesa no Rio de Janeiro, na década de 1980, o chef José Hugo Celidônio morreu na noite de domingo, 2,  aos 86 anos.

Em 1980 Celidônio abriu o Club Gourmet, referência de gastronomia autoral e que ficou aberto por quase duas décadas.

José Hugo Celidônio era uma espécie de padrinho da Escola de Gastronomia da Ucam, a Universidade Candido Mendes em Nova Friburgo, onde esteve algumas vezes.

Zavarezzi

Ingrid Zavarezzi, ex-aluna do Colégio Anchieta, publicitária, dramaturga e roteirista, mestra e amiga querida, fechou com a Rede Record, em co-produção com a Vison Digital, uma nova série: “Estranho amor”, de sua autoria com a colaboração de outro mestre, Vitor Oliveira (colaborador de O Astro, I Love Paraisópolis e Jesus), e mais Inácio Ramos.

A história será centrada na chefe de uma delegacia de defesa da

mulher que tem um passado de sofrimento. 

Oportunidade

A Casa Firjan, em Botafogo, estenderá gratuidade no acesso ao casarão por todo este mês.

No local, a exposição “Transformação” apresenta a história da indústria e do empreendedorismo no Rio de Janeiro e no Brasil e seu poder de transformação ao longo dos anos, por meio de fotografias, painéis digitais, esculturas e atividades interativas.

Arte solidária

O Laje - Lar Abrigo Amor a Jesus - lançou uma coleção de camisetas com desenhos feitos pelos próprios idosos que vivem na instituição. A ação visa valorizá-los e também arrecadar fundos a serem empregados em benefício do Laje.

Quer ajudar? As peças podem ser adquiridas pelo site https://laje.org.br/principal.html

Em alta

O jovem músico Pedro Friedrich, filho dos amigos queridos Lydia e Reco, desponta na cidade cantando do blues ao rock.

Essa semana, Pedro invade a cena e faz shows hoje, 5, no Scavarda’s, amanhã, 6, e sexta-feira, 7, no Festival da Sustentabilidade; sábado, 8, na Agrofest e no Fri Jazz e Blues e, no domingo, 9, no Serra Folk.

Mais museu

O querido Danilo Santos de Miranda, ex–aluno do Colégio Anchieta e um dos nomes mais importantes da cultura brasileira, deixou sua mensagem que merece reflexão.

“O Brasil vive um momento medieval em que se questiona qual é o papel e a importância da arte e de seu patrimônio. Uma nação sem memória e história é uma nação incapaz de entender o presente e projetar um melhor futuro. Não podemos mais ignorar que cultura é educação e que a herança que deixamos é o simbólico que construímos.”

Desce o pano

“Apagaram tudo. Pintaram tudo de cinza.”

Foto da galeria
O jovem músico Pedro Friedrich, ocupando a cena em variados eventos musicais, do blues ao rock
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David Massena

David Massena

David estreou nas colunas sociais ainda na década de 70. É jornalista, cerimonialista, bacharel em Direito, escritor e roteirista. Já foi ator, bailarino, e tantas coisas mais, que se tornou um atento observador e, às vezes, crítico das coisas do mundo.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.