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O friburguense Roberto Farias
Uma singela homenagem ao ilustre friburguense Roberto Farias, um dos cineastas mais relevantes do cinema nacional.
Desde a infância, Roberto é apaixonado por cinema e sua carreira começou nos lendários estúdios da Atlântida Cinematográfica, fundada em 1941 no Rio de Janeiro, onde foi assistente de direção em diversos filmes até estrear na direção de "Rico Ri à Toa" (1957), comédia com o ator Zé Trindade. Em pouco tempo, tornou-se um nome admirado no mercado cinematográfico. Deste modo, Nova Friburgo se estabelecia como celeiro de cineastas.
A consolidação no mundo do cinema veio com o filme "O Assalto ao Trem Pagador" (1962), sua obra-prima, e, posteriormente, consegue ser versátil em suas criações ao fazer uma trilogia de aventura com o cantor Roberto Carlos, ídolo pop da Jovem Guarda. Assim surgiram "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura" (1968), "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa" (1970) e "Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora" (1971).
Não tardou que o Brasil se tornasse pequeno para Roberto. O filme "Pra Frente, Brasil" (1982) foi ousado e ganhou prêmios no Festival de Berlim (Alemanha). Seu último longa-metragem foi o sucesso de bilheteria "Os Trapalhões no Auto da Compadecida" (1986). Desde então tem se dedicado à televisão, dirigiu séries televisivas como "As Noivas de Copacabana" (1992) e "Memorial de Maria Moura" (1994), na TV Globo.
O cineasta sempre trabalhou intensamente pelo cinema em outras esferas, se tornou o primeiro cineasta a ser nomeado diretor geral da Embrafilme e sua gestão coincide com um dos períodos de maior público de filme nacional em relação ao produto estrangeiro; fundou em 1965 a Difilme, distribuidora do Cinema Novo; presidiu o Sindicato Nacional da Indústria Cinematográfica; Hoje, o querido friburguense ocupa a cadeira de Diretor Presidente da Academia Brasileira de Cinema.
Em toda a sua carreira, Roberto foi assistente, montador, roteirista, produtor, distribuidor e diretor, segue em plena atividade e relevância, não deixa apagar a chama que mantém o cinema nacional vivo e produtivo.
Fragmentado (Split)
2017 - 1h 57min – EUA
Roteiro e Direção: M. Night Shyamalan
Elenco: James McAvoy, Betty Buckley, Anya Taylor-Joy, Haley Lu Richardson, Jessica Sula
Classificação Indicativa: 14 anos
Fragmentado é um thriller psicológico sobre um homem com 23 personalidades, mas que pode ter uma 24ª e ela é extremamente perigosa. M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido) escreve e dirige mais um filme com eficiência no terror e humor, com sutis reviravoltas. Pode parecer uma trama sobre garotas tentando escapar de um homem perigoso, mas não é, tem muito mais do que aparenta. O ator James McAvoy é o melhor do filme, sua atuação
surpreende e sustenta o roteiro. Detalhe, assista os créditos finais ;)
Power Rangers
2017 – 2h 4min - EUA
Direção: Dean Israelite
Elenco: Dacre Montgomery, Naomi Scott, Ludi Lin, Becky G, RJ Cyler, Elizabeth Banks e Bryan Cranston.
Classificação Indicativa: 12 anos
Go Go Power Rangers! O grande sucesso da TV dos anos 90 está de volta aos cinemas e a terceira adaptação aposta na nostalgia para obter sucesso. O filme aborda os temas da autodescoberta, insegurança e amadurecimento de cinco adolescentes, justificativa despretensiosa para pessoas herdarem habilidades super-humanas. O roteiro se dedica mais ao desenvolvimento dos adolescentes do que aos Rangers em ação. Os icônicos trajes colantes coloridos são deixados de lado e transformados em plásticos rígidos sem graça.
Logan
2017 - 2h 17min – EUA
Diretor: James Mangold
Classificação Indicativa: 16 anos
Logan, o terceiro filme solo do super-herói mutante se afasta do formato dos Estúdios Marvel e mostra que é possível ter uma história madura com ótimas interpretações. Logan (Hugh Jackman) está envelhecido e debilitado, não tem mais seu poder de cura como antes e compraremédios de maneira ilegal para o Professor Charles Xavier (Patrick Stewart), um dia a mente mais poderosa do mundo, que hoje sofre de um mal degenerativo. Eles precisam impedir que a enigmática Laura (Dafne Keen) caia nas mãos de um grupo paramilitar liderado por Donald Price (Boyd Holbrook).
A Bela e a Fera (Beauty and the Beast)
2017 - 2h 9min – EUA
Diretor: Bill Condon
A Bela e a Fera, de 1991, encantou o mundo, sendo a primeira animação indicada à categoria de melhor filme em um Oscar. Já a versão live-action peca, justamente, em se prender às referências do original, embora acrescente 45 minutos, dando mais consistência aos personagens. A escolha do elenco é primorosa, muito bem protagonizado por Emma Watson e sua Belle moderna, mas o visual do filme deixa a desejar. A representação da Fera lamentavelmente não causa o impacto esperado. Está para agradar os fãs da animação, nada mais.
Kong: A Ilha da Caveira (Kong: Skull Island)
2017 - 1h 58min – EUA
Diretor: Jordan Vogt-Roberts
Classificação Indicativa: 14 anos
Kong ainda não é rei e o filme parece apenas preparar o terreno para o esperado embate com Godzilla em 2020, na medida em que se distancia do que conhecemos da franquia e se apega aos acúmulos de referências à cultura pop, limitando a construção da dramaturgia. No elenco de peso estão Tom Hiddleston, Brie Larson e Samuel L. Jackson, mas seus personagens não se desenvolvem o suficiente para criar empatia. A figura de Kong foi criada a partir de efeitos visuais com ajuda do ator Toby Kebbell, em captura de movimento facial.
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