2001: Uma Odisseia no Espaço em película 70mm

Em maio será relançado nos cinemas o filme 2001: Uma Odisséia no Espaço para celebrar seu 50º aniversário, sem dúvida uma obra-prima atemporal de ficção científica de Stanley Kubrick. Teremos o privilégio de assistir em toda sua glória no formato original película 70mm, sem truques digitais, efeitos remasterizados ou revisões. A impressão está sendo tirada do negativo da câmera original, significa que o público verá o filme da mesma maneira de 1968.

A Warner Bros. escolheu o Festival de Cannes para marcar o início das festividades que rodará o mundo, e em seu comunicado oficial disse: “Pela primeira vez desde o lançamento original, a nova impressão de 70mm foi copiada a partir do negativo original da câmera. Esta é uma verdadeira recriação de filme fotoquímico”. Ainda sobre a apresentação de Cannes, o cineasta Christopher Nolan foi convidado para apresentar a exibição e fazer uma masterclass. A esposa do cineasta, Christiane, também estará presente na exibição, mencionou no lançamento das festividades estar muito feliz com reedição em 70mm, e que Cannes escolheu honrá-la. Disse a esposa de Kubrick: Se Stanley estivesse vivo hoje, saberíamos que ele admiraria os filmes de Christopher Nolan. E assim, em nome da família de Stanley, gostaria de agradecer pessoalmente a Christopher por apoiar seu filme.

Uma das curiosidades do filme foi a escolha da trilha sonora, muitos dizem que Kubrick não estava interessado em gastar dinheiro com música original e por isso escolheu músicas clássicas. Escolha que ressignificou as músicas escolhidas para o grande pública, ao ponto de ter presenciado espectadores que acreditavam que eram frutos da era moderna e feitas para o filme; principalmente Also Sprach Zarathustra escrita por Richard Strauss, interpretada por The Vienna Philharmonic Orchestra, uma das músicas com a abertura mais poderosa que a era clássica da música produziu. As outras músicas são Requiem For Soprano, Mezzo-Soporano, 2 Mixed Choirs & Orchestra, escrita por György Ligeti e interpretada por Bavarian Radio Orchestra e Bavarian Radio Choir; Lux Aeterna, escrita por György Ligeti e interpretada por Schola Cantorum Stuttgart; Atmospheres, Escrita por György Ligeti; Adventures, escrita por György Ligeti e interpretada por The International Chamber Ensemble Darmstadt; The Blue Danube, escrita por Johann Strauß e interpretada por Berlin Philharmonic Orchestra; Gayane Ballet Suite, escrita por Aram Khachaturyan e interpretada por The Leningrad Philharmonic Orchestra.

A história do filme começa há quatro milhões de anos quando um misterioso objeto negro aparece na Terra causando caos naqueles que lá viviam. Já na era moderna, após aparecer misteriosamente no terreno lunar e ser investigado por especialistas, a conclusão é de que o objeto pode ser a chave para a descoberta de uma nova civilização fora do planeta. No século XXI, uma experiente tripulação, liderada por David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood), é enviada ao planeta Júpiter para investigar a origem do misterioso objeto, viajando a bordo da nave espacial Discovery, controlada pelo computador mais perfeito do mundo, o Hall 9000 (voz de Douglas Rain).