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Varejo avança
Varejo avança
Após dois anos seguidos de retrações significativas, o pior momento para o comércio varejista pode ter ficado para trás. A queda dos juros, a reação no crédito que ocorreu em junho, somadas ao recuo nos preços dos produtos, devem funcionar como uma alavanca nas vendas dos próximos meses. A queda no volume de vendas acumuladas até maio deve se estabilizar na virada do ano e a perspectiva é que os negócios voltem a crescer a partir do segundo semestre, concordam economistas.
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Ainda que as projeções de avanço real no volume de vendas para este ano sejam modestas – em torno de 1% para o varejo restrito e de 2% para o ampliado, que inclui materiais de construção e carros – é uma boa notícia após o tombo de quase 11% nas vendas em dois anos. “O varejo vai virar o jogo a partir de julho, agosto”, prevê o economista da Confederação Nacional do Comércio, Fabio Bentes.
Recuperação fraca
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quinta-feira que a economia brasileira ainda está fraca, apesar de em recuperação, com elementos que ainda precisam se fortalecer, como o emprego, e estimou crescimento em 2018 por volta de 2%. "O que estamos observando é recuperação do crescimento de forma gradual", afirmou Ilan. "Portanto, se continuar recuperando, a taxa de crescimento do ano que vem é mais para 2%, até mais alta", acrescentou.
Segundo Ilan, esse cenário ajuda na condução da atual política monetária.
Frete pressiona
O pessimismo com relação à economia diminuiu entre as empresas do setor de transporte rodoviário de cargas, mas a perspectiva geral é de que o preço do frete seguirá pressionado no segundo semestre, segundo pesquisa realizada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística) em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
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Quando perguntadas sobre o seu desempenho financeiro, 23% das empresas consultadas afirmaram que a situação está melhor do que antes, 15% informaram estabilidade e 62% atestaram piora. Na pesquisa anterior, divulgada em janeiro, 6% disseram que a situação estava melhor, 12% apontaram estabilidade e 82% consideraram estar em uma situação financeira pior.
Carne exporta mais
As exportações de carne bovina do Brasil em julho atingiram 129 mil toneladas, aumento de 22,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, com crescimento importante de compras de Hong Kong, China e Egito, informou a Abiec, associação que representa os exportadores. Em valores, as exportações do país avançaram 31% em julho, para US$ 540 milhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Medo do desemprego
Os brasileiros continuam com muito medo de serem afetados pelo desemprego e com baixa satisfação com a vida, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice do medo do desemprego subiu para 66,1 pontos em julho deste ano. O valor é 1,8 ponto superior ao registrado em março e está 17,3 pontos acima da média histórica que é de 48,8 pontos. Em comparação com junho de 2016, o índice caiu 1,8 ponto.
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Os dados são da pesquisa Índices de Medo do Desemprego e Satisfação com a Vida. Segundo a CNI, com o agravamento da crise política entre março e julho, pioraram as expectativas da população sobre o desempenho da economia; e a percepção é que a recuperação vai demorar ainda mais. "Os brasileiros continuam com muito medo de serem afetados pelo desemprego", informou a entidade.
Aposentadoria
Um terço dos funcionários públicos do Brasil já completou 50 anos. Na prática, isso significa que são quase 2 milhões de servidores cinquentões, entre os 6,2 milhões de funcionários públicos do Brasil com cargos estáveis na União, nos Estados e nos municípios. Esse grupo, com direito à aposentadoria nos regimes de Previdência pública, vai atingir a idade mínima necessária para deixar a ativa ao longo da próxima década, causando enorme pressão sobre os gastos.
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Os dados constam de uma nota técnica do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O pesquisador Claudio Hamilton dos Santos, coordenador do estudo, faz um alerta. Como a concentração de gastos com novos aposentados vai ocorrer num momento de colapso fiscal, haverá uma enorme restrição financeira para repor o efetivo.
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