Um mal a ser combatido

sábado, 21 de janeiro de 2017

Fábula

Pavor Os romanos fizeram dele uma divindade (Dicionário da Fábula – Ed.Garnier – Paris).

Linha do Tempo

Artigo I: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

Artigo II: Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Um mal a ser combatido

Com o crescimento da diversidade religiosa no Brasil gerou-se o aumento do preconceito religioso, tendo sido criado até mesmo o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro), sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva. A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um estado laico. A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, sendo a prática religiosa geralmente livre no país.

Ao longo da historia nos deparamos com muitos casos de intolerância religiosa, principalmente em territórios onde a religião possuía uma posição de poder. Na idade média os judeus foram perseguidos e descriminados pela doutrina da Igreja Católica da época, a qual dizia que os judeus eram coletiva e permanentemente responsáveis pela morte de Jesus Cristo. Também podemos lembrar o Holocausto, onde cerca seis milhões de judeus foram assassinados, no século passado.

Na atualidade, ainda há muitas perseguições religiosas pelo mundo, principalmente em países como o Iraque, a China, o Paquistão e a Arábia Saudita. No Brasil, as coisas são diferentes, a Constituição Federal de 1988, define o Brasil como um país laico assegurando, também, o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção dos locais de culto. Além disso a lei 7.716 de 1989, considera crime a prática de descriminação religiosa.

Entretanto, a discriminação continua muito intensa, religiões agem como se fossem adversárias. Os cultos afro-brasileiros, por se aproximarem do folclore são vistos como bruxarias, a Maçonaria, por possuir cultos secretos, é relacionada com o diabo, evangélicos também sofrem com deboches por suas crenças. Mas os ateus são os que mais sofrem com isso, pelo fato de não acreditarem em seres sobrenaturais, são vistos por diversos integrantes de todas as religiões como criminosos ou pessoas que só fazem mal aos outros.

Grande parte das pessoas que sofrem com a discriminação religiosa também as comete, de forma a tentar aliviar o preconceito sofrido, poucos entendem que esse ato só agrava esse problema. Infelizmente os casos de condenação por discriminação religiosa são escassos — já está mais que na hora da Justiça ser mais rigorosa a respeito deste tipo de questão.

Islamismo

Insultos, cusparadas, pedradas e ameaças de morte são algumas das denúncias de agressões contra muçulmanos no Rio de Janeiro nos últimos tempos. Depois dos adeptos das religiões de matriz africana, os seguidores do islã são os que mais sofrem com a intolerância religiosa no estado, segundo o Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos e Assistência Social. Os números destoam dos demais estados do Brasil. Apenas cinco denúncias de Islamofobia foram feitas ao Disque 100. As mulheres, mais facilmente identificadas nas ruas pelo uso do véu, são as principais vítimas de violência.

Candomblé e Umbanda – qual a diferença?

Essas duas religiões são significativamente diferentes em suas características essenciais e o único fato que têm em comum é a adoção de elementos da cultura religiosa afro-brasileira e cristã.

As diferenças em linhas gerais:

As entidades cultuadas – apesar de partilharem alguns orixás, o candomblé e a umbanda se diferem bastante. Os procedimentos, rituais e cantos praticados no culto de cada religião são diferentes, raros são aqueles que coincidem.

Os elementos culturais que compõem o sincretismo:

Apesar das duas religiões utilizarem o sincretismo religioso, elas o fazem de maneira diferente.

O uso das forças metafísicas acionadas também se diferem.

São muitas outras as diferenças entre o candomblé e a umbanda, mas o importante é que ambas são religiões sagradas, do bem, e que buscam a elevação espiritual de seus praticantes.

Como denunciar crime de ódio:

Ao denunciar um crime resultante de preconceito e discriminação, a vítima (ou qualquer outro denunciante) deve assegurar que o caso seja tratado com a devida atenção e que haja a realização de um boletim de ocorrência. Em casos de agressão física a vítima não deve trocar de roupa, lavar-se ou limpar os possíveis ferimentos, já que tais atos deslegitimariam as provas da agressão.

Nos casos de agressão física a realização de um exame de corpo de delito é indispensável. 
É muito importante procurar ajuda das testemunhas e se assegurar de que estas possam testemunhar o acontecido em futuras lutas judiciais.

Quando o crime de ódio acontece através de danos à propriedade, desrespeito a símbolos, roupas típicas etc, é essencial deixar o local da mesma forma como ele foi encontrado após o crime. Dessa maneira, facilita-se e legítima-se a investigação das autoridades competentes.Toda delegacia tem o dever de averiguar crimes de ódio.

Fontes: Wikipédia, agenciabrasil.ebc.gov, brasilsociologia.blogspot.com.br, wemystic.com.br, guiadosdireitos.org

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