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S.O.S. Correios
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O governo não tem recursos e não fará injeção financeira nos Correios, disse na terça-feira, 28, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab. Para ele, a solução para a companhia é cortar ainda mais despesas, além daquelas que já foram reduzidas. “O governo não tem recursos. Não haverá injeção de verba do governo nos Correios. Isso é uma definição de governo, que conta com nosso apoio. Ou rapidamente os Correios cortam gastos, além daqueles que foram feitos, ou devemos continuar cortando ainda mais. Não há saída, senão vamos rumar para a privatização”, disse Kassab.
Vendas fracas
As vendas do setor supermercadista caíram 0,07% nos dois primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, isto mostra uma estabilidade do indicador.
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Em fevereiro, a queda real nas vendas (descontada a inflação) foi de 1,93% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2016, houve alta de 4,56%. No acumulado de 12 meses, a Abras registra crescimento de 5,02%.“Isso mostra uma estabilidade, considerando que, em 2016, fevereiro teve 29 dias e, neste, 28. Podemos dizer que estamos praticamente estáveis, estagnados, andando de lado, mas não caindo mais. Estamos no porão do poço, e não deve ter mais subsolo aí”, comparou Sanzovo.
Muitos endividados
O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso chegou a 23,7% este mês, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A taxa é superior aos 23% de fevereiro e aos 23,5% de março de 2016. As famílias que não terão condições de pagar as contas também aumentaram, chegando a 9,9%. Em fevereiro, eram 9,8% e, em março do ano passado, 8,3%.
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A maior parte das dívidas (76,6%) é de cartão de crédito. Também são fontes importantes de dívidas os carnês (15,1%), financiamentos de carro (10,2%), crédito pessoal (9,7%) e financiamento de casa (8,3%).
Confiança em alta
O Índice de Confiança da Indústria subiu 2,9 pontos este mês ante fevereiro, alcançando 90,7 pontos, após cair 1,2 pontos no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas. Com o resultado, a média do primeiro trimestre fecha em 89,2 pontos, 3,5 pontos acima do trimestre anterior.
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A alta na confiança industrial ocorreu em 17 dos 19 segmentos pesquisados e, segundo a Fundação, se espalhou por todos os quesitos do levantamento. Houve avanço tanto nas expectativas dos empresários quanto no indicador que mede a situação atual. O Índice de Expectativas avançou 3,8 pontos, para 93,1 pontos, o maior nível desde abril de 2014 (96,9 pontos) e o Índice da Situação Atual subiu 2,1 pontos, para 88,5 pontos, o maior desde janeiro de 2015 (89,1 pontos).
Temer já admite negociar
O presidente Michel Temer disse ontem, 29, que questões como a dos trabalhadores rurais e de pessoas com deficiência podem ainda ser negociadas para a aprovação da reforma da Previdência. Em discurso na abertura da 10ª conferência do Bank of América Merrill Lynch, em São Paulo, ele afirmou que se a reforma não for feita agora, terá de ser feita daqui a três anos. Caso contrário, acrescentou, “em sete anos paralisamos o Brasil”.
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“Precisamos aproveitar este momento de apoio do Congresso Nacional para fazer essa reforma. Ela não prejudicará ninguém. A questão dos trabalhadores rurais e dos deficientes eu compreendo, e nós podemos ainda negociar, de modo a aprovar a reforma”, disse o presidente da República.
Lei da radiofusão
O presidente Michel Temer vetou o parágrafo da Lei de Revisão do Marco Regulatório da Radiodifusão que proibia parlamentares de exercerem a função de diretor ou gerente de "concessionária ou permissionária" de serviço de radiodifusão. De acordo com a Casa Civil, essa proibição já consta na Lei de Radiodifusão que inclui ainda as rádios "autorizativas". Segundo o governo, a norma já permitiu a abertura de processos contra parlamentares proprietários de emissoras. Caso fosse sancionada sem este veto, o marco abriria uma brecha de forma a permitir que as chamadas rádios "autorizativas" - caso das comunitárias - fossem comandadas por parlamentares. Defendido por diversas entidades do setor de radiodifusão, o marco regulatório foi criado com o objetivo de simplificar os processos de renovação e transferência de outorgas das emissoras de rádio e TV.
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