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Sem dinheiro
Sem dinheiro
Em meio à grave crise fiscal, os governos estaduais já preveem dificuldades para pagar o 13º e o restante dos salários dos servidores públicos até o fim do ano. Os estados evitam admitir oficialmente que não há caixa, mas pelo menos sete de 24 deles reconhecem que não há definição de como e quando o 13º será depositado na conta de dois milhões de servidores. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal, Sergipe e Roraima não teriam, hoje, os recursos para honrar o compromisso, segundo os secretários de Fazenda.
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O governo do Estado do Rio, que tem uma das situações mais difíceis e quer ajuda da União, diz que está estudando alternativas. Mas fontes afirmam que não há recursos suficientes para quitar sequer a folha de outubro, mesmo se o governo não pagasse mais nada fora despesa de pessoal. Caso o governo atrase o 13º, cerca de 470 mil servidores ativos, inativos e pensionistas podem ser afetados.
Planos de saúde
A saída de aproximadamente dois milhões de usuários dos planos de saúde, em função da recessão e desemprego, descongestionou vários serviços e fez com que os consumidores passassem a avaliar um pouco melhor seus planos de saúde e a apontar menos problemas. Em relação a 2015, o número de pessoas que dizem não ter tido problemas com seus planos aumentou de 36,6% para 42,9% e a nota do setor subiu de 6,67 para 7. Mesmo assim, se fosse fácil e descomplicado, 72,9% mudariam de operadora. Desses, 81% gostariam de ter um preço mais baixo e 19% um serviço melhor. Pelo menos 20,7% dos entrevistados reclamam da demora ou burocracia para agendar consultas. Essas são algumas das conclusões do novo estudo Planos de Saúde 2016, da CVA Solutions, que entrevistou 7.090 usuários.
Lojas fechadas
De janeiro a julho, 2.376 estabelecimentos comerciais fecharam as portas na capital fluminense. Esse número se eleva para 6.080 no estado em razão da crise, informou o presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), Aldo Gonçalves. Segundo ele, em situações de crise, o comércio “está na linha de frente. É o primeiro a sentir os efeitos da retração da economia. As pessoas sem trabalho não podem comprar, não podem consumir”.
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Em todo o estado do Rio, a extinção de 6.080 empresas superou em 18,8% o resultado registrado em igual período de 2015. Somente em julho, 793 lojas encerraram atividades na capital fluminense, com crescimento de 102% em relação ao mesmo mês de 2015. Dessas, a maior parte (278) ocorreu na zona norte, seguida de 224 na zona oeste, 150 na zona sul e 141 no centro.
Caixa abre mais cedo
Os clientes e correntistas da Caixa prejudicados pela greve dos bancários ganharam tempo extra para acertar as contas com o banco. As agências da Caixa abrirão uma hora mais cedo nesta terça-feira, 11, para agilizar o atendimento. Em Nova Friburgo, a abertura será às 10h.
Food truck
Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados quer estabelecer normas gerais para o funcionamento de foodtrucks. A proposta visa a especificar o que são os foodtrucks, foodbikes e food trailer e determinar com que frequência esses estabelecimentos podem parar em uma determinada rua. A ideia é também estabelecer uma distância mínima entre essas lanchonetes móveis e os comércios fixos de alimentação. O projeto também determina o que deve ser regulamentado por estados e municípios.
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Quanto à legislação sanitária, esses estabelecimentos precisam seguir as mesmas regras cobradas de restaurantes e lanchonetes fixos, porém estados e municípios podem criar normas complementares para o comércio móvel de comida.
Empreendedor afro-brasileiro
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está de olho em uma parcela de empreendedores que cresceu muito nos últimos anos: os donos de negócio afro-brasileiros. Afinal, a maioria dos empreendedores brasileiros é negra — e o país tem muito a ganhar se investir mais nessa parcela de empresários. Entre 2003 e 2013, o número de negros à frente de empresas no Brasil cresceu 27%. Nesse mesmo período, o número de brancos que possuem uma empresa teve uma redução de 2%, segundo o Sebrae.
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Mesmo assim, os empreendedores afrodescendentes enfrentam barreiras adicionais na hora de abrir uma empresa. Por exemplo: só 9% dos pretos e pardos que são donos de negócio conseguem contratar funcionários — enquanto 22% dos empreendedores brancos são empregadores. O menor grau de desenvolvimento das empresas reflete também em menos dinheiro na conta: em 2013, o rendimento médio mensal dos empreendedores pretos e pardos foi de R$ 1.246, contra R$ 2.627 entre os brancos.
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