Saques maiores

quarta-feira, 08 de junho de 2016

Saques maiores

O Banco Central informou que os brasileiros retiraram R$ 6,591 bilhões a mais do que depositaram na poupança em maio. Foi o pior resultado para o mês desde o início da série histórica do BC, em 1995. De janeiro a maio, a caderneta acumula captação negativa (mais retiradas que depósitos) de R$ 38,888 bilhões. O saldo negativo supera o registrado nos primeiros cinco meses do ano passado. No período, a poupança dos brasileiros estava negativa em R$ 32,280 bilhões. Em maio, os saques da poupança somaram R$ 167,522 bilhões, superando os depósitos, que ficaram em R$ 160,93 bilhões.  Desde janeiro do ano passado, a poupança registra retirada expressiva de recursos. Com a alta dos juros, outras aplicações têm se tornado mais atrativas e, a poupança, além disso, perdeu rentabilidade ante a inflação.

Cesta básica aumenta

O valor do conjunto de produtos da cesta básica subiu em maio em 17 das 27 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) faz a Pesquisa Nacional da cesta básica de alimentos. As maiores altas foram constatadas em Porto Alegre (3,87%), Curitiba (3,46%) e Brasília (3,25%). Já as quedas mais significativas ocorreram em Florianópolis (-4,09%), Fortaleza (-2,60%) e Rio Branco (-2,49%). A cesta mais cara foi encontrada em São Paulo, onde os consumidores tiveram de desembolsar R$ 449,70 para comprar os alimentos. No acumulado do ano, de janeiro a maio, ocorreu queda apenas em Florianópolis (-0,81%).

Varejo cai 0,50%

A piora do emprego e a restrição ao crédito inibiram a ida de consumidores brasileiros ao comércio varejista em maio, considerado mês importante para o setor devido ao Dia das Mães. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas caiu 0,5% em maio em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal. Na comparação com maio de 2015, sem ajuste, a atividade varejista teve queda de 8,3%. Em relação aos cinco primeiros meses de 2015, houve declínio de 8,7% este ano. Praticamente todos os segmentos do comércio apresentaram retração em maio ante a abril, com exceção do setor de combustíveis e lubrificantes, que teve alta de 0,6%. A atividade de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas registrou queda de 0,9%; o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática cedeu 1,3%; o de veículos, motos e peças caiu 0,7%; o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios teve retração de 0,3%; e o de material de construção, de -0,8%.

IBGE recruta 7.500

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu processo seletivo para a contratação temporária de 7.500 agentes de pesquisas e mapeamento para atuar em 550 municípios distribuídos nos 26 estados e no Distrito Federal em pesquisas econômicas e sociodemográficas. O candidato deve ter ensino médio. No site do "Diário Oficial da União" é possível ver o edital. A remuneração é de R$ 1.250, mais auxílio-alimentação, auxílio-transporte, férias e 13º salário proporcionais.  A jornada de trabalho será de 40 horas semanais, sendo oito horas diárias. As inscrições começam no próximo dia 21 e irão até 19 de julho pelo site www.cesgranrio.org.br.  A taxa de inscrição é de R$ 30.

Passes de jogadores aumentam

Mesmo com a alta do dólar frente ao real, os clubes de futebol ampliaram a compra de passes de jogadores estrangeiros. No primeiro quadrimestre do ano, segundo dados do Banco Central, US$ 27 milhões ingressaram no país em decorrência dessas negociações, cifra 77,8% maior que o registrado em igual período do ano passado. O dólar mais alto, que poderia ser uma barreira para os clubes, parece não ter pesado na estratégia desses times para a temporada 2016. O valor gasto com estrangeiros nos quatro primeiros meses é o maior desde 2013, quando foi desembolsado US$ 34,2 milhões. Apesar desse avanço expressivo na compra de passes de atletas de fora do país, o Brasil ainda mantém a tradição de revelar e exportar jogadores de futebol.

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De janeiro a abril de 2016, US$ 90 milhões ingressaram no Brasil em decorrência da venda de direitos , 5% mais que o registrado em igual período do ano passado. Dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mostram esse caráter exportador do Brasil. No ano passado, 1.215 jogadores deixaram o país, sendo que apenas 99 dessas transferências envolviam valores. O ingresso de atletas, em contrapartida, foi bem menor, 653 no período, com 15 transações envolvendo dinheiro.

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