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Remédios mais caros
Remédios mais caros
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos publicou no Diário Oficial da União resolução autorizando o reajuste dos preços dos remédios até 12,5%. A medida atinge mais de nove mil medicamentos em todo o país e está vigorando desde sexta-feira, 1º. O reajuste nos preços teve por base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 9 de março passado, que acumula variação de 10,36% entre março de 2015 e fevereiro de 2016. As farmácias e drogarias deverão manter à disposição dos consumidores e dos órgãos de defesa do consumidor as listas dos preços de medicamentos atualizadas, informa a resolução.
Consumo de luz caiu
O consumo de energia elétrica no Brasil totalizou em fevereiro deste ano 38.495 gigawatts/hora uma queda de 5,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Mais uma vez, a redução foi puxada pela demanda do setor industrial, que caiu 7,2% no período. Os dados fazem parte da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do governo responsável pelo planejamento energético do país. A queda de fevereiro foi generalizada, atingindo todas as classes e subsistemas. A maior retração foi na Região Nordeste, recuando 11,5%. Em seguida, vêm as regiões Sudeste (-8,5%) e Sul (-7,4%), também com recuo superior à taxa global do setor.
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Ao justificar a queda, a EPE citou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, apontando que foram fechados 26.187 empregos formais em fevereiro deste ano somente na indústria de transformação. Cita ainda a Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou redução de 13,8% no ritmo produtivo em janeiro, na comparação anual.
Lucro em queda
O lucro líquido das empresas de capital aberto do Brasil caiu 87,2% em 2015, puxado principalmente por Vale, Petrobras e a Eletrobras, segundo estudo divulgado na última quinta-feira, 31 de março, pela consultoria Economática. Excluindo Petrobras, Vale e Eletrobras, os lucros das companhias ano passado chegaram a R$ 107,4 bilhões, o que representa uma queda de 19,5% em relação a 2014, quando o lucro foi de R$ 133,5 bilhões. Dos 24 setores listados, dez tiveram prejuízo em 2015. O prejuízo acumulado de Vale, Petrobras e Eletrobras em 2015 foi de R$ 93,4 bilhões, quase quatro vezes mais que as perdas de 2014, de R$ 23,6 bilhões. Apesar da crise, o setor bancário, composto por 25 instituições, aumentou seu lucro em 28,3%, dos R$ 54,9 bilhões em 2014 para R$ 70,5 bilhões em 2015.
Dólar cai
O dólar fechou em queda na quinta-feira, 31 de março, abaixo de R$ 3,60 e marcou seu maior recuo mensal em 13 anos. A cotação tem sido movida por crescentes apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff e em meio à nova atuação do Banco Central no mercado de câmbio, fatores que devem continuar ditando a direção do dólar daqui para a frente. A moeda americana acumulou queda de 10,17% em março, maior tombo desde abril de 2003, quando recuou mais de 13%. No primeiro trimestre, a baixa ficou em 8,91%.
Bovespa sobe
O principal índice da Bovespa fechou em queda de 2,58% no último dia de março, a 49.927 pontos, mas isso não impediu que o terceiro mês do ano fosse o melhor mês da bolsa brasileira em mais de 13 anos. Em março, o Ibovespa acumulou alta de 16,67%, a mais forte desde outubro de 2002. No primeiro trimestre, o avanço foi de 15,17%. Trata-se do melhor desempenho do indicador para um só trimestre desde o terceiro trimestre de 2009. As apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff explicam, em grande parte, o forte desempenho da Bovespa no mês.
Previsões pessimistas
Os dados sobre desemprego divulgados na última semana revelam uma mudança do perfil do ajuste no mercado de trabalho brasileiro, reflexo direto da recessão econômica. As estatísticas apontam para o aumento no número de demissões em 2016, além do encolhimento ainda maior na renda dos trabalhadores. Economistas afirmam que este movimento se dará principalmente porque o setor de serviços dá sinais mais evidentes de fraqueza. Por contratar grandes contingentes de trabalhadores, a deterioração do emprego neste segmento será determinante para o avanço da taxa de desocupação para a casa dos 12% ainda neste ano. Na passagem de janeiro para fevereiro, o desemprego avançou de 7,6% para 8,2% nas seis principais regiões metropolitanas do país, segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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