Refrigerantes fora da escola

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Varejo expande

Depois de fechar março em queda tanto na receita nominal quanto no volume de vendas, o comércio varejista do país reverteu a situação em abril com expansão em ambos os indicadores, na série com ajuste sazonal. Enquanto as vendas do comércio varejista aumentaram em abril 0,5%, a receita nominal cresceu 1,2%, comparativamente a março. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, houve queda de 0,9% no volume de vendas e de 0,2% na receita nominal do setor.

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Em relação a abril de 2015, o volume de vendas do varejo recuou 6,7%, a décima terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Mesmo com o resultado positivo de abril, o comércio varejista fechou os quatro primeiros meses do ano com queda acumulada de 6,9%, retração que é ainda maior no acumulado dos últimos 12 meses: 6,1%, mantendo uma trajetória descendente iniciada em julho de 2014.

Namorados compram menos

As vendas para o Dia dos Namorados deste ano em todo o Brasil registraram queda de 9,5% na comparação com o ano passado. Segundo a Serasa Experian, que divulgou ontem, 14, o Indicador de Atividade do Comércio, este foi o pior desempenho desde 2006, quando o indicador começou a ser divulgado. Para os economistas da Serasa Experian, as vendas no comércio deste ano foram afetados pelo crédito mais escasso e mais caro, pela queda do poder de compra dos brasileiros e pela inflação ainda em patamar elevado.

Refrigerantes fora da escola

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou projeto do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) que proíbe a venda de refrigerantes nas escolas de educação básica (do 1º ao 9º ano), públicas ou privadas. A proposta recebeu parecer favorável da relatora, deputada Zenaide Maia (PR-RN). Ela concordou com os argumentos do autor do projeto, de que o aumento dos índices de obesidade infantil no país está diretamente relacionado ao consumo de alimentos como salgadinhos e refrigerantes vendidos nas escolas. Ela citou levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizada em 2008-2009, que aponta que 14,3% das crianças entre 5 e 9 anos são obesas. O problema atinge todas as classes sociais, em todas as regiões brasileiras.

Comissões para servidores

Além de extinguir 4.307 cargos comissionados e funções gratificadas, o governo federal também transformará 10.462 cargos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS) de livre provimento, que podem ser ocupados por pessoas sem concurso público, em Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE), que serão exclusivas para servidores concursados. A medida faz parte das mudanças anunciadas na última sexta-feira, 10, pelo ministro interino do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira. Atualmente, a estrutura federal conta com 24.250 cargos comissionados que vão dos níveis de DAS 1 a 6. Segundo o secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Gleisson Rubin, haverá uma maior valorização do servidor público com as modificações previstas. 

Mercado de Livros

Consumidores já devem ter notado a diferença entre os preços de livros comprados em lojas físicas e aqueles comprados em sites de e-commerce. Segundo uma pesquisa realizada pela InfoPrice, que atua em inteligência e pesquisa de preço no varejo físico, a variação de preços entre lojas físicas e online quando se trata de livros pode chegar a 121%. De acordo com o levantamento, o livro “Bela Cozinha”, de Bela Gil, apresentou variação de 80%, tendo sido encontrado por R$ 27,70 em uma loja online e por R$ 49,90 numa loja física. Outro exemplo, o livro “A Parisiense - o Guia de Estilo”, de Ines de La Fressange, apresentou preços entre R$ 29,20 e R$ 49,90, uma variação de 71% entre loja online e loja física, respectivamente. Quando analisados os dados apenas das lojas online, o estudo mostrou maior incidência de variação de preços. O livro “Philia”, do padre Marcelo Rossi, apresentou preços entre R$ 9,80 e R$ 19,90, uma alteração de 103%. 

E-commerce com aumento

 Os preços de produtos no comércio eletrônico subiram 0,4% em maio na comparação com abril, de acordo com o Índice Fipe/Buscapé. É o terceiro mês com alta de preços na comparação mensal este ano. Ante maio de 2015, os preços subiram 6,69%. Os preços no segmento, que nos últimos anos vinham em trajetória de queda devido à característica promocional e de competição intensa entre vendedores online, têm revertido essa tendência e seguem em alta na comparação anual desde abril de 2015. 

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