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Reforma comemorada
Reforma comemorada
A entrada em vigor da reforma trabalhista, no último sábado, 11, representa “a maior mudança na legislação do trabalho do Brasil desde 1943, quando foi publicada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, na opinião da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Ainstituição afirma que o Brasil, “depois de mais de sete décadas”, se equipara a outros países que têm leis trabalhistas “seguras, mas flexíveis”. O tom comemorativo foi o mesmo exibido por outras entidades empresariais. No entender da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a lei 13.467/17 representa “o almejado avanço na construção de relações do trabalho modernas e alinhadas com a economia do século 21”.
Pequenas regularizadas
Apenas 11% das micro e pequenas empresas que caíram na malha fina da Receita Federal regularizaram a situação junto ao órgão. No total, a Receita Federal identificou informações inexatas nas declarações de 100 mil empresas e, consequentemente, a redução indevida dos valores a pagar. De acordo com a Receita, as empresas que não se regularizarem estarão impossibilitadas de transmitir a declaração relativa a outubro, que deverá ser apresentada até o próximo dia 20, além de estarem sujeitas a penalidades, como a imposição de multas que variam de 75% a 225% sobre os débitos omitidos nas declarações anteriores e até mesmo a exclusão do Simples Nacional.
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Para se regularizar, a empresa deve retificar as declarações anteriores, gerar e pagar o documento de arrecadação (DAS) complementar. O próprio PGDAS-D, que é um aplicativo disponível no portal do Simples Nacional, aponta as declarações a serem retificadas. Nos últimos anos, a Receita Federal trabalha no combate a diversas fraudes detectadas nas informações prestadas pelas empresas por meio das declarações apresentadas ao órgão.
Natal otimista
A Associação Brasileira dos Shopping Centers (Abrasce) prevê alta de 7% nas vendas deste fim de ano em comparação com o ano passado. O índice é resultado de pesquisa entre os associados de todo o país. O setor comemora a expectativa, já que em 2016 a ampliação das vendas no período natalino foi de apenas 0,3% sobre 2015, ou seja, de estagnação. De acordo com o levantamento, as categorias que devem ter maior influência no crescimento das vendas serão vestuário, eletroeletrônicos e calçados. Como resultado da perspectiva de ampliação no faturamento, os lojistas prevêem alta de 5% nas contratações temporárias.
Crédito do Brasil
Seis meses depois da última avaliação, a agência de classificação de risco Fitch Ratings manteve a nota de crédito do Brasil em moeda estrangeira e sua perspectiva, negativa. O país permanece dois degraus abaixo do grau de investimento (garantia de que o país não corre risco de dar calote).
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A perspectiva negativa significa que o país pode ter a nota rebaixada a qualquer momento antes da próxima reavaliação. De acordo com a Fitch, existem diversos fatores que justificam a preocupação com a situação fiscal do país. A agência citou a debilidade estrutural nas finanças públicas, o alto endividamento do governo, as fracas perspectivas de crescimento e os indicadores de governança mais fracos do que em países emergentes semelhantes.
Projeção da inflação
O mercado financeiro aumentou levemente a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,08% na semana passada para 3,09%. Há quatro semanas, a expectativa estava em 3%. A projeção consta do boletim Focus, divulgado no site do Banco Central com projeções para os principais indicadores econômicos.
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Para 2018, a estimativa para o IPCA, que era de 4,02%, subiu para 4,04%. As projeções para 2017 e 2018 permanecem abaixo do centro da meta de 4,50%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%. A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2017 e de 2018 segue em 7% ao ano. A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por estabelecer a meta para a taxa Selic, está agendada para os dias 5 e 6 de dezembro.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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