Recordes

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Na economia, 2016 foi assim

Indicadores importantes que revelam como anda a saúde econômica do Brasil entraram em trajetória de recuperação a partir de meados de 2016. Além de o Risco Brasil ter diminuído, a confiança de empresas e famílias mostra um começo de recuperação de seu potencial de crescimento.

Bolsas

Para o mercado financeiro, 2016 passou a ser um ano que converteu prejuízos em ganhos. As empresas que formam o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, tiveram avanços expressivos. No ano, as companhias que compõem esse índice cresceram, juntas, cerca de R$ 400 bilhões.

Empresas estatais que estão listadas na bolsa também registraram forte recuperação, sobretudo depois de novas regras de governança e mudanças em postos-chave na gestão dessas companhias. No ano, a Petrobras recuperou cerca de R$ 106 bilhões em valor de mercado; Banco do Brasil, quase R$ 37,7 bilhões; e Eletrobras, cerca de R$ 23,2 bilhões.

Recordes

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra de grãos 2016/2017 deve ficar entre 210,9 a 215,1 milhões de toneladas. Com isso, o Brasil poderá ter no próximo ano a maior safra da história.

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Em agosto deste ano, a produção brasileira de gás natural totalizou 108,8 milhões de m³/dia, estabelecendo um novo recorde histórico. O volume é 9,6% maior frente a igual período de 2015, quando foram produzidos 99,23 milhões de m³/dia.

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A expansão da capacidade instalada e a grande incidência de ventos no Nordeste têm feito com que sejam registrados sucessivos recordes de geração de energia eólica na região.

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A usina de Itaipu tornou-se, às 23h16 do último dia 20, a primeira hidrelétrica do mundo a gerar 100 milhões de Megawatts-hora (MWh) em menos de um ano. A quantidade seria suficiente para atender ao mercado brasileiro de eletricidade por dois meses e 16 dias e, ao paraguaio, por sete anos e 17 dias.

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A produção de petróleo no Brasil registrou recordes de aproximadamente 2,609 milhões de barris por dia em agosto, um aumento de 1,1% na comparação com os 2,581 milhões produzidos no mês de julho.

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A balança comercial brasileira alcançou superávit de US$ 45 bilhões em dezembro. Resultado do período é recorde para qualquer ano.

Cartão Reforma

 Com o objetivo de beneficiar mais de 100 mil famílias que buscam recursos para melhorar e ampliar suas moradias, o governo federal lançou o Cartão Reforma. Os beneficiários vão receber, em média, R$ 5 mil. O orçamento para o primeiro ano de programa está estimado em R$ 500 milhões.

Micros e pequenas

Altera o limite de faturamento anual para que uma micro e pequena empresa saia do Simples e entre para o modelo de lucro presumido. Para o microempreendedor individual (MEI) também há mudanças no teto anual de faturamento.

Juros do cartão

Medida provisória reduz a taxa de juros cobrada do consumidor e o prazo para o lojista receber o pagamento. Também passou a ser permitida a diferenciação de preço entre os diferentes tipos de pagamento (dinheiro, boleto, cartões de débito e crédito).

FGTS

O governo anunciou a liberação de saques de contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) inativas até 31 de dezembro de 2015. Não haverá limite para a retirada. Em fevereiro, o governo divulgará um cronograma com as datas dos saques. A expectativa é de que a medida injete até R$ 30 bilhões na economia.

Planos 2017

Em 2017, o governo pretende conceder à iniciativa privada a administração de aeroportos, rodovias, ferrovias, portos, além de blocos para a exploração de petróleo. A maior parte dos 34 projetos que já faz parte do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) deve ser licitada no ano que vem. Além disso, o governo prepara um novo pacote de projetos de concessões, que deve ser anunciado em março.

Poupando no Réveillon

Contrariando resultados negativos de pesquisas anteriores, como a queda nas vendas de Natal, o SPC Brasil fez um balanço indicando que 56,8% dos consumidores pretendem comprar roupas para comemorar o Réveillon. Em 2015 o índice chegou apenas a 50,5%, ou seja, houve um aumento de 6,3 pontos percentuais. O levantamento também leva em consideração a compra de itens que acompanham a roupa, como calçados e acessórios. Se por um lado as intenções de compra para a virada de ano aumentaram, por outro houve uma queda significativa de 17,4% do valor médio com as comemorações. Neste ano, o brasileiro pretende gastar R$ 263 na virada do ano, cerca de R$ 30 a menos do que o balanço do ano passado, que apontou para um valor médio de R$ 293,56. 

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