Radar — 30/09/2015

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em julho de 2015 foi estimada em 8,6%, ficando acima da taxa medida no mesmo período do ano anterior (6,9%) e superando também a taxa do trimestre encerrado em abril de 2015 (8%). Esta é a maior taxa da série histórica do indicador, iniciada em 2012. Apenas neste ano, o número de pessoas desocupadas subiu 1,8 milhão. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE). Eles indicam que no trimestre encerrado em julho havia cerca de 8,6 milhões de pessoas desocupadas. A estimativa é 7,4% superior à do trimestre encerrado em abril de 2015 (8 milhões de desempregados) e 26,6% superior à do mesmo período em 2014 (6,8 milhões).

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A pesquisa indica, ainda, que o número de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em julho foi estimado em 92,2 milhões. O dado não variou estatisticamente na comparação comparada com o trimestre de fevereiro a abril de 2015 e nem na comparação com o mesmo período ddo ano passado.

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A Volkswagen vendeu 1,8 milhão de veículos utilitários equipados com o software que altera os resultados dos testes antipoluição, confirmou ontem um porta-voz da fabricante alemã, citado pela AFP. "Dos 11 milhões de veículos diesel manipulados vendidos no total, 1,8 milhão são utilitários", declarou Günther Scherelis, diretor da Comunicação da Divisão de Utilitários do grupo, confirmando uma informação da imprensa regional. A Volkswagen admitiu na semana passada que equipou 11 milhões de veículos em todo o mundo com um software com capacidade para modificar os resultados dos testes antipoluição.

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O grupo – que detém 12 marcas de automóveis, pesados e motociclos – tem divulgado a conta-gotas por marcas e países os números dos veículos equipados com o referido 'software'.

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Patrocinado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o projeto de lei que regulamenta a terceirização e permite sua ampliação para todas as áreas das empresas será rejeitado no Senado. Quem garante é o senador Paulo Paim (PT-RS), relator da matéria na Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, colegiado que promove a chamada Agenda Brasil. Segundo o petista, a alternativa será uma proposta conjunta das principais centrais sindicais do país, já em tramitação na Casa, regulamentando apenas a situação dos trabalhadores já terceirizados.

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Proposta enviada à Câmara inclui no cálculo do teto salarial do funcionalismo verbas que hoje elevam remuneração de servidores. As regras valem para toda a administração pública federal, estadual e municipal. De acordo com a Constituição Federal, nenhum funcionário público pode ganhar mais que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). É o chamado teto salarial do funcionalismo, hoje fixado em R$ 33,7 mil. Na prática, o velho jeitinho brasileiro e a habilidade de alguns grupos de servidores para conquistar e manter privilégios tornou essa regra letra morta. Só no Senado 464 servidores recebiam acima do teto. Pelo menos 4 mil funcionários públicos – nos três poderes –  eram contemplados com os chamados supersalários, isto é, com vencimentos superiores ao teto.

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