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Radar — 30/07/2016
Desemprego alto
A taxa de desemprego no país ficou em 11,3% no trimestre encerrado em junho. A taxa é superior aos 10,9% de março e aos 8,3% do trimestre encerrado em junho de 2015. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do segundo trimestre deste ano é o mais alto da série histórica, iniciada em março de 2012. Segundo a pesquisa, o contingente de desocupados chegou a 11,6 milhões de pessoas, 4,5% (ou 497 mil pessoas) a mais do que o trimestre encerrado em março e 38,7% (ou 3,2 milhões de pessoas) a mais do que no trimestre encerrado em junho de 2015.
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A população empregada (90,8 milhões de pessoas) manteve-se estável em relação a março. Já em relação a junho de 2015, houve um recuo de 1,5%, ou seja, menos 1,4 milhão de pessoas. Já os empregos com carteira assinada no setor privado (34,4 milhões) ficaram estáveis em relação a março e caíram 4,1% na comparação com junho de 2015.
Rendimento cai
O rendimento médio do trabalhador brasileiro caiu 4,2% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad), do IBGE, o rendimento ficou em R$ 1.972 no trimestre encerrado em junho.
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Em junho de 2015, o valor era equivalente a R$ 2.058 hoje (valor corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC). O valor também é 1,5% inferior ao registrado no trimestre encerrado em março deste ano, R$ 2.002, também corrigidos pela inflação. A massa de rendimento real, que é a soma dos rendimentos de todos os trabalhadores, foi estimada em R$ 183,6 bilhões no trimestre encerrado em junho deste ano, representando quedas de 1,1% em relação a março e de 4,9% na comparação com junho de 2015.
MPEs querem contratar
Um em cada quatro micro e pequenos empresários (25%) que atuam no comércio e no segmento de serviços pretende fazer alguma contratação até o fim do ano. Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Com o mercado de trabalho enfraquecido, 59,3% desses empresários não tencionam contratar novos funcionários, seja porque não se vêem atualmente em condições financeiras para aumentar a folha de pagamento da empresa (35,8%) ou por estarem com mão de obra ociosa (12,1%), uma vez que a atividade da empresa diminuiu nos últimos meses, revela o estudo.
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O levantamento destaca, também, que 20,5% das micro e pequenas empresas fizeram pelo menos uma demissão em junho, sendo que, para 9,1%, o desligamento aconteceu por conta da queda do faturamento do negócio. Outros 6% demitiram algum funcionário, mas contrataram outro para substituí-lo. Entre os que demitiram, a maioria (60,4%) desligou apenas um empregado.
Microempreendedores
Entre janeiro e maio, foram criadas 851.083 novas empresas no Brasil, número 3,5% maior que o dos primeiros cinco meses de 2015, quando o indicador apurou 822.519 nascimentos, segundo a Serasa Experian. Só em maio nasceram 176.108 novas empresas, um aumento de 1,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. O aumento do número de microempreendedores individuais (MEIs) foi o principal fator para o crescimento no ritmo de abertura de empresas no começo deste ano, ainda segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. O número de MEIs cresceu 9,9% no acumulado de janeiro a maio, para 683.779 novos registros. No mesmo período de 2015, foram 622.397 novos MEIs.
Queda vertiginosa
A empresa de alimentos BRF, detentora das macas Sadia, Perdigão e Qualy, informou que teve lucro líquido de R$ 31 milhões no segundo trimestre, montante que representa uma vertiginosa queda, de 91,6%, em comparação com o mesmo período de 2015. A combinação de insumos caros e baixa demanda doméstica causada pela recessão pesou no desempenho da companhia. O resultado da maior exportadora de aves do mundo refletiu em parte o fato de no primeiro semestre os preços de mercado do milho e do farelo de soja terem subido, respectivamente, 83% e 20%, segundo análise da empresa.
Rio controla mais
O estado do Rio terá uma controladoria geral para exercer funções de ouvidoria e auditoria governamental. O órgão será formado por servidores de carreira. É o que determina a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/16, do deputado Edson Albertassi (PMDB), que foi aprovada pela Assembleia Legislativa do estado do Rio (Alerj) em segunda discussão. O parlamentar explica que a medida é uma recomendação do Tribunal de Contas do estado (TCE-RJ) para aumentar a eficiência do gasto público em meio à crise.
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